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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

11 de fevereiro de 2011 - AGÊNCIA BRASIL


12:17 - 10/02/2011
Ao mesmo tempo em que negocia libertação de reféns, Colômbia aperta o cerco contra as Farc

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – No mesmo momento em que faz um acordo para a liberação de cinco reféns mantidos sob o poder das Forças Armadas Revolucionárias (Farc), o governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anuncia que 2 mil militares ficarão de prontidão nas regiões dos departamentos de Huila e Caquetá. A ideia é pôr em prática uma ofensiva contra os guerrilheiros. As informações são da Presidência da República da Colômbia e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Paralelamente, hoje (10) os dois helicópteros brasileiros partiram de Villavicencio (na Colômbia) para Florencia, também no país, para amanhã (11) resgatar mais dois sequestrados. Para as autoridades colombianas, são operações distintas. No grupo dos 2 mil militares há atiradores de elite e peritos na manipulação de explosivos.
Amanhã a equipe de resgate – formada por 22 militares, representantes da Cruz Vermelha, a ex-senadora Piedad Córdoba, integrantes do governo da Colômbia e dois representantes da organização não governamental Colombianos e Colombianas pela Paz, Hernando Gómez e Danilo Rueda, – estará no departamento de Caquetá, na cidade de Florencia. É a terceira ação que conta com o apoio do Brasil.
O objetivo é sair de Florencia em direção ao local definido pelos guerrilheiros para libertar o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez. No domingo (13), que será o último dia das operações, serão resgatados, no departamento de Tolima, na cidade colombiana de Ibagué, os militares Guillermo Solórzano e Salim Sanmiguel.
O representante do governo colombiano nas operações, Eduardo Pizarro Leongómez, elogiou a ação que permitiu a libertação ontem (9) do vereador Marcos Baquero. "Agradecemos ao governo, às Forças Armadas, a Piedad Córdoba, à Cruz Vermelha Internacional e ao governo do Brasil pelos bons ofícios. Acho que todos nós podemos ser muito otimistas com as próximas negociações”, disse.
O governo da Colômbia negocia a libertação de mais 16 reféns das Farc. Mas não há data para a operação ocorrer. Segundo Leongómez, os esforços são para que mais libertações ocorram no menor tempo o possível.
Para as etapas de libertação dos reféns, foram negociados protocolos de segurança – entre as Farc e o governo Santos sob mediação dos demais negociações. Os protocolos consistem em suspender voos militares nas áreas onde ocorrem os resgates.
Para os comerciais, devem ser informados com antecedência os planos de sobrevoo. Também ficam suspensas por 24 horas operações terrestres nas regiões onde serão feitos os resgates.


12:44 - 10/02/2011
Ministério da Saúde libera R$ 11,8 milhões para vacinas no Haiti

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde liberou R$ 11,8 milhões destinados à compra de vacinas para o Haiti. Os recursos são suficientes para abastecer o país caribenho por dois anos.
De acordo com o governo federal, do total, R$ 4,3 milhões serão repassados para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que fará a compra de vacinas contra raiva animal e humana, difteria, tétano e coqueluche por meio de licitação internacional. O restante, R$ 7,5 milhões, ficará com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a aquisição de geladeiras e demais aparelhos usados no armazenamento das vacinas.
Os recursos vêm de uma medida provisória, editada pelo governo federal em janeiro do ano passado, no valor de R$ 135 milhões para ajudar na reconstrução do sistema de saúde haitiano, destruído pelo terremoto que devastou o país e provocou cerca de 200 mil mortes e deixou 1,5 milhão de pessoas sem moradia. Segundo o ministério, mais de 90% do dinheiro serão aplicados no decorrer deste ano e em 2012.
A compra das vacinas e de equipamentos faz parte de acordo firmado entre o Brasil, o Haiti e Cuba em março do ano passado com o objetivo de ajudar na recuperação do país caribenho.

