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segunda-feira, 23 de maio de 2011

23 de maio de 2011 - AGÊNCIA BRASIL


23/05/2011 - 6h10

Militares participam da Operação Amazônia 2011

Brasília – Cerca de 4,5 mil militares participam de hoje (23) a 3 de junho da Operação Conjunta Amazônia 2011. O objetivo é prestar apoio às comunidades ribeirinhas por meio de ações cívico-sociais,  aprimorar o adestramento das três forças para atuar de forma coordenada e eficaz em conflitos convencionais no ambiente de selva, além de manter a capacidade operativa das tropas na região. Este é o nono exercício realizado na área desde 2002.
A operação será desenvolvida nos municípios de Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Coari, Japurá, Fonte Boa, Jutaí e Yauaretê, onde estima-se que pelo menos 2 mil pessoas serão atendidas. As ações incluem atendimento médico e odontológico.
De acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, a iniciativa ajuda os militares a desenvolverem novos métodos nas áreas de logística e comunicações. “Essa operação vai sedimentar doutrinas operacionais vitais para o emprego das Forças Armadas,” disse. Além da operação na Amazônia, haverá até dezembro de 2011 operações conjuntas em áreas de fronteira nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste.

22/05/2011 - 12h27

Código Florestal e MP sobre obras da Copa e Olimpíadas são prioridades na Câmara

Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A Câmara dos Deputados retoma na próxima terça-feira (24) o debate sobre o novo Código Florestal Brasileiro. Líderes da base do governo e da oposição fecharam acordo para tentar, pela terceira vez, votar a matéria, mas PV e P-SOL prometem fazer obstrução. Como parte do acordo para votar o novo código, está prevista também a análise das medidas provisórias 517 e 521.
De acordo com o relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), governistas e representantes da oposição elaboraram em conjunto uma emenda que trata da consolidação para a agricultura e pecuária nas áreas de preservação permanente (APP), que já foram desmatadas. Esse era o último ponto de divergência que dificultava a votação do texto. No entanto, não está descartada a apresentação de novas emendas durante o processo de votação.
Pelo acordo, oposição e governo definiram a votação de duas MPs para a próxima terça ou quarta-feira (25). Após a aprovação do novo código, devem ser votadas a MP 517, que trata da desoneração de vários impostos, e a 521, sobre a concessão de bolsas para médicos residentes.
No entanto, a relatora da MP 521, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), acrescentou ao texto uma emenda defendida pelo governo que cria o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), com novas regras para licitações de obras dos eventos esportivos mundiais que o país sediará entre 2013 e 2016, como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. A oposição já questionou a constitucionalidade da emenda e promete dificultar a aprovação da matéria.
Os partidos de oposição prometem também continuar tentando aprovar requerimentos de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para explicar sua evolução patrimonial nos últimos quatro anos. Outra tática será o recolhimento de assinaturas para criação de comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar o assunto.
O relator do Conselho de Ética, Carlos Sampaio (PSDB-SP), deverá apresentar na quarta-feira (25) seu parecer sobre o processo de quebra de decoro por parte da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Ele já adiantou que o relatório será divido em duas partes: uma sobre a possibilidade de julgamento de parlamentares que cometerem crimes antes do exercício do mandato, como é caso de Jaqueline, e a segunda, como mérito da investigação.

21/05/2011 - 14h44

Resultado de inquérito sobre acidente da TAM deve ser divulgado até julho, afirma advogado

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O resultado do inquérito conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) que apura as causas do acidente com o avião da TAM, que fazia o voo JJ 3054, deve ser concluído até julho, segundo o advogado que representa os parentes das vítimas, Ronaldo Marzagão. “Acredito que antes do quarto aniversário desse trágico acidente tenhamos uma solução final do inquérito”, disse hoje (21), pouco antes de se reunir com os parentes dos mortos no acidente em um hotel na capital paulista.
No dia 17 de julho de 2007 o avião da TAM percorreu toda a pista do Aeroporto de Congonhas sem conseguir parar, atravessou a Avenida Washington Luís e atingiu um edifício da própria companhia aérea e um posto de gasolina. Entre passageiros e tripulação, 199 pessoas morreram.
De acordo com o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dario Scott, o fim da investigação é o maior anseio dos parentes. “O objetivo da associação sempre foi trazer as informações sobre a investigação criminal do acidente”, ressaltou.
Para ele, caso o inquérito seja concluído, a luta dos parentes entrará em uma nova fase. “Se inicia um novo ciclo. Existindo a denúncia, se começa o processo criminal. Começa tudo novamente.”
Na opinião de Marzagão, o MPF deverá indicar vários culpados pela tragédia, principalmente em relação aos erros de procedimento, que mais tarde, foram revistos. “O suposto erro dos pilotos na posição dos manetes não seria o início da tragédia e, sim, o fim dela”, afirmou.
Além dos rumos da investigação, a reunião de hoje (21) da Afavitam discutiu a proposta da prefeitura de São Paulo para o memorial que será construído no local do acidente. O projeto apresentado propõe a criação de uma praça para lembrar as vítimas da tragédia.
Apesar de o projeto contemplar reivindicações dos parentes, como a manutenção de uma amoreira que resistiu à explosão, algumas mudanças foram pedidas. Entre elas, a inclusão do anjo que serviu de símbolo para a luta da Afavitam e a marcação do local exato do choque.
Essa definição é especialmente importante para Márcia de Araújo. Ela é mãe de Michelle Leite, comissária que não pode ser identificada entre os destroços do avião. “[O monumento será] um lugar que possa mostrar para as pessoas que, mesmo com toda aquela catástrofe, com toda desgraça e sofrimento, que ali se foram pessoas especiais de uma forma trágica.”

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