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segunda-feira, 4 de abril de 2011

04 de abril de 2011 - CORREIO BRAZILIENSE



DESTAQUE DE CAPA - RETRATO DE UM PAÍS QUE NÃO SABE ENVELHECER
Agredidos dentro de casa

Ameaças, intimidações, tapas e empurrões%u2026 tudo feito pela própria família. A violência contra idosos chega anualmente a 120 mil agressões segundo o IBGE, a maioria pelos parentes da vítima. Dona Edna teve de recorrer à polícia devido aos constantes ataques de sua nora, que insiste em expulsá-la da residência comprada pela senhora de 75 anos.


ACIDENTE AÉREO
Voo 447: França acha mais peças do avião
Partes do motor e das asas da aeronave que sumiu em 2009 estavam no fundo do Oceano Atlântico

Quase dois anos depois do desaparecimento de uma aeronave da Air France durante o trajeto Rio de Janeiro – Paris, destroços do voo 447 foram localizados, ontem, por investigadores franceses. O Escritório de Investigações e Análises (BEA) francês anunciou que a descoberta reacende as esperanças de se encontrarem as caixas-pretas do avião. O acidente, que provocou a morte de 228 pessoas, segue sem ter as causas desvendadas.
O informe da BEA não diz exatamente quais partes do avião foram identificadas. “Durante as operações de busca no mar realizadas nas últimas 24 horas e dirigidas pelo Whoi (Woods Hole Oceanographic Institution), a equipe a bordo do navio Alucia localizou destroços do avião”, indicou o órgão francês. De acordo com o diretor da BEA, Jean-Paul Troadec, os destroços estão próximos, no fundo do oceano. “A notícia favorável é que os destroços estão relativamente concentrados. Devido a isso, temos esperanças de encontrar as caixas-pretas”, declarou Troadec.
Desde o desaparecimento do avião, em 2009, várias tentativas de rastreamento dos destroços foram postas à cabo pelos técnicos franceses. Em 25 de março, uma quarta fase de buscas teve início no Oceano Atlântico. Apesar de o órgão francês não ter divulgado oficialmente quais partes da aeronave foram identificadas ontem, Troadec adiantou que possivelmente foram encontrados os motores e algumas partes da fuselagem das asas. A nova fase de buscas foi iniciada em um raio de 75 quilômetros em torno da última posição conhecida do Air France 447, que, segundo a Força Aérea Brasileira, é cerca de 800 quilômetros de Natal. A área vasculhada soma 10 mil quilômetros quadrados.
Nesta etapa, estão sendo utilizados três submarinos robôs do modelo Remus. As embarcações contam com quatro metros de comprimento e pesam 800kg. Contam com sensores de detecção e chegam a 4 mil metros de profundidade. Antes da quarta etapa de buscas, apenas 3% da estrutura do Airbus da Air France e 50 corpos haviam sido resgatados. A operação foi orçada em quase R$ 21 milhões, financiados pela Airbus, fabricante do avião, e a companhia aérea Air France. Com os destroços localizados, o governo francês prepara a quinta fase de buscas para resgate dos destroços localizados no fundo do oceano.


OPINIÃO
Olimpíadas 2016: fim do "plantation" no esporte brasileiro?
Alexandre Sidnei Guimarães

