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quarta-feira, 8 de junho de 2011

08 de junho 2011 - BRASIL ECÔNOMICO


FUSÃO AÉREA
Gol alega que não tem planos de fusão com a chilena Lan

O impasse regulatório e jurídico que trava as negociações entre a companhia aérea brasileira TAM e a chilena Lan, na constituição da Latan, pode acabar refletindo nos negócios da Gol. Representantes da aérea chilena afirmaram recentemente que, caso a fusão com a TAM não seja aprovada, vão tentar parceria com outra companhia aérea. A Gol seria um possível alvo da chilena. A companhia brasileira, no entanto, afirma que a informação surpreendeu toda a diretoria e que não há planos de fusão no cronograma da empresa.


AVIAÇÃO - REDUÇÃO DE CUSTOS
Gol poderá reajustar tarifas e  cortar pessoal para evitar prejuízo
Companhia aérea, que já demitiu 200 neste ano, busca redução de custos para compensar alta dos combustíveis

Michele Loureiro

Depois de demitir 200 funcionários  e cancelar 900 novas vagas  há pouco menos de um mês  com a justificativa da necessidade  de redução de custos, a Gol  Linhas Aéreas não descarta novas  demissões. O aumento do preço do combustível, que significou  um crescimento de 21,4%  nas despesas da companhia no  primeiro trimestre, também forçou  um reajuste no valor médio  das passagens no segundo trimestre,  informa Claudia Pagnano,  vice-presidente de Mercado  e Novos Negócios da Gol. 
A executiva afirma que a política da empresa concentra-se na  busca constate por eficiência e isso  pode acarretarem corte de pessoal.  "Nosso objetivo não é demitir, mas isso pode acontecer na  medida em que os processos ficarem  mais eficazes e enxutos", diz. 
Segundo Claudia, a Gol é a terceira empresa aérea da América Latina e a que apresenta a maior rentabilidade. “Para manter os preços competitivos e lutar por espaço no concorrido mercado de aviação, há de se fazer certos  sacrifícios”, diz. A executiva  exemplificou a necessidade de  reajuste de preços com o mercado  americano de aviação, que já  aumentou as tarifas oito vezes  entre janeiro e maio deste ano. 
"Seguramos ao máximo para não repassar a alta dos combustíveis aos consumidores, no entanto, tivemos de dividir parte destes custos e os resultados do segundo trimestre já devem  apontar uma pequena alta de  5% no valor dos bilhetes".

Lucros em queda 
Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgados  no início desta semana  afirmam que o lucro das empresas  aéreas deve cair neste ano,  em relação a 2010. Claudia avalia  que o mesmo também pode  ocorrer com a Gol. "Os custos  com combustíveis realmente podem  prejudicar os resultados finais",  No ano passado a Gol teve  lucro de R$ 214,1 milhões, um  montante 76% menor do que o  verificado no ano anterior. 
Uma das estratégias da Gol para reduzir custos é otimizar o uso  das aeronaves diminuindo o tempo  de permanência no solo. Ontem a empresa iniciou voos com a família Boeing 737 Sky Interior,  que possui bagageiros maiores. 
"Até 2015 vamos reconfigurar nossa frota e padronizá-la com este modelo. Os bagageiros maiores deixam os passageiros mais próximos de seus pertences e devem reduzir  o tempo da aeronave  em solo, que atualmente é de cerca  de 24 minutos", diz Claudia.
 Além disso, os modelos 737-700 e 737-800 da Boeing prometem reduzir as emissões  de carbono e o consumo de combustível  em cerca de 2%.Até o  fim deste ano, a Gol receberá  mais cinco aeronaves da família  Boeing e a frota encerra 2011  com 112 unidades.  



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