09/05/2011 - 16h45
Dilma vai honrar compromisso de Lula de pagar mais ao Paraguai pela energia de Itaipu
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff encerra no próxim dia 23, em Montevidéu (Uruguai), o ciclo de viagens aos países do Mercosul. No domingo (15), ela segue para Assunção, no Paraguai, onde pretende anunciar o o novo valor que o Brasil vai pagar pelo excedente da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. O Paraguai usa apenas 5% da energia a que tem direito. O excedente é comprado exclusivamente pelo Brasil. O valor a ser pago ao governo paraguaio passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.
Em Asssunção, Dilma também participará das comemorações do Bicentenário da Independência do Paraguai. Na solenidade estarão presentes vários presidentes da América do Sul e do Caribe e a expectativa é que Dilma se reúna com alguns deles, disse o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. As visitas aos países do Mercosul fecham o ciclo considerado prioritário por Dilma que, quando tomou posse, avisou que a América do Sul ocuparia lugar de destaque na política externa, assim como a questão dos direitos humanos e o combate à pobreza.
No caso do Paraguai, a presidenta resolveu intensificar a campanha para cumprir a promessa, feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de reajustar o valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela cessão de energia da hidrelétrica binacional. A previsão é que o projeto de decreto legislativo que aumenta o valor seja votado amanhã (10) à tarde pelo Senado. Porém, a proposta divide as opiniões dos senadores. Os governistas defendem que o Brasil necessita de energia excedente da hidrelétrica e que a população não será penalizada com o reajuste, pois os valores não serão repassados aos consumidores. Mas a oposição levanta dúvidas sobre os argumentos do governo.
09/05/2011 - 18h11
Caixas-pretas do AF 447 devem chegar até quinta-feira à França
Da BBC Brasil
Brasília - As duas caixas-pretas do voo AF 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, devem chegar à França até quinta-feira (12), segundo o Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), que apura as causas da catástrofe que matou 228 pessoas. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (9), o BEA informou também que um dos motores do Airbus e o sistema que reúne os equipamentos eletrônicos do avião, que contém os computadores de bordo, foram resgatados pelos investigadores.
O navio francês La Capricieuse, enviado para recuperar as caixas-pretas a bordo do Ile de Sein, deverá chegar a Caiena, na Guiana Francesa, até quarta-feira (11) pela manhã, diz o BEA. Em seguida, as caixas serão levadas a França por avião e deverão chegar apenas no dia seguinte em razão do longo trajeto e da diferença de fuso horário.
O navio La Capricieuse chegou no sábado (7) à área onde o Ile de Sein realiza a quinta fase de buscas, situada a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira, e já se dirige ao porto de Caiena levando a bordo as caixas-pretas seladas. As caixas foram seladas já que se tratam de provas em uma investigação judicial. O BEA deverá anunciar até o final desta semana se os cartões de memória das caixas-pretas não sofreram corrosão ou qualquer outro tipo de desgaste e se os dados contidos nos cartões poderão ser extraídos e analisados. As duas caixas-pretas – a Flight Data Recorder (gravador de dados do voo, na sigla em inglês), que contém os parâmetros técnicos como altitude, velocidade e trajetória do avião, e a Cockpit Data Recorder, que grava as conversas dos pilotos e qualquer outro som emitido na cabine, como alarmes – foram encontradas no início deste mês.
Estes elementos são fundamentais para descobrir as causas do acidente com o avião da Air France, que caiu no Atlântico em 2009 quando fazia a rota Rio-Paris.
09/05/2011 - 16h22
É preciso melhorar a gestão dos aeroportos, diