FUSÃO AÉREA
Gol alega que não tem planos de fusão com a chilena Lan
O impasse regulatório e jurídico que trava as negociações entre a companhia aérea brasileira TAM e a chilena Lan, na constituição da Latan, pode acabar refletindo nos negócios da Gol. Representantes da aérea chilena afirmaram recentemente que, caso a fusão com a TAM não seja aprovada, vão tentar parceria com outra companhia aérea. A Gol seria um possível alvo da chilena. A companhia brasileira, no entanto, afirma que a informação surpreendeu toda a diretoria e que não há planos de fusão no cronograma da empresa.
AVIAÇÃO - REDUÇÃO DE CUSTOS
Gol poderá reajustar tarifas e cortar pessoal para evitar prejuízo
Companhia aérea, que já demitiu 200 neste ano, busca redução de custos para compensar alta dos combustíveis
Michele Loureiro
Depois de demitir 200 funcionários e cancelar 900 novas vagas há pouco menos de um mês com a justificativa da necessidade de redução de custos, a Gol Linhas Aéreas não descarta novas demissões. O aumento do preço do combustível, que significou um crescimento de 21,4% nas despesas da companhia no primeiro trimestre, também forçou um reajuste no valor médio das passagens no segundo trimestre, informa Claudia Pagnano, vice-presidente de Mercado e Novos Negócios da Gol.
A executiva afirma que a política da empresa concentra-se na busca constate por eficiência e isso pode acarretarem corte de pessoal. "Nosso objetivo não é demitir, mas isso pode acontecer na medida em que os processos ficarem mais eficazes e enxutos", diz.
Segundo Claudia, a Gol é a terceira empresa aérea da América Latina e a que apresenta a maior rentabilidade. “Para manter os preços competitivos e lutar por espaço no concorrido mercado de aviação, há de se fazer certos sacrifícios”, diz. A executiva exemplificou a necessidade de reajuste de preços com o mercado americano de aviação, que já aumentou as tarifas oito vezes entre janeiro e maio deste ano.
"Seguramos ao máximo para não repassar a alta dos combustíveis aos consumidores, no entanto, tivemos de dividir parte destes custos e os resultados do segundo trimestre já devem apontar uma pequena alta de 5% no valor dos bilhetes".
Lucros em queda
Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgados no início desta semana afirmam que o lucro das empresas aéreas deve cair neste ano, em relação a 2010. Claudia avalia que o mesmo também pode ocorrer com a Gol. "Os custos com combustíveis realmente podem prejudicar os resultados finais", No ano passado a Gol teve lucro de R$ 214,1 milhões, um montante 76% menor do que o verificado no ano anterior.
Uma das estratégias da Gol para reduzir custos é otimizar o uso das aeronaves diminuindo o tempo de permanência no solo. Ontem a empresa iniciou voos com a família Boeing 737 Sky Interior, que possui bagageiros maiores.
"Até 2015 vamos reconfigurar nossa frota e padronizá-la com este modelo. Os bagageiros maiores deixam os passageiros mais próximos de seus pertences e devem reduzir o tempo da aeronave em solo, que atualmente é de cerca de 24 minutos", diz Claudia.
Além disso, os modelos 737-700 e 737-800 da Boeing prometem reduzir as emissões de carbono e o consumo de combustível em cerca de 2%.Até o fim deste ano, a Gol receberá mais cinco aeronaves da família Boeing e a frota encerra 2011 com 112 unidades.
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