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sexta-feira, 17 de junho de 2011

17 de junho 2011 - TRIBUNA DA IMPRENSA


CARLOS CHAGAS

Sigilo eterno mas nem tanto
O posicionamento do ex-presidente Lula contra a esdrúxula proposta do sigilo eterno para documentos oficiais, ao contrário da decisão de Dilma Rousseff, exprime mais uma etapa do cabo de guerra disputado entre o antecessor e a sucessora. Esta optou por alinhar-se a José Sarney e Fernando Collor, para quem muita coisa precisa ser escondida até o final dos tempos. Aquele demonstrou nada haver deixado embaixo do tapete. Mais uma vez ameaçam bater de frente, coisa que só prejudicará a proposta de permanecerem trinta anos no poder. Divididos, talvez não se entendam na própria sucessão de 2014. Ignora-se porque Dilma decidiu alinhar-se à discutível estratégia  de esconder a memória nacional, se parece evidente que  nenhum acordo secreto ou determinação sombria tenha acontecido em seus primeiros seis meses de governo, ao contrário do que parecem demonstrar os outros dois ex-presidentes. Porque essa conversa de preservar os subterrâneos  da Guerra do Paraguai e as artimanhas do Barão do Rio Branco  não pega.


DEFESA
Gastos militares dos Estados Unidos são assustadores

Mário Assis

A edição eletrônica da revista “The Economist” publica um impressionante gráfico sobre os gastos militares no mundo. Embora o resultado não seja novidade, continua sendo espantoso e assustador assim mesmo.
Entre os 18 maiores orçamentos militares do mundo, os Estados Unidos, sozinhos, gastam mais que todos os outros 17, somados. São US$ 700 bilhões, que correspondem a 4,8% do PIB do país. É quase seis vezes o que gasta a China (e mais que o dobro em percentagem do PIB).
Perto dos níveis americanos, em matéria de fatia do PIB destinada a gastos militares, só está a Rússia, que tem problemas de conflitos internos e, sobretudo, a pesada herança de equipamentos e efetivos das Forças Armadas da antiga União Soviética, que outrora rivalizava com o potencial norte-americano.
O Brasil, como se pode observar, no confronto da proporção entre PIB e gastos militares, ficou acima apenas do Canadá – que não é referência nessa matéria – da Alemanha e Japão, dois países que, como herança da Segunda Grande Guerra, foram praticamente desmilitarizados.

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