. Como a criança toma remédios controlados e sofre com os efeitos colaterais dos mesmos, Antônio escolheu as poltronas, ao comprar a passagem. Evitou as janelas e o fundo do avião, por conta da vertigem, e preferiu os assentos do corredor, mais cômodos em caso de emergência. “Dentro do avião me deparei com uma senhora na poltrona marcada de meu filho. Ressalto que não era idosa e não possuía nenhuma necessidade especial. Ao interpelá-la, sua resposta foi que a chefe de cabine a colocou no lugar, uma vez que não gosta de viajar na janela. A chefe de cabine simplesmente determinou que meu filho sentasse em outra poltrona, indicada por ela na janela, sem qualquer explicação, demonstrando uma tremenda falta de respeito por ele. Ela disse que depois que acomodasse todos os outros passageiros, veria se poderia trocar meu filho de lugar. Ela não apareceu durante todo o voo. Uma moça que estava sentada na poltrona do meio, ao meu lado, cedeu seu lugar e foi espontaneamente para a parte de trás do avião. Só assim foi possível acomodar meu filho no corredor. Durante a viagem, observei a senhora confortavelmente sentada, na poltrona que deveria ser do meu filho, com seu computador portátil. O filho dela estava na janela e a poltrona do meio vazia”, conta o leitor. Ao chegar em casa, Antônio entrou em contato com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa. “Fui informado de que não obteria nenhuma resposta da empresa, que as reclamações servem somente para constar. A empresa não está nem aí para os passageiros.”

» Resposta da Gol
“A Gol informa que entrou em contato com o cliente e esclareceu que a senhora estava sentada em sua poltrona pois cedeu seu lugar original, na primeira fileira, a portadores de necessidades especiais. Ressaltamos que, para solucionar o problema, outro cliente se disponibilizou a trocar de assento com o cliente e seu filho para que todos fossem acomodados da melhor maneira. Cabe salientar que a tripulação não mediu esforços para acomodar a todos com segurança e conforto.”

» Comentário do leitor
“A resposta da Gol é absurda. A poltrona dela era na janela na mesma fileira da poltrona do meu filho, e quem se sentou lá foi o filho dela. Não tinha nenhum portador de necessidades especiais lá. A verdade é que ela tirou o meu filho da poltrona para ficar mais confortável, só ela e o filho nas três poltronas. Em momento algum a tripulação me procurou para explicar o ocorrido. A moça que cedeu o lugar foi por livre e espontânea vontade sem qualquer interferência da equipe da Gol. O desrespeito ao meu direito como consumidor é claro e absurdo.”


COSTA DO MARFIM
Terra de ninguém
Capacetes azuis franceses tomam o controle do aeroporto de Abidjan, enquanto forças leais ao presidente Gbagbo e ao líder eleito Ouattara espalham o terror. Morador relata caos ao Correio

RODRIGO CRAVEIRO

O publicitário Hassan Halaoui, 32 anos, sente que a vida parou em Koumassi, um dos 13 bairros de Abidjan. Há dois meses, ele não trabalha e, desde então, precisa da ajuda de amigos e da família para pagar as contas de água e eletricidade. Sair de casa tem exigido uma boa dose de coragem. “Há pistolas em todos os lugares da cidade, além de guerrilheiros e milicianos. Você não sabe quem é seu inimigo”, contou ao Correio, por meio da internet. Faltam água, comida e dinheiro. A incerteza começou a reinar na capital da Costa do Marfim depois que as tropas de Alassane Ouattara — candidato vitorioso na eleição presidencial de outubro — invadiram a metrópole de 4,5 milhões de habitantes e entraram em choque com os soldados aliados a Laurent Gbagbo, o atual presidente. “Vivemos o caos. Não podemos dizer qual grupo domina a capital. Temos três forças: o chamado ‘comando invisível’, os homens de Gbagbo e o Exército de Ouattara”, afirmou, ao revelar que saques já ocorrem por todo o país.
Enquanto Hassan falava à reportagem, por volta das 22h15 de ontem (19h15 em Brasília), um amigo que vive perto do palácio presidencial contou-lhe que ouvia intensos tiroteios. “O problema aqui é o ódio entre os grupos étnicos, principalmente nos vilarejos. Virou um conflito racial: temos 71 etnias no país, algumas são aliadas a Alassane, outras a Gbagbo, e as pessoas lutam todos os dias”, afirmou. Questionado sobre como tenta se proteger diante da guerra civil, Hassan não demora em responder: “Apenas rezamos. Mais de 10 mil prisioneiros estão à solta, pessoas são queimadas, todas as noites há execuções por parte das forças de Gbagbo”, admitiu.
Nem mesmo a chegada dos capacetes azuis da França, que na madrugada de ontem tomaram o controle do aeroporto de Abidjan, parece um alento. “Eles não são mantenedores da paz. Estão ajudando as tropas de Ouattara”, critica. O Ministério da Defesa da França anunciou que 350 militares se uniram aos 7,5 mil que já estão no país sob mandato das Nações Unidas. Ante os combates em várias partes da capital, Ouattara prolongou o toque de recolher até quarta-feira.
Durante toda a manhã de ontem, helicópteros da ONU e tanques franceses vigiavam a capital. A manobra de Paris foi condenada por Toussaint Alain, conselheiro de Gbagbo. “Consideramos que esta força atua na Costa do Marfim como um exército de ocupação fora de qualquer mandato, já que o mandato da ONU não confere autoridade às tropas francesas para ocupar o aeroporto de um Estado soberano”, disse. Paris retirou ontem da capital 48 franceses e quatro belgas. O presidente Nicolas Sarkozy ordenou o reagrupamento urgente de todos os 12 mil cidadãos da França. Por sua vez, a ONU transferiu os funcionários não essenciais de Abidjan para Bouake, na região central do país. “Nos atacaram, deram tiros, atacaram a sede. Isso faz com que o trabalho seja difícil”, justificou Hamadoun Toure, porta-voz da operação. Reduto das forças de Ouattara, Bouake é a segunda maior cidade do país.

