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segunda-feira, 4 de abril de 2011

02 de abril de 2011 - JORNAL ESTADO DE MINAS


ECONOMIA
Pampulha aposta em mercado executivo

Marta Vieira

O governo de Minas Gerais planeja criar áreas específicas no Aeroporto da Pampulha para abrigar empresas comerciais e de manutenção destinadas à aviação executiva e transformar o aeroporto de Carlos Prates em um centro de treinamento e formação de pilotos. Os planos para os dois empreendimentos serão detalhados a partir de estudo contratado a uma empresa de consultoria, numa iniciativa já negociada com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
As condições do acordo de cooperação para contratação do estudo estão na fase final de definição, informou o subsecretário de Assuntos Internacionais do governo mineiro, Luiz Antonio Athayde. A parceria deverá ser firmada em 30 dias, estabelecendo prazo de nove meses para conclusão do levantamento de dados e análise do modelo a ser adotado. “Entendemos que o Aeroporto da Pampulha pode se transformar numa base para a aviação executiva, sem qualquer competição com a aviação regional”, disse Luiz Antono Athayde.
O Aeroporto de Carlos Prates, por sua vez, tem boas condições, na visão do governo, para destinar área ao treinamento de pessoal, especialmente pilotos, além de abrigar atividades ligadas ao comércio e manutenção de peças e aeronaves para a indústria aeronáutica. “A ideia é criar no entorno dos dois aeroportos uma dinâmica para atração de empresas do setor que gerem empregos qualificados”, afirmou o subsecretário.
O estudo que o governo estadual pretende contratar, a partir de acordo com a Infraero e a PBH vai indicar as áreas possíveis de expansão nos aeroportos da Pampulha e de Carlos Prates para abrigar os negócios que atenderão as empresas de aviação e o potencial dessas atividades. “O foco é ampliar a aviação executiva para permitir que grandes empresas se instalem nessa infraestrutura e, num momento seguinte, criar a possibilidade de ligação internacional do terminal da Pampulha”, afirmou Athayde.
Os dados que serão levantados no estudo para o Aeroporto da Pampulha também vão avaliar as melhorias que poderão ser feitas para aumentar a eficiência das operações do aeroporto tanto na aviação regional quanto na executiva.

EDITAIS DE CONFINS
Serão lançados neste mês ou, no mais tardar, em maio, os editais para o projeto executivo do terminal 2 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, na Grande Belo Horizonte, e para escolha da empresa responsável pela operação do aeroporto industrial de Confins. O subsecretário de Assuntos Estratégicos do governo mineiro, Luiz Antonio Athayde, informou ontem num encontro com empresários e profissionais da indústria da aeronáutica que o terminal 2 será construído em aço e vidro no sistema modulado, permitindo a entrega da obra em 24 meses, com quatro pontos de embarque.


Sem fiscalização, riscos são reais

Paula Takahashi

Além de não ser regulamentado ou fiscalizado, inclusive pela Agência Nacional de Aviação Civil  (anac), que informa que os programas de milhagem não estão previstos em sua legislação, o mercado de comércio de milhas é isca fácil para golpes, principalmente por estar presente, em sua grande maioria, no universo virtual. Em boa parte dos casos, os sites têm apenas telefones móveis de contato e sem qualquer endereço físico ou CNPJ. Um dos fatores que contribuem para a ampliação dos riscos dessa operação é o fato de o proprietário das milhas ter que liberar todas as suas senhas de acesso às contas dos programas de fidelidade, seja ele Smiles ou da TAM.
O grande risco está na revenda dos bilhetes pelas agências de viagens. Muitas delas não informam para o cliente que a passagem é fruto do resgate de pontuação, concluindo a transação como se o cliente estivesse adquirindo um bilhete na companhia aérea. Foi o que ocorreu com o assistente administrativo Gustavo Henrique Carvalho. “Não fui informado disso. Inclusive, a passagem não estava com preço baixo para que eu pudesse desconfiar”, garante.
Segundo o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, mesmo que esta seja uma prática condenada pelas companhias no contrato de adesão aos programas, o mercado existe e é de difícil intervenção do Estado. De acordo com ele, em casos como o de Gustavo, a agência de viagens deve se responsabilizar pelo prejuízo causado ao consumidor.


Tecnologia francesa aterrissa em Minas
Consórcio Rafale, que disputa concorrência para vender caças ao Brasil, firma acordo para capacitar fornecedores do estado

Marta Vieira

Indústrias mineiras do setor de aeronáutica e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) firmaram ontem os primeiros acordos de cooperação no estado para transferência da tecnologia embarcada no avião de caça francês Rafale, que disputa a concorrência para a compra de 36 modelos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Além do consórcio Rafale International, formado pelas companhias Dassault Aviation, Thales e Snecma, brigam na escolha, que já foi adiada pela presidente Dilma Rousseff para o fim deste ano, os modelos sueco Gripen e o americano F-18. A Federação das Indústrias do Esado de Minas Gerais (Fiemg) também firmou convênio com a Dassault prevendo parceria estratégica caso o governo brasileiro escolha o Rafale.
O diretor da Dassault no Brasil, Jean-Marc Merialdo, enfatizou, durante encontro com empresários, pesquisadores e profissionais do setor promovido na sede da Fiemg, que o governo francês autorizou a transferência de 100% da tecnologia à indústria brasileira. A decisão inclui o desenvolvimento no Brasil de futuras adaptações que for necessárias no caça francês. “Nós esperamos, agora, um sinal do governo brasileiro para ver a retomada do processo de compra dos caças. Estamos trabalhando para sair na frente; viemos para ganhar”, disse o executivo.
Com a definição de cortes no orçamento da União, a aquisição dos caças ficou para o ano que vem. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou recentemente que o corte de R$ 4,1 bilhões nos gastos previstos da pasta não vai atingir a compra dos aviões. Os representantes do Consórcio Rafale programam outros encontros, como o de ontem em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

MOTORES
A francesa Snecma firmou acordo de cooperação com a mineira IAS – Indústria de aviação e Serviços para transferência de tecnologia de manutenção dos motores do caça Rafale. Segundo o diretor-geral da IAS, Ronaldo Aldrin, a empresa tem concentrado a sua atuação na área de defesa desde 2007, quando começou a oferecer serviços de manutenção de motores de aeronaves, e acabou se tornando uma das principais fornecedoras do ramo no Brasil.
A Dassault fechou parceria com o Centro de Inovações CSEM Brasil, criado em 2007, para pesquisa e desenvolvimento na área de nanotecnologia. O CSEM desenvolveu um tipo de cerâmica para encapsulamento de dispositivos eletrônicos que já está sendo implantado na indústria automotiva e na agricultura. O novo convênio, de acordo com o presidente da empresa, Tiago Maranhão Alves, permitir atender o setor de aeronáutica. O acordo firmado entre a Dassault e a UFMG prevê cooperação em educação e pesquisa na área aeronáutica.
fonte: JORNAL ESTADO DE MINAS

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