LIGAÇÕES SUSPEITAS
A ajuda de brasileiros às Farc
As centenas de supostas comunicações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) divulgadas nesta semana sugerem que o caso de um cônsul venezuelano em Manaus, que teria ajudado guerrilheiros a circular pelo Brasil, não é isolado. Numa comunicação de 2006, Raúl Reyes, ex-número 2 das Farc, morto em 2008, diz que combinou enviar ao governo Chávez uma lista de pessoas “de confiança” – e algumas seriam brasileiras. De acordo com os documentos, o grupo ligado a Reyes usava o Brasil como ponto de apoio e transferência de dinheiro. Considerado número 2 de Reyes, Orlay Palomino citou viagens pelo norte do Brasil e Fortaleza.
RESGATE NO MAR
Falas dos pilotos ficarão em sigilo
Técnicos tentam decodificar caixas-pretas, mas França não deseja divulgar nada antes de 2012
Se depender do Birô de Investigações e Análises (BEA) do governo francês, os diálogos dos pilotos do Airbus 447 não serão divulgados. Na segunda-feira, as autoridades do país anunciarão se existem condições de acessar os dados das caixas-pretas do avião que caiu quando fazia o voo Rio-Paris em 2009.
O diretor do BEA, Paulo Troadec, afirmou para à Rádio França Internacional que as transcrições só virão a público se forem importantes para a investigação. Nesta quinta-feira, chegaram à cidade francesa duas caixas-pretas resgatadas do fundo do Atlântico nos dias 1º e 3 de maio, após ficarem dois anos submersas a 3,9 mil metros. O aspecto dos aparelhos é bom, porém não é possível afirmar se os dados contidos neles foram preservados.
A hipótese mais provável do acidente foi uma falha nos sensores de velocidade (sondas Pitot), porém especialistas só divulgarão informações definitivas da tragédia caso seja possível analisar as caixas do Airbus, que já começaram a ser mexidas em Le Bourget, nos arredores de Paris.
Estudo deverá levar vários meses para ser concluído
A primeira medida é limpar e secar o equipamento antes de extrair os dados gravados nos cartões de memória, por meio de um decodificador. O problema é que, depois de tanto tempo, esses cartões podem ter sofrido corrosão ou outro tipo de desgaste, o que exigirá maior tempo de trabalho e a utilização de técnicas sofisticadas, como lupas microscópicas.
A projeção é que o detalhamento dos dados das caixas-pretas e também de outras peças do avião levará meses para ser concluído. O BEA prevê divulgar um relatório definitivo até o início de 2012.
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