11/06/2011 - 17h08
Jobim acredita que infraestrutura aeroviária para a Copa estará pronta no tempo previsto
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje (11), no Rio, que acredita que todos os problemas relativos à infraestrutura aeroviária para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 serão resolvidos a tempo e a hora. Ele participou da inauguração da Vila Verde, uma das três que estão em construção para abrigar atletas e delegações que vão participar, na cidade, da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, entre os dias 16 e 24 de julho.
Jobim lembrou que o assunto agora não é da área do seu ministério, uma vez que o governo criou a Secretaria de Aviação Civil - ligada à Presidência da República.
“É evidente que esse assunto será equacionado a tempo da realização dos eventos. No Brasil, os pessimistas sempre jogam ao contrário e tenho absoluta convicção de que as coisas no país andam. Ou seja, toda profecia do desastre nunca se confirmou no Brasil, que sabe conviver com elas, mas também sabe responder muito bem aos desafios no momento certo”, afirmou.
Os Jogos Mundiais Militares ocorrem a cada quatro anos, sempre um ano antes das Olimpíadas. Os jogos deste ano deverão reunir no Rio cerca de 6 mil atletas de mais de 100 países, que vão competir em 20 modalidades.A delegação brasileira terá aproximadamente 250 atletas. A quarta edição foi realizada em Hyderabad, na Índia.
11/06/2011 - 18h05
Jobim inaugura vila para Jogos Mundiais Militares
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (11) no Rio, ao inaugurar a Vila Verde – onde ficará hospedada parte das delegações dos países participantes dos Jogos Mundiais Militares – que as unidades construídas ajudarão,no futuro, a reduzir o déficit habitacional entre os militares em todo o país.
“Nós estamos trabalhando em um programa para reduzir o déficit habitacional entre os integrantes das Forças Armadas e essas vilas que estamos construindo (serão mais duas até os jogos, entre os dias 16 e 24 de junho) servirão para caminharmos em direção à redução substancial desse déficit e, em determinado momento, atingirmos déficit zero”.
Jobim informou que o governo ainda trabalha no levantamento desses dados. Ele elogiou as instalações da vila, ressaltando o tempo recorde em que foram construídas. “São belas instalações, feitas em muito pouco tempo, que mostram a capacidade de organização do Brasil de fazer o necessário quando preciso”.
A Vila Verde foi inaugurada depois de 18 meses de obras e é a primeira das três que serão construídas para abrigar os atletas envolvidos na quinta edição dos Jogos Mundiais Militares. Localizadas em Deodoro, na Vila Militar, as instalações também serão um dos legados para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
São 17 blocos com 24 unidades cada um, com 1.632 quartos e 2.856 leitos. Além da Vila Verde, os atletas que participarão dos Jogos Mundiais Militares terão à disposição a Vila Azul, no Campo dos Afonsos, também na zona oeste da cidade, e a Vila Branca, em Campo Grande. Juntas, as vilas oferecerão 8.332 leitos.
A solenidade teve a presença do comandante militar do Leste, Adriano Pereira Junior; do presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, Bernardo José Pierantoni Gambôa, e do presidente do Conselho Internacional do Esporte Militar, o coronel camaronês Hamad Kalkaba Malboum.
12/06/2011 - 14h56
Rios começam a baixar, mas ainda há municípios isolados em Roraima
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após registrar cheia recorde, com 10,2 metros acima do nível normal, as águas do Rio Branco, em Boa Vista, capital de Roraima, estão baixando, mas as consequências das chuvas fortes que atingem o estado mantém alguns municípios com risco de isolamento e desabastecimento. O rio ainda está 9,6 metros acima do nível normal. No interior, outros rios que transbordaram também estão baixando.
Em todo o estado, pelo menos 1,3 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas por causa das enchentes. A situação é mais grave no município de Caracaraí, que chegou a ter 70% das ruas alagadas, segundo o Corpo de Bombeiros.
O município de Uiramutã, no extremo norte, ficou isolado e o abastecimento de comida e medicamentos está sendo feito com a ajuda de um helicóptero do Exército. As Forças Armadas colocaram cerca de 430 homens à disposição para prestar auxílio à população de Roraima e ajudar a reparar os estragos provocados pelas chuvas. Ontem (11), 35 homens da Força Nacional de Segurança chegaram ao estado para colaborar com a ajuda aos atingidos.
A prioridade, segundo o Corpo de Bombeiros, é garantir auxílio imediato aos desalojados e desabrigados e tentar restabelecer o fornecimento de energia elétrica nos municípios atingidos. A principal fonte de eletricidade no estado são as termelétricas, que dependem de diesel para produzir energia. Como algumas cidades ficaram isoladas, o transporte do combustível foi interrompido.
