Pesquisar

segunda-feira, 4 de abril de 2011

02 de abril de 2011 - OLHAR DIRETO – CUIABÁ / MT


01/04/2011 - 18:44
Restos mortais de Rondon devem voltar a MT e ministro conhece filme
Da Redação - AM


Os restos mortais do marechal Cândido Mariano Rondon deverão ser transferidos para o estado de Mato Grosso. A garantia foi dada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que recebeu, em audiência, o renomado cineasta Luiz Carlos Barreto, acompanhado do publicitário e cineasta mato-grossense Rodrigo Piovezan. Ambos farão um filme e uma minissérie sobre a história do mato-grossense.
Piovezan e Barreto aproveitaram a audiência para apresentar a proposta do trabalho de produção da minissérie e longa-metragem sobre a vida do marechal Rondon e a construção de um moderníssimo museu, em Cuiabá, onde os restos mortais deverão ser guardados, após serem trazidos do Rio de Janeiro.
Para a realização dos seus projetos, Piovezan, associou-se com Barreto, fundiu sua empresa Beta Cine com a LC Barreto, formando a LC Beta. Admirador de Rondon, o ministro aprovou os projetos. Barreto é uma figura representativa do cinema brasileiro com mais de 90 longa-metragem e 50 anos de profissão, com duas indicações ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Já Piovezan trabalha há 15 anos com publicidade.
Os projetos também já foram apresentados ao governador Silval Barbosa que, prontamente, manifestou-se favorável. Foi o governador que pediu para que os produtores viabilizassem a ‘volta’ de Rondon para Mato Grosso.

Copa do Pantanal
O início das filmagens está programado para o mês de julho, sendo que a pré-produção acontecerá entre maio e junho. A minissérie será produzida ainda este ano para exibição nas TV’s abertas e o longa-metragem, em 2012, será apresentado em festivais do mundo inteiro. Os títulos, tanto da minissérie “Rondon - o grande chefe”, quanto do filme “Rio da Dúvida”.
“Sem dúvida, o longa da vida do Marechal Rondon terá grandes chances para conquistar o Oscar. Trata-se da vida de um índio/pantaneiro que chegou ao mais alto comando do Exército Brasileiro, assim como Lula, um retirante nordestino, operário do ABC paulista, que chegou à Presidência da República. Vamos filmar a história de um homem que está entre os cinco maiores desbravadores da humanidade”, destacou Barreto ao lembrar que existe um busto de Rondon na sociedade internacional geográfica de New York.
O cineasta lembra, ainda, que o Marechal Rondon é conhecido no mundo inteiro, tendo sido indicado ao Prêmio Nobel, por ninguém menos que Albert Einstein. “Rondon só não ganhou o Nobel porque morreu naquele ano da indicação”, ressalta Barreto.
O produtores ressaltam que o calendário esportivo para 2014, com a Copa do Mundo de Futebol, e as Olimpíadas, em 2016, é providencial para a produção da minissérie e do longa-metragem, além da criação do museu, por estaremos reverenciando o mais legítimo e famoso pantaneiro, destemido desbravador!

História
Cândido Mariano da Silva era descendente de índios Terena, Borôro e Guaná. Ele nasceu em 5 de maio de 1865, numa cidadezinha de Mato Grosso chamada Mimoso, distrito de Santo Antônio do Leverger. Perdeu os pais ainda menino e foi criado por um tio, cujo sobrenome - Rondon - Cândido Mariano adotou anos mais tarde, com autorização do Ministério da Guerra.
O jovem Cândido Mariano licenciou-se como professor primário pelo Liceu Cuiabano, de Cuiabá, antes de continuar seus estudos no Rio de Janeiro. Em 1881, entrou para o Exército e dois anos depois para a Escola Militar da Praia Vermelha. Em 1886 ele foi encaminhado à Escola Superior de Guerra e assumiu um papel ativo no movimento pela proclamação da República. Por meio de exames prestados em 1890, graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais. Foi aluno de Benjamim Constant, e a ideologia positivista o guiou por toda a sua vida.
Em 1889, Cândido Mariano foi nomeado ajudante da Comissão de Construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá a Registro do Araguaia, que era chefiada pelo coronel Gomes Carneiro. Por sua indicação, Rondon veio a assumir a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso, em 1892. Desde então, chefiou várias comissões para instalar linhas telegráficas no interior do Brasil, identificadas, genericamente, pelo nome de Comissão de Construção de Linhas Telegráficas e Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, mais conhecida como Comissão Rondon.
Em 1955, o Congresso Nacional conferiu-lhe a patente de marechal. Já cego, faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, com quase 93 anos.
Ao longo de sua vida e postumamente, pelo conjunto de sua obra, Rondon recebeu as maiores condecorações civis e militares, brasileiras e estrangeiras, entre elas o Prêmio Livingstone, da Sociedade Geográfica de Nova York/EUA; a inscrição de seu nome em letras de ouro, na mesma Sociedade, por ter sido considerado o explorador que mais se destacou em terras tropicais; a indicação de 15 países para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz, em 1957; a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar; os títulos de "Civilizador dos Sertões" e "Patrono das Comunicações no Brasil".
Para homenagear Rondon, foi escolhido o dia 5 de maio, sua data natalícia, para a comemoração do Dia Nacional das Comunicações. O antigo Território Federal de Guaporé recebeu o nome de Rondônia também em sua homenagem. (Fonte: Funai).

 FONTE:
OLHAR DIRETO – CUIABÁ / MT







Nenhum comentário:

Postar um comentário