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segunda-feira, 20 de junho de 2011

20 de junho 2011 - JORNAL DO SENADO


SEGURANÇA PÚBLICA
Comissão debate defesa civil em Manaus

A criação de uma rubrica específica para o apoio das Forças Armadas no atendimento em caso de calamidades é uma das principais propostas apresentadas na audiência pública sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil, realizada na sexta-feira, em Manaus. Os participantes do encontro apontaram, entre os maiores problemas da defesa civil, a falta de investimento em prevenção e a demora na liberação de recursos quando acontecem catástrofes.
— Temos que extirpar a burocracia que marca o setor de atendimento às vítimas de acidentes naturais — disse o senador Jorge Viana (PT-AC), presidente da Comissão Temporária de Defesa Civil.
A terceira audiência pública do colegiado foi realizada na sede da Assembleia Legislativa do Amazonas e reuniu representantes da defesa civil dos estados da região Norte. Também estiveram presentes Inácio Arruda (PCdoB-CE), vice-presidente da comissão; Casildo Maldaner (PMDB-SC), relator; Eduardo Braga (PMDB-AM) e João Pedro (PT-AM). Participaram ainda do encontro o governador do estado do Amazonas, Omar Aziz, e o vice-governador, José Melo, além de deputados estaduais.

Peculiaridades
As peculiaridades climáticas da região também foram discutidas na audiência. Dos 449 municípios da região Norte, 149 enfrentam atualmente algum tipo de ameaça climática, como secas, enchentes ou terras caídas, o que ocasiona desmoronamentos.
Casildo Maldaner chamou a atenção para a importância de se conhecerem as peculiaridades de cada região.
— Nosso país tem uma diversidade climática muito grande. Temos que atentar para isso, investindo numa política de defesa civil eficaz e permanente — destacou.
Por sua vez, João Pedro falou sobre as diferentes demandas entre as regiões do país, ressaltando a importância de um fundo que garanta recursos para atendimento imediato.
Inácio Arruda lembrou a necessidade de liberar verbas destinadas ao atendimento em caso de calamidades. Eduardo Braga classificou os fenômenos naturais que ocorrem no Amazonas a cada seis meses como fatores previsíveis, mas lamentou que os governos estaduais não tenham gente suficiente para conter os problemas.
A Comissão Temporária de Defesa Civil, que já promoveu audiências públicas em Florianópolis e no Rio de Janeiro, tem agendadas reuniões em Recife e em Campo Grande.

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