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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

24 de fevereiro de 2011 - BRASIL ECONÔMICO



AVIAÇÃO
Ministro francês vê avanços nas conversas com o Brasil para venda de caças
Gol dribla alta do petróleo e mantém tarifas para lotar aviões Companhia aéreas tem contratos de garantia de preços com fornecedores que protegem 20%de seu consumo

A Gol afirmou que manterá o preço das passagens aéreas em 2011. O anúncio reforça a estratégia da companhia de angariar clientes por meio de preços menores,mas vai de encontro às notícias de conflitos no Oriente Médio e o receio do aumento do custo dos combustíveis no mundo.
Em dezembro de 2010, o preço do barril de petróleo era cotado a US$ 85 e ontem, pela primeira vez desde 2008, ultrapassou a barreira dos US$ 110. Cerca de 35% dos gastos gerais da Gol são provenientes dos combustíveis. Mesmo assim, o diretor de mercado de capitais da companhia, Rodrigo Alves, afirmou que “os preços vão permanecer estáveis e nem mesmo a inflação será repassada aos consumidores nos próximos anos, o que poupa uma elevação nos valores dos bilhetes de cerca de 4%anuais.”
A companhia informa que detém contratos de garantia de preço com fornecedores que protege 20% do consumo de petróleo dos próximos 12meses, número que aumentou para 40% só neste primeiro trimestre. Além disso, a Gol faz uso de um cenário de dólar mais elevado do que os patamares atuais, o que tende a compensar o aumento no preço do petróleo.
Segundo o porta-voz do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), Jorge Honório, o impacto nos custos das empresas aéreas e um eventual repasse para os usuários devem demorar a acontecer. “Se este cenário perdurar por mais três ou quatro meses, aí sim, as companhias terão de repassar os reajustes aos consumidores”, diz.
Para manter os preços, a estratégia da Gol é simples: lotar os aviões. Apostando em uma demanda sensível a preços, a companhia se empenha na receita de aproveitar ao máximo a capacidade das aeronaves e desta forma aumentar a rentabilidade de cada voo. O plano de frota da companhia prevê a aquisição de 16 aeronaves até 2014.
Em 2010, a companhia transportou 33 milhões de passageiros, em 63 destinos. Para este ano, a meta é atender 37 milhões de clientes. O número de rotas da companhia também deve crescer. “Em 2010 ampliamos oito destinos, sendo quatro internacionais. Agora estamos estudando a viabilidade de outros 30 aeroportos na América Latina”, disse Alves.

TAP
O principal objetivo da companhia é se consolidar no mercado nacional e ampliar sua receita em 10% neste ano. Por isso, Alves descartou a possibilidade de aquisições de empresas estrangeiras, mesmo depois de o ministro das relações exteriores do Brasil, Antônio Patriota, admitir na semana passada que uma companhia aérea brasileira analisava a compra de uma participação na companhia aérea portuguesa TAP.
“Apesar de temos R$ 2 bilhões em caixa não planejamos nenhuma aquisição. Este montante é importante para assegurar que a Gol passe por qualquer eventual turbulência sem maiores problemas”, disse.


RESULTADOS
Lucro líquido da companhia somou R$ 214 milhões em 2010, queda de 76%

A Gol encerrou 2010 com lucro líquido de R$ 214,2 milhões, 76% menor do que o verificado no ano anterior. Segundo Rodrigo Alves, diretor de mercado de capitais da companhia, 2009 foi um ano atípico. “Tivemos um ajuste positivo de R$ 350 milhões referentes a créditos tributários depois da compra da Varig”, explicou. Além disso, a desvalorização do dólar em 2009 — de R$ 2,30 para R$ 1,76 — reduziu o montante das dívidas da companhia e gerou ganhos extras.
Por isso, Alves defendeu que os resultados de 2010 foram positivos, apesar de terem sido menores do que no ano anterior. “Conseguimos um crescimento baseado em nossas operações em 2010, enquanto em 2009 o lucro foi financeiro, recorrente de benfeitorias ocasionais.”
A receita da empresa aumentou 15,8% no ano passado para R$ 6,979 bilhões, enquanto a geração operacional de caixa cresceu 76%para R$ 979,4 milhões.
As dívidas da companhia aérea encerraram 2010 em R$ 4 bilhões, valor maior do que o verificado em 2009, quando somaram R$ 3,6 bilhões. O prazo para a amortização dos débitos é de seis anos, maior do que o índice de alavancagem — que mede o tempo necessário para a quitação baseado em geração de caixa -, que ficou em cinco anos.
“Este índice era de 6,4 em 2009. Podemos considerar que a dívida diminuiu, se olharmos o tempo necessário para pagá-la em linha com nossa geração de caixa”, diz Alves.
M.L.


ENCONTRO DE CONTAS
O retorno do Fokker?

LURDETE ERTEL

O estado de Goiás está alvoroçado com a possibilidade de ser pista de pouso de um empreendimento emblemático da indústria aeroespacial europeia.
Representantes do governo estadual aterrissaram na Holanda nesta semana para negociar com a direção da Rekkof Aircraft, que pretende retomar a construção de jatos da extinta Fokker. Segundo os secretários envolvidos nas conversas, o projeto tem previsto investimento inicial de US$ 1 bilhão.
O governo de Goiás negocia com a Rekkof a instalação da fábrica de jatos em Anápolis. O grupo holandês Fokker encerrou a produção de aeronaves no final de 1997. Para retomar o projeto, foi criada a Rekkof, cujo nome vem de Fokker às avessas.


EMPRESAS

AVIAÇÃO
Crise no mundo árabe pode prejudicar empresas aéreas, diz Iata Gol dribla alta do petróleo e mantém tarifas para lotar aviões Companhias aéreas que possuem operações no Oriente Médio e norte da África podem registrar perdas este ano.
Emirates, British Airways, Lufthansa e outras companhias aéreas suspenderam voos para a capital líbia, Tripoli. “Se a agitação continuar, pode-se chegar a um patamar em que as companhias aéreas não poderão voar para estes países”, afirmou Gunther Matschnigg, vice-presidente sênior da Iata, organização do setor.

FONTE: BRASIL ECONÔMICO

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