Ultimato
O governo dos Estados Unidos alertou ontem que Gbagbo não obteve o reconhecimento da comunidade internacional e, por isso, deve abandonar o poder. “Os EUA pedem ao ex-presidente Laurent Gbagbo uma renúncia imediata”, afirma a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, por meio de um comunicado. “Gbagbo está levando a Costa do Marfim à anarquia. O caminho à frente é claro. Ele deve se afastar agora para que termine o conflito”, decretou. Consultado pelo Correio, o etíope Lansana Gberie — analista do Instituto para Estudos de Segurança (ISS) de Adis-Abeba — afirmou crer que Gbagbo tem condições de se manter no governo apenas por um curto período. “Estamos vendo o fim do jogo. Ele reuniu 2 mil soldados leais, todos de seu grupo étnico, com a capacidade de infligir terror


CIDADES
DIREITO DO CONSUMIDOR
As empresas autorizadas que não herdaram as redes montadas pelas antigas estatais estão livres para alegar falta de condições para instalar novas linhas fixas e atender quem deseja trocar de operadora. No DF, apenas uma concessionária é obrigada a prestar o serviço a todos os brasilienses

Julia Borba

O compromisso em outra cidade poderia ter custado 70%menos. Colocar os pés na areia deveria ser muito mais do que se deparar com uma casa em construção ou com um parquinho de criança. Durante o período de promoções das companhias aéreas, muitos consumidores que se beneficiariam dos descontos acabam perdendo a paciência com os insistentes erros nas páginas das empresas na internet e não conseguem finalizar a compra. Enquanto isso, apenas os mais sortudos, dedicados ou estrategistas são capazes de pagar o valor anunciado nas campanhas.
De acordo com o dono do site Melhores Destinos, especializado em promoções de passagens aéreas, Leonardo Marques, é comum ouvir reclamações dos internautas mais descrentes, que duvidam da existência das tarifas reduzidas. “Elas existem, mas há algumas maneiras de encontrar. Muitas vezes, as pessoas não leem o regulamento. Fica certamente mais difícil pesquisar sem saber as regras estabelecidas pelas empresas.”
Para ter melhor acesso às páginas da web, Marques recomenda aos consumidores que busquem os portais imediatamente após descobrir uma promoção. Segundo ele, estar entre os primeiros interessados facilita a aquisição de bilhetes nas tarifas promocionais. “Normalmente, as empresas dispõem de 10 passagens, por voo, com valor baixo. Não tem saída, o consumidor tem de insistir, porque são muitas pessoas interessadas tentando ao mesmo tempo, sem contar com as falhas dos sites. Problemas de navegação existem em todas as companhias aéreas”, explica.
A administradora Natália Cavalcanti tentou aproveitar uma promoção de milhas reduzidas para visitar os pais em João Pessoa e acabou se aborrecendo com a falta de infraestrutura da empresa. “O site saiu do ar quando eu digitei os dados do cartão. Ao mesmo tempo, chegou uma mensagem de erro. Em seguida veio outra com a confirmação da compra. Sem saber continuei tentando comprar. Por sorte debitaram apenas uma vez”, conta.
O analista de segurança Bruno Martins está quase conformado em comprar bilhetes apenas pela tarifa cheia. “Erros nos sites acontecem sempre. Acho que é quase impossível comprar na promoção. Só consegui uma vez. Outro dia, finalizei o pagamento do trecho, mas por engano na hora da cobrança descontaram duas vezes o valor da passagem. O reembolso veio só 17 dias depois”, lembra.