A previsão do tempo em Roraima para os próximos dias é de sol com variação de nuvens e pancadas de chuva, de acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).
10/06/2011 - 16h56
Forças Armadas prestam ajuda à população de Roraima castigada por chuvas
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília- Cerca de 430 homens do Exército estão prontos para ir a Roraima para prestar auxílio à população e ajudar a reparar os estragos provocados pelas chuvas que levaram o governo estadual a decretar, no último domingo, situação de calamidade pública. Parte do contingente é dos pelotões de fronteira existentes na região.
Segundo o plano de trabalho coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, grupos de 50 militares serão enviados às cidades de Uiramutã, Normandia, Bonfim, Pacaraima, Mucajaí, Baixo Rio Branco e à capital, Boa Vista. Já para o município de Caracaraí, um dos mais atingidos pelas águas e que teve 80% de sua área alagada, serão enviados, inicialmente, 80 homens.
De acordo com o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general Franklimberg Ribeiro, o Exército também colocou quatro lanchas para transportar moradores de áreas alagadas. Isso porque alguns donos de lanchas estavam cobrando até R$ 15 por pessoa a travessia.
Já a Marinha colocou à disposição da Secretaria Nacional dois navios - um para fazer assistência hospitalar e outro para patrulhamento - para prestar socorro às comunidades isoladas. As embarcações partiram de Manaus, na quarta-feira (8), e, inicialmente, deverão ficar em Caracaraí. Outras duas lanchas também vão ser usadas para reforçar a segurança da navegação.
A Aeronáutica, por sua vez, vai transportar de Manaus para Boa Vista as cestas básicas fornecidas pelo Ministério da Integração e que serão distribuídas conforme os critérios e a logística definida pela Coordenadoria Estadual de Defesa de Roraima. Uma aeronave C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB), transportando 10 toneladas de alimentos, decolou esta tarde de Manuas para Boa Vista.
A Secretaria Nacional ainda tenta obter dois helicópteros com o Exército para transportar os alimentos de Boa Vista para as cidades roraimenses que estão isoladas.
13/06/2011 - 6h29
Começa primeira fase de lançamento de foguetes de treinamento em Alcântara
Brasília - O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão, faz hoje (13) a Operação Falcão 1. Serão lançados dois foguetes de treinamento (FTB). É a primeira de uma série de lançamentos prevista para este ano. A primeira fase vai até o dia 22.
As próximas etapas devem ocorrer de 1º a 10 de agosto e de 24 de outubro a 2 de novembro. Os treinamentos proporcionados pelas campanhas de lançamento dos veículos FTB viabilizam a preparação do centro para operações de maior porte, com é o caso do veículo lançador de satélites (VLS), uma família de foguetes desenvolvida no Brasil com a finalidade de colocar um satélite na órbita da Terra.
12/06/2011 - 14h02
Futuro de satélites brasileiros depende de orçamento
Gilberto Costa*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em julho, o governo federal deverá estabelecer metas que pretende atingir e valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites no período de 2012 a 2016. Até o fim de agosto, a proposta será encaminhada ao Congresso Nacional, no Projeto de Lei do Plano Plurianual (PPA) que o governo está elaborando, informa Lúcia Falcón, secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Por enquanto, a expectativa é que o Brasil consiga lançar nos próximos anos o satélite nacional Amazônia 1 (previsto para 2013) e os dois satélites com a China, o Cbers 3 e 4 (previstos para 2012 e 2014, respectivamente). O gasto com o desenvolvimento e lançamento dos três satélites é em torno de US$ 200 milhões, e segundo Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há recursos já empenhados para o desenvolvimento da tecnologia.
“A questão orçamentária para esses satélites é menos complicada”, garante o coordenador. De acordo com ele, há orçamento definido no governo. “Todos os pedaços desses satélites já estão contratados na indústria”, assegura ao afirmar que a intenção é evitar, no futuro, “que não aconteça o que está ocorrendo agora: esse período sem nenhum satélite sob o nosso controle no espaço”.
A continuidade dos projetos segue em aberto, no entanto. Conforme Chamon, em perspectiva estão os lançamentos, com peças suplementares, dos satélites em desenvolvimento e o envio à órbita espacial dos satélites Amazônia 1b e o Cbers 4b, assim como aconteceu com o satélite Cbers 2b.
Esses projetos e outros já anunciados (inclusive parcerias com os Estados Unidos e a Alemanha) vão depender de orçamento. De acordo com o Caderno de Altos Estudos elaborado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, o gasto orçamentário é insuficiente e irregular.