14:57 - 10/02/2011
Ministro da Defesa da Venezuela diz que há risco de golpe de Estado no país

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Defesa da Venezuela, Carlos Mata Figueroa, disse hoje (10) que há indícios de tentativa de golpe de Estado no país. Figueroa acusou segmentos da oposição de articular uma reação ao presidente venezuelano, Hugo Chávez. De acordo com ele, no entanto, a pressão exercida pela oposição não tem influência nas Forças Armadas.
"O nível de consciência dos nossos homens e mulheres é elevado. O que se percebe é a motivação, o orgulho de pertencer às Forças Armadas moralizada e mais unidas do que nunca, em torno do que estamos fazendo", disse o ministro venezuelano. As informações são da rede de televisão multiestatal, Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela.
Para Figueroa, o exemplo desta motivação está no aumento de jovens que se alistaram no serviço militar. De acordo com ele, em 1998, 26 mil jovens fizeram o serviço militar obrigatório, hoje são cerca de 56 mil alistados.
Eleito presidente em 1998, Chávez deu início a uma nova etapa política na Venezuela, instaurando o que chamou de Revolução Bolivariana baseada no socialismo do século 21. Com o respaldo de referendos e eleições, o presidente mudou a Constituição e abriu a possibilidade da reeleição, Chávez venceu as disputas de 2000 e 2006.
O governo Chávez reúne críticos e admiradores interna e externamente. Para os favoráveis, o governo reduzir a pobreza e melhorou a qualidade de vida da população. Os críticos afirmam que ele é autoritário e impõe uma série de medidas de censura e limitações à liberdade de imprensa.


15:01 - 10/02/2011
Haiti confirma 4.334 mortes provocadas pela epidemia de cólera

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As autoridades do Haiti confirmaram hoje (10) que 4.334 pessoas morreram em decorrência da epidemia de cólera no país. Segundo as autoridades, os números aumentam diariamente. Pelos dados do Ministério da Saúde Pública e da População no Haiti, 220.784 pessoas foram infectadas pela doença. As informações são da rede multiestatal de televisão, Telesur.
Segundo as autoridades, mais de 118 mil pessoas infectadas conseguiram se recuperar. Os números de contaminação aumentaram em outubro de 2010, na região de Artibonite, no Haiti. Só nessa área houve 863 mortes. Porém, a doença ultrapassou os dez departamento do país e atingiu as regiões vizinhas.
Na República Dominicana, foram registrados 325 casos da doença e três mortes. Na tentativa de conter o avanço, vários governos do Caribe e da América Central adotaram programas emergenciais para impedir a propagação do cólera.
O governo do Brasil, por intermédio do Ministério da Saúde, liberou hoje R$ 11,8 milhões destinados à compra de vacinas para o Haiti. Deste total, R$ 4,3 milhões serão repassados para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que comprará vacinas contra raiva animal e humana, difteria, tétano e coqueluche por meio de licitação internacional. O restante, R$ 7,5 milhões, ficará com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a aquisição de geladeiras e demais aparelhos usados no armazenamento das vacinas.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários alertou, em janeiro, que a epidemia ameaça 2,2 milhões de crianças - que sofrem com a falta de acesso à água potável e às instalações sanitárias.
Há, ainda, no Haiti mais de 1 milhão de pessoas vivendo em alojamentos improvisados. Pelo menos 380 mil crianças moram em barracas nas principais cidades, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).