Táticas
Para obter melhores resultados, alguns consumidores criam as próprias estratégias. É o caso do administrador Luís Hirata. Além de checar frequentemente as páginas das empresas aéreas, ele acessa sites especializados e segue as versões no Twitter e no Facebook. Além disso, procura horários menos convencionais, como a madrugada, para visitar as páginas.
Quando tenta comprar em horário de pico, ele também faz pesquisas em sites de viagens, que reúnem todas as companhias. Segundo ele, a navegação é mais rápida e os preços, semelhantes. Foi assim que ele viajou 33 vezes em 2010, e 30 em 2009, passando por cidades como Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Santiago, no Chile e Nova York.
Para ele, os aborrecimentos na hora da compra são toleráveis. “Vira um vício viajar, conhecer novos lugares e visitar amigos que mudaram de cidade. Praticamente em todas as cidades para onde vou conheço alguém e assim não pago hospedagem. Mas também já perdi muitos aniversários de amigos em Brasília por causa dessas promoções”, explica.

Sem iludir o comprador
Para Maria Inês Dolci, advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (ProTeste), as promoções das empresas aéreas devem ter regras claras, para não iludir o consumidor. O tempo de duração deve estar indicado, para que o cliente saiba exatamente qual será o tempo necessário de despenderá para ter acesso aos valores reduzidos.
Além disso, para ser mais precisa, a companhia também deveria apresentar a quantidade de assentos disponíveis. “A gente não vê isso. O que ocorre é que eles colocam o preço lá em baixo, mas omitem a quantidade oferecida por essa tarifa. Dessa forma, as pessoas correm para o site e não encontram o que querem.”
Segundo ela, a falta dessa informação é uma jogada de marketing que prejudica o consumidor. “Os preços são atrativos e é isso que leva o consumidor até o site. São vários erros cometidos que acabam fazendo o entendimento de quem compra ser diferente do que realmente está disponível”, completa.
Caso o consumidor sinta-se lesado, a especialista indica a impressão do regulamento e das páginas visitadas. “Se todas as condições não estiverem na peça promocional, trata-se de uma propaganda enganosa. Com a impressão em mãos é possível provar a falha da companhia”, explica.

As empresas
Foram procuradas as principais empresas com atuação em Brasília. Apenas a Webjet não respondeu às perguntas feitas pelo Correio.

Avianca
O presidente da empresa, José Efromovich, diz que não sabe de nenhum problema de acesso dos consumidores durante período de promoção. Segundo ele, antes de lançar descontos, os canais de comunicação são superdimencionados. Efromovich também garante que a empresa está preocupada com o atendimento ao cliente, decidida a oferecer produto diferenciado. Ele garante que se houver 20 reclamações sobre o sistema é motivo de crise dentro da empresa e que o processo de melhoria é contínuo. Mesmo assim, se houver algum problema, o consumidor deve procurar o SAC e terá todos os direitos assegurados.

