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quinta-feira, 7 de abril de 2011

06 de abril de 2011 - JORNAL DE BRASILIA


GILBERTO AMARAL

APRESENTAÇÃO DOS GENERAIS
A presidenta Dilma Rousseff participou ontem da apresentação das insígnias das Ordens do Mérito da Defesa e das Forças Armadas, onde estiveram presentes 70 oficiais-generais.
Na cerimônia, a presidenta recebeu a insígnia da Aeronáutica, entregue pelo tenente brigadeiro-do-Ar, Juniti Saito. Desde a posse, esta foi a primeira vez que Dilma discursou diretamente para os militares.

CONFERÊNCIA
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa amanhã da Conferência Internacional Brasil e o Mundo, promovida pelo Cebri e pela Chatham House, no Copacabana Palace.

NOVO COMANDO
Dilma nomeou o engenheiro Wagner Bittencourt de Oliveira para ministro da Secretaria de Aviação Civil. Oliveira atuava desde 2006 na diretoria de Infraestrutura, Insumos Básicos e Estruturação de Projetos do BNDES.


CLÁUDIO HUMBERTO

CADA VEZ PIOR
Está fazendo água o plano de concessão dos aeroportos da Infraero, antes mesmo de ser lançado. São escassos os interessados.

PLANALTO VETA IMAGENS DO TRIBUTO MILITAR A DILMA
Antes do ato de promoção dos militares, ontem, a presidente Dilma foi agraciada – em cerimônia vedada aos jornalistas – com as insígnias de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa e da Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito Aeronáutico. Jogo empatado: ela não apareceu sendo homenageada por militares e eles tampouco foram fotografados homenageando a ex-guerrilheira.

FOTOS PARA GUARDAR
A assessoria do Planalto garante que a cerimônia militar “s e c re t a ” foi registrada pelo fotógrafo oficial, mas as fotos não foram divulgadas.

SEM CONTINÊNCIA
No evento de promoção dos 70 oficiais das três Armas, no Planalto, os promovidos evitaram bater continência à presidente.

ANTES TARDE
No dia 12, ex-trabalhadores da Varig protestarão na Cinelândia, no Rio, contra cinco anos esperando solução judicial para o fundo Aerus.


Voo 447
Reunião com Dilma Rousseff
A Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447 vai reunir-se com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sexta-feira, para pedir que o Brasil participe ativamente na investigação das causas do acidente.
Depois de encontrar destroços da aeronave no domingo, a França anunciou segunda-feira ter descoberto neles restos mortais de passageiros, dois anos após o acidente que matou 228 pessoas.
Dos 59 brasileiros que estavam no avião, apenas 20 foram encontrados. Em um mês, começará uma operação para retirar corpos e peças do fundo do mar.
"Nós temos várias dúvidas sobre a transparência dessa operação em que órgãos franceses investigam empresas francesas'', disse Maarten Van Sluys, vice-presidente da associação e que perdeu a irmã no acidente.
Na próxima semana, representantes da associação terão uma reunião com o BEA, órgão francês que apura as causas do acidente, em Paris, para exigir o cumprimento da garantia dada por eles de que ao menos um parente de vítima acompanhe os trabalhos de resgate a bordo do navio.
Outra reivindicação é que os corpos resgatados fiquem sob a tutela do Brasil e não sejam mandados para França, como anunciado.


GENTE FINA
HOMENAGEM DA MARINHA
A jornalista Marlene Galeazzi, do Jornal de Brasília, recebeu do diretor do Hospital Naval, comandante Álvaro Acatauassu Camelier, e de sua tripulação, uma placa de gratidão pelo trabalho e apoio recebidos. Marlene foi a primeira profissional da imprensa a fazer reportagem num navio-patrulha fluvial brasileiro e no passado, como repórter da revista Veja , registrou o drama vivido pelas vítimas do acidente do césio, em Goiânia, atendidas por equipe médica da Marinha. Na foto, a jornalista entre os comandantes José Odon Sobrinho, Eric Baulanger, o diretor Camelier, comandante Auro Gomes da Silva e Marcelo Bravin Callegario.


ECOS DA DITADURA
Polêmica contornada
 Em promoção de oficiais, Dilma evita falar da ditadura e elogia Forças Armadas

Para uma plateia de 70 oficiais-generais das três Forças Armadas, a presidente Dilma Rousseff, presa e torturada durante a ditadura militar (1964-1985), afirmou que o País "corrigiu seus próprios caminhos" numa "evolução democrática da sociedade brasileira".
"Um país que conta, como o Brasil, com Forças Armadas caracterizadas por um estrito apego a suas obrigações constitucionais é um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou elevado nível de maturidade institucional", disse Dilma.
A cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais foi o primeiro evento, desde a posse, no qual Dilma discursou diretamente para militares. Na ocasião, a presidente não citou um dos pontos de polêmica em sua relação com Exército, Marinha e Aeronáutica: o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade – encarregada de apurar responsabilidades pelos crimes de tortura praticados durante o regime militar. O projeto está em tramitação na Câmara.
Ao lado do ministro Nelson Jobim (Defesa), Dilma reafirmou aos militares a importância de Forças Armadas bem equipadas e treinadas, citando o pré-sal como um dos novos desafios para os próximos anos.
"O Brasil precisará de Forças Ar-madas equipadas, treinadas e modernas", discursou a presidente, completando: "A Defesa não pode ser considerada elemento menor da agenda nacional".
No entanto, os movimentos do governo Dilma nestes três primeiros meses não sinalizam nessa direção. O Ministério da Defesa foi um dos mais atingidos pelo corte no Orçamento determinado pela equipe econômica – a tesoura na pasta de Jobim pode chegar a R$ 4,38 bilhões.
Em seu discurso, Dilma ainda falou na necessidade de uma "força de dissuasão convincente". Contudo, um dos efeitos do corte foi justamente o adiamento, para 2012, da definição acerca da compra de 36 novos caças para  renovar a frota da Força Aérea Brasileira.
Após a cerimônia, Dilma e o vice-presidente Michel Temer não falaram com a imprensa. Temer é investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal por suposta cobrança de propinas no Porto de Santos (SP), segundo a Folha de São Paulo.

SAIBA +
Dilma anunciou ontem o nome de Wagner Bittencourt – diretor do BNDES – para comandar a Secretaria de Aviação Civil. O órgão, criado há duas semanas por meio de medida provisória, terá poderes para transferir à iniciativa privada o direito de explorar os aeroportos.

FONTE: JORNAL DE BRASILIA

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