17:07 - 10/02/2011
Índios guajajara mantém funcionários da Vale reféns no Maranhão

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Seis funcionários da Vale são mantidos reféns de um grupo de indígenas da etnia Guajajara, na Terra Indígena Caru, no Maranhão. Os empregados estão com os índios desde ontem (10), quando a comunidade interditou um trecho da Estrada de Ferro Carajás, que pertence à mineradora.
A ferrovia ficou interditada por cerca de seis horas e foi desbloqueada às 19h de ontem, mas os funcionários não foram liberados pelos índios. Segundo a assessoria da Vale, não houve violência contra os empregados.
Os guajajara protestam pela construção de um posto de saúde na região e pela contratação de professores para a escola da comunidade. De acordo com a coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai) no estado, o grupo quer a presença de representantes do órgão, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e do governo do Maranhão para negociar.
Em nota, a Vale informa “que nenhuma das reivindicações dos indígenas é direcionada à empresa” e que o acordo de cooperação para apoio à comunidade firmado entre a companhia e a Funai está sendo cumprido. A empresa informou que está “acionando todos os meios legais para responsabilizar civil e criminalmente”os indígenas.


18:57 - 10/02/2011
Servidores preparam protesto contra corte no Orçamento da União

Daniella Jinkings e Stênio Ribeiro
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União, anunciado pelo governo, deixou os servidores públicos insatisfeitos. De acordo com o diretor executivo da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, a redução de gastos afeta diretamente a estrutura do serviço público. A categoria está preparando uma mobilização, prevista para a próxima quarta-feira (16), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra a medida.
“Será o primeiro recado. Conseguimos unir 23 entidades nacionais. Se o governo não recuar, haverá mais pressão na Esplanada, as mobilizações serão contínuas e até pode haver greve”, disse Silva. Para ele, o corte no Orçamento vai punir os servidores públicos. “Não foi com essa proposta que a Dilma [Rousseff] se elegeu. A população, principalmente os servidores, elegeu a presidenta e ela está indo na contramão do que disse antes de ser eleita.”
Segundo ele, o governo deveria cortar no Orçamento o pagamento dos juros da dívida. “Tiram dinheiro de áreas essenciais para o crescimento e desenvolvimento do país para fazer esse pagamento infundado. Nunca houve um corte como esse na história do Brasil. O conjunto do funcionalismo não está satisfeito.”
O adiamento dos concursos públicos também foi criticado pela categoria. “Isso vai causar prejuízo para o próprio governo, pois não haverá força de trabalho qualificada para atuar. Hoje, há uma deficiência muito grande no serviço público”, afirmou o diretor Silva.
Para o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios Alcides Leite, o anúncio do governo federal é “muito bem-vindo”. Segundo ele, somente com redução dos gastos públicos correntes será possível aumentar o crescimento dos investimentos públicos.
De acordo com Leite, com mais investimentos é possível elevar a oferta de bens e serviços e reduzir o custo de produção e distribuição dos produtos. Assim, acrescentou, o país poderá sustentar um crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) em torno 5% ao ano, sem provocar pressão inflacionária, o que permitirá reduzir a taxa de juros.
O professor afirmou que juros menores reduzem o custo do serviço da dívida pública, “sobrando” mais recursos para aumentar os investimentos. Juros menores também atraem menos investimentos especulativos estrangeiros, o que reduzirá a pressão pela valorização do real.
Os cortes no Orçamento 2011 foram anunciados ontem (9) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Míriam Belchior. De acordo com o governo, o corte de R$ 50 bilhões não afetará os R$ 170,8 bilhões aprovados para investimentos, dos quais R$ 40,15 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).



05:49 - 11/02/2011
Patriota acompanha processo eleitoral no Haiti e oferece ajuda do Brasil