Azul
O gerente de atendimento ao cliente da empresa, Paulo Engelmann, conta que a Azul se prepara antes de cada promoção, ampliando a capacidade do sistema. Além disso, há um cálculo para estimar quanto da demanda deve aumentar ao longo dos dias de preços baixos, de forma que as ferramentas de atendimento também sejam ampliadas. Eles afirma que alguns servidores podem oscilar e que nesses casos o consumidor pode entrar em contato com o SAC, contar o problema e ter a tarifa assegurada pela companhia. O objetivo da empresa é assegurar o acesso durante todo o dia, para que não sejam necessárias estratégias para realizar a compra.

Gol
A Gol esclarece que cerca de 90% das passagens são comercializadas pela internet. Como esse é o seu principal canal de vendas desde o início das operações, a empresa possui uma robusta infraestrutura para suportar o número de acessos, mesmo em períodos de ações promocionais. A empresa foi a primeira a implantar o modelo de baixo custo no Brasil. Portanto, as promoções fazem parte da estratégia desde a fundação. A companhia também possui comitês quinzenais que incluem a Presidência e Vice-presidências para tratar especificamente sobre atendimento ao cliente, discutir casos específicos, soluções e inovações em atendimento.

TAM
O número de visitantes na página da TAM chega a aumentar 200% durante as promoções, com um incremento no volume de transações em 550%. Quando é necessário, a companhia troca a home page principal para uma promocional, mais “leve”, para melhorar o tempo de resposta do carregamento e exonerar a carga dos servidores. Alguns serviços atrelados ao processo de venda também são desabilitados. Além disso, todos os fornecedores de Tecnologia da Informação impactados na promoção ficam de plantão 24 por dia, monitorando o desempenho de todos os canais de venda da empresa. Os horários de maior demanda são no início e no fim  da promoção.






Cinco perguntas para
Lucas Cabette Fabio, Advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)

É comum o consumidor não encontrar as tarifas anunciadas. Trata-se de uma ilegalidade?
No entender do Idec, e segundo o Código de Defesa do Consumidor, a oferta é descumprida quando a publicidade é veiculada e o consumidor não tem direito de adquirir pelo preço proposto. O que pode ocorrer é o uso de fórmulas, como “até quando houver em estoque”. E esse é o mínimo que se pode fazer para alertar o consumidor.

Como o consumidor pode se defender?
É um pouco complicado comprovar o preço que vinha sendo cobrado, mas o consumidor pode imprimir ou salvar a tela, para tentar comprovar que a empresa mostrou um preço diferente durante a compra. Pode-se tentar pleitear a diferença dos valores em um juizado especial. Vale lembrar que, se houver algum alerta sobre o esgotamento das tarifas na regra, não há ilegalidade.

Fora entrar na justiça, há alguma outra maneira de resolver o problema?
Basta juntar os documentos e apresentar uma reclamação fundamentada no Procon ou na Agência Nacional de Aviação Civil, porque ela também tem atribuição de fiscalizar.

Sobre os erros nos sites. É possível reivindicar?
O Procon pode intermediar um acordo para reembolso em caso de problemas técnicos. A empresa é obrigada a ter meios de comunicação e canais de acesso adequados. Faz parte da prestação de serviço. Se o volume de reclamações contra a companhia for grande, isso fortalece a atuação dos órgãos de proteção oficiais.

Mas as empresas entram com recursos e dificilmente pagam as multas. Ainda assim vale a pena o consumidor ter tanto trabalho?
As empresas vão até o último grau para não pagar as multas. Mas é sempre um custo para elas levar ações adiante, além de criar uma exposição desfavorável na imprensa, por exemplo.

Dicas
Esqueça a ideia de que comprar com antecedência é garantia de preços baixos. Mas, como comprar de última hora também não funciona, deixe sempre uma intervalo mínimo. Assim, recomenda-se:

Passagens aéreas nacionais:
Baixa temporada: de 25 a 30 dias Alta temporada: de 60 a 90 dias

Passagens aéreas internacionais:
Baixa temporada: de 30 a 60 dias
Alta temporada: de 60 a 120 dias
* Para feriados o ideal é uma antecedência de 3 a 4 meses.