Segundo avaliação publicada do consultor legislativo Roberto de Medeiros Filho, o gasto brasileiro com satélites (abaixo dos US$ 150 milhões) é cerca de 10% do que fazem a China, Rússia e Índia, os outros países emergentes do Brics, que inclui agora a África do Sul.
“Por que, além das irregularidades, são baixos os recursos quando comparados com os demais países que detêm o domínio tecnológico das atividades espaciais? Não estaria o país desprovido de uma estratégia nacional que devidamente considerasse seus programas e projetos estratégicos, de forma a protegê-los?” pergunta o consultor.
Apesar do futuro incerto e do atual “apagão” de satélites próprios, o país continua contando com imagens de satélite para observação da terra, como ocorre com o monitoramento do desmatamento. George Porto Ferreira, responsável pela área no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assegura que a situação do monitoramento “é tranquila” e “não há temor” de que faltem imagens para a “defesa do meio ambiente”.
O instituto utiliza as imagens obtidas pelo Inpe, que mantém cooperação com os Estados Unidos, a Europa e Índia, para fazer o monitoramento em tempo real do desmatamento e fazer avaliações consolidadas periódicas do desflorestamento. “O Inpe é um grande parceiro”, defende.
A Agência Brasil tentou ouvir a Agência Espacial Brasileira sobre o orçamento atual e futuro para o desenvolvimento de satélites, mas a direção da autarquia, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, não retornou os pedidos de informação.
12/06/2011 - 13h47
Falta de domínio tecnológico atrasa lançamento de novos satélites brasileiros
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil ainda não lançou o satélite de observação Amazônia 1, previsto inicialmente para abril de 2010, por falta de domínio tecnológico. De acordo com Marco Antônio Chamon, coordenador de Gestão Tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), “a adaptação da indústria nacional aos padrões espaciais foi mais demorada do que se imaginava inicialmente. As indústrias penaram para aprender como fazer”. O satélite, de 550 quilos, é totalmente brasileiro, feito sem parceria, e está em construção utilizando principalmente componentes criados por 15 empresas nacionais.
“Tem uma curva de aprendizagem que não se consegue acelerar mais do que a um certo ritmo, independente da quantidade de pessoas ou do dinheiro que se coloque. Aprender a fazer tecnologia é mais complicado”, explica Chamon ao ressaltar que o projeto do satélite também tem como objetivo desenvolver tecnologia local.
Segundo ele, a dificuldade principal está nos componentes eletrônicos. “Em toda a parte de mecânica já temos maior segurança”. Algumas peças produzidas não resistem às câmaras que simulam a variação de temperatura, vácuo e de impacto. “Às vezes, quebra. Volta para a bancada, daí se refaz e estuda. É um problema de aprendizado”.
Para a consultora legislativa da área de ciência e tecnologia da Câmara dos Deputados, Elizabeth Veloso, a industria espacial nacional tem dificuldade de se desenvolver por “falta de continuidade” do Programa Espacial Brasileiro. “Não há fluxo de compra", afirma, acrescentando que não “há prioridade”, “faltam recursos” e “não há compromisso com o atendimento de metas”.
Em sua opinião, o mau desempenho do programa deixa o país “à mercê das grandes potências” e “totalmente dependente” para monitorar por satélite a ocupação de terras e o desmatamento florestal, vigiar fronteiras, prestar serviços de previsão do tempo e prevenção de catástrofes (como enxurradas e grandes estiagens), descobrir riquezas mineiras e atender às demandas de telecomunicações, como a ampliação da banda larga.
Para o empresário Célio Costa Vaz, diretor da Orbital Engenharia Ltda, o programa espacial “encontra-se em espiral descendente”, conforme escreveu em artigo publicado na última semana na internet, na página da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) (http://www.sae.gov.br/site/wp-content/uploads/espacial_site.pdf). “As empresas brasileiras dificilmente conseguem sobreviver apenas como fornecedoras do programa espacial e encontram dificuldades para se qualificar e competir no mercado internacional”, acrescenta.
A Orbital acabou de entregar para o Inpe o modelo de voo do gerador solar para o satélite Cbers 3, que o Brasil desenvolve com a China e pretende lançar em setembro de 2012 - interrompendo um apagão de satélites próprios desde abril do ano passado, quando terminou a vida útil do Cbers 2b. Conforme o empresário, a industria espacial brasileira sofre com a falta de “encomendas tecnológicas” e “maior volume e regularidade nas contratações realizadas para os projetos operacionais”.
Além do Amazônia 1, há atrasos também e indefinições no cronograma do satélite do Programa Internacional de Medidas de Precipitação (em parceria com os Estados Unidos), do Satélite de Sensoriamento Remoto com o Imageador Radar (Mapsar, parceria com a Alemanha), e do Satélite Lattes (para experiências científicas).
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