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na tentativa de cooperar com o processo eleitoral do Haiti e por orientação da presidenta Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, desembarca amanhã (12) em Porto Príncipe – capital do país caribenho. Patriota terá reuniões com o presidente haitiano, René Préval, e o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, além dos dois candidatos que disputarão o segundo turno da sucessão presidencial, em 20 de março.
O chanceler vai anunciar a liberação de US$ 300 mil para colaborar com a realização das eleições. O dinheiro será repassado por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A viagem de Patriota ocorre no momento em que há uma incerteza política no Haiti em decorrência da chegada do ex-presidente Jean-Claude Duvalier, Baby Doc, e a ameaça de Jean-Bertrand Aritistide, outro ex-presidente da República, também retornar ao país. Ambos foram retirados do poder por pressão popular e são acusados de crimes de corrupção e violação de direitos humanos.
No último dia 5, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota em apoio às eleições no Haiti. Para o Itamaraty, esse apoio é fundamental para a garantia do processo democrático. Por recomendação da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Conselho Eleitoral Provisório do Haiti mudou a ordem dos candidatos que disputarão o segundo turno.
Concorrerão à sucessão presidencial a ex-primeira-dama Mirlande Manigat – casada com o ex-presidente haitiano Leslie Manigat (1988) e que é de oposição – e Michel Martelly, um dos músicos mais populares do país, também de oposição. Patriota conversa com ambos até domingo (13).
Para a OEA, o primeiro turno das eleições no Haiti – em novembro de 2010 – registrou uma série de  irregularidades, como duplicidade de cédulas eleitorais, resultados fraudados e impedimento de eleitores na hora de votar. Por recomendação da organização, o conselho haitiano mudou o resultado final das eleições – substituiu o governista Jude Célestin pelo artista Martelly.
Paralelamente às incertezas na política, a sociedade haitiana se esforça para reconstruir o país devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. O terremoto causou a morte de mais de 220 mil pessoas e deixou boa parte da população sem casa. A situação ficou ainda mais grave com a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil haitianos.


07:54 - 11/02/2011
Patriota comanda debate na ONU sobre situações de conflito no mundo

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, coordena hoje (11), em Nova York, o debate sobre a interdependência entre segurança e desenvolvimento no tratamento das situações de conflito e pós-conflito. Até o fim do mês, o Brasil está na presidência do conselho - a função será transmitida para a China, em março. Antes, o chanceler tem uma série de reuniões.
Patriota conversa com  o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e em seguida participa das reuniões dos ministros das Relações Exteriores do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão), sob o comando do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Joseph Deiss. Também há uma reunião com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Takeaki Matsumoto. No fim do dia, o chanceler concederá entrevista coletiva.
Os conflitos e as crises políticas mundiais costumam ser temas de análise e discussão do Conselho de Segurança da ONU. Até ontem (10), a onda de protestos no Egito não havia sido incluída na pauta de debates do órgão. É o conselho que determina o envio e a permanência de militares das missões de paz.
Na presidência rotativa do Conselho de Segurança por um mês, o Brasil reforça a defesa para que o órgão seja ampliado. O cargo de comando é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros da instituição.
Na Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. Para o governo brasileiro, é necessário atualizar a estrutura do conselho, que foi criado em 1945, seguindo a ordem mundial após a 2ª Guerra.
O órgão é integrado pelos membros permanentes - os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. O Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda são membros rotativos, com mandato de dois anos.


06:02 - 11/02/2011
Mais dois reféns das Farc devem ser resgatados hoje na Colômbia com ajuda do Brasil

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A equipe de 22 militares - e dois helicópteros - do Brasil cumpre hoje (11) a segunda etapa do resgate de cinco reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Do departamento de Caquetá, na região de Florencia (na Colômbia), eles sairão em direção à selva colombiana para libertar o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez. 
Na quarta-feira (9) foi libertado o primeiro integrante do grupo – o vereador Marcos Baquero.
No domingo (13), último dia das operações, será a vez de resgatar os militares Guillermo Solórzano e Salim Sanmiguel.  A equipe sairá do departamento de Tolima, na região colombiana de Ibagué, em direção a um local definido pelos guerrilheiros.
As operações são acompanhadas por representantes do governo da Colômbia e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além de dois integrantes da organização não governamental Colombianos e Colombianas pela Paz - Hernando Gómez e Danilo Rueda – e a ex-senadora Piedad Córdoba.
Apesar do acordo para a libertação dos reféns, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou que vai intensificar o combate à ação das Farc. Segundo ele, 2 mil militares serão enviados para as áreas de Huila e Caquetá, onde há batalhões dos guerrilheiros. Os militares são treinados como atiradores de elite e na manipulação de explosivos.
No entanto, integrantes do governo informaram que mais 16 reféns deverão ser resgatados em breve. Não há definição de datas, mas as negociações começaram. Para a libertação dos sequestrados, são firmados protocolos de segurança.
Os protocolos são negociados pelos comandos das Farc e do governo Santos sob mediação da Cruz Vermelha Internacional, de organizações não governamentais e de Piedad Córdoba. Em geral, consistem em suspender voos militares e definir horários para os voos comerciais nas áreas onde ocorrem os resgates.



06:48 - 11/02/2011
Deputados da base de apoio de Chávez e da oposição trocam socos no plenário

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A sessão da Câmara da Assembleia Nacional da Venezuela foi marcada ontem (10) por momentos de violência e agressão entre os parlamentares. Um deputado de oposição e outros da situação saíram aos socos. A confusão foi provocada porque o oposicionista Alfonso Marquina pediu silêncio à bancada do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Os governistas reagiram.
A briga foi transmitida ao vivo pelas redes locais venezuelanas  de televisão. De 2006 a 2010, Chávez manteve maioria no Parlamento da Venezuela. Mas no ano passado, com as eleições, os oposicionistas conseguiram retomar parte do espaço na Assembleia Nacional. Paralelamente, o presidente ampliou os poderes por meio de decretos.
As informações são da imprensa estatal, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN) e a rede multiestatal, a Telesur. A confusão ocorreu durante sessão em que estavam presentes ministros de várias áreas de governo, que foram ao Congresso para responder perguntas sobre ações específicas.
No total foram feitas, por parlamentares, 60 perguntas durante cerca de nove horas de sessão. Alguns dos presentes eram os representantes dos ministérios da Saúde, de Educação Básica e Educação Superior.
De acordo com a agência estatal, antes de encerrar a sessão, quase todos os assentos destinados à oposição no plenário estavam vazios. Para os governistas, a violência e o desrespeito marcaram o comportamento da oposição a Chávez. Segundo a imprensa estatal, foi o deputado Marquina que provocou a confusão na sessão parlamentar.
"Temos visto que, após cinco anos, os legisladores da oposição são os mesmos que vimos com o comportamento de violência”, disse a deputada governista do Partido Socialista Unido da Venezuela, Cilia Flores.




07:27 - 11/02/2011
Morales antecipa volta a La Paz, depois de enfrentar protestos no interior

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da  Bolívia, Evo Morales,  enfrentou ontem (10) uma das maiores manifestações contrárias ao governo na cidade de Oruro. A violência do protesto fez com que Morales antecipasse o retorno à capital, La Paz, e não participasse de um desfile cívico na cidade. Os manifestantes usaram dinamite e foguetes. O porta-voz da Presidência, Ivan Canelas, disse que “facções radicais” foram responsáveis pelo protesto.
Segundo a Agência Boliviana de Informações (ABI), Morales pretendia participar da cerimônia em Oruro, mas foi impedido.
"Infelizmente, quando se iniciava o desfile cívico, os líderes [do protesto] provocaram atos com o uso de dinamite e foguetes para causar medo na população", disse Canelas. "Por essa razão e para não para responder a esses atos, o presidente e o vice-presidente [Alvaro García Linera] voltaram a La Paz."
Para o porta-voz, os protestos tiveram o apoio de alguns setores sindicais, como a Central dos Trabalhadores Departamental de Oruro (COD). Segundo ele, as manifestações reivindicavam respostas imediatas sobre o problema da carência de açúcar, a alta dos preços de vários produtos e serviços na Bolívia.
Também ontem houve ameças de fechamento da Companhia de Apoio à Produção de Alimentos (Emapa). Segundo o porta-voz, a ameaça foi provocada por setores oposicionistas com o apoio de governos estrangeiros. De acordo com Canelas, os líderes sindicais, aos quais atribui as responsabilidades dos protestos, foram "totalmente isolados".

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