COMO ENCONTRAR TRECHOS EM PROMOÇÃO:

A lógica das passagens aéreas

As passagens mais procuradas custam mais caro. Assim, um voo no melhor horário terá preços maiores do que outro voos, da mesma companhia, em horários piores. O mesmo vale para os dias da semana, como sexta-feira à noite e domingo à noite.

A lógica das ofertas
As empresas aéreas fazem promoção para os voos menos procurados. Elas querem encher um avião com baixa ocupação. Por isso, dificilmente haverá promoção para períodos de grande procura, como feriados.

Leia as regras da promoção
Sem ler as regras da promoção, procurar passagens baratas é perda de tempo.




Como pesquisar passagens aéreas
Entre no site da companhia e pesquise alternando os dias da semana. Exemplos: ir em uma terça-feira e voltar na outra terça-feira. Mude os dias da semana até localizar o menor preço. Depois, marque exatamente a data desejada.

Flexibilidade de data é requisito para bons preços
Se você tem data e hora para ir e voltar, você não vai conseguir bons preços. Às vezes, deixar de viajar à noite para sair no dia seguinte pela manhã pode significar uma redução de 80% na tarifa.
Fonte: site Melhores Destinos


Grita do consumidor

» Gol
Empresa não respeita lugares marcados em voo
» Antônio César Tavares Asa Sul

A volta da viagem de férias a Curitiba foi conturbada para o dentista Antônio César Tavares, 47 anos, e seu filho. Como a criança toma remédios controlados e sofre com os efeitos colaterais dos mesmos, Antônio escolheu as poltronas, ao comprar a passagem. Evitou as janelas e o fundo do avião, por conta da vertigem, e preferiu os assentos do corredor, mais cômodos em caso de emergência. “Dentro do avião me deparei com uma senhora na poltrona marcada de meu filho. Ressalto que não era idosa e não possuía nenhuma necessidade especial. Ao interpelá-la, sua resposta foi que a chefe de cabine a colocou no lugar, uma vez que não gosta de viajar na janela. A chefe de cabine simplesmente determinou que meu filho sentasse em outra poltrona, indicada por ela na janela, sem qualquer explicação, demonstrando uma tremenda falta de respeito por ele. Ela disse que depois que acomodasse todos os outros passageiros, veria se poderia trocar meu filho de lugar. Ela não apareceu durante todo o voo. Uma moça que estava sentada na poltrona do meio, ao meu lado, cedeu seu lugar e foi espontaneamente para a parte de trás do avião. Só assim foi possível acomodar meu filho no corredor. Durante a viagem, observei a senhora confortavelmente sentada, na poltrona que deveria ser do meu filho, com seu computador portátil. O filho dela estava na janela e a poltrona do meio vazia”, conta o leitor. Ao chegar em casa, Antônio entrou em contato com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa. “Fui informado de que não obteria nenhuma resposta da empresa, que as reclamações servem somente para constar. A empresa não está nem aí para os passageiros.”

» Resposta da Gol
“A Gol informa que entrou em contato com o cliente e esclareceu que a senhora estava sentada em sua poltrona pois cedeu seu lugar original, na primeira fileira, a portadores de necessidades especiais. Ressaltamos que, para solucionar o problema, outro cliente se disponibilizou a trocar de assento com o cliente e seu filho para que todos fossem acomodados da melhor maneira. Cabe salientar que a tripulação não mediu esforços para acomodar a todos com segurança e conforto.”

» Comentário do leitor
“A resposta da Gol é absurda. A poltrona dela era na janela na mesma fileira da poltrona do meu filho, e quem se sentou lá foi o filho dela. Não tinha nenhum portador de necessidades especiais lá. A verdade é que ela tirou o meu filho da poltrona para ficar mais confortável, só ela e o filho nas três poltronas. Em momento algum a tripulação me procurou para explicar o ocorrido. A moça que cedeu o lugar foi por livre e espontânea vontade sem qualquer interferência da equipe da Gol. O desrespeito ao meu direito como consumidor é claro e absurdo.”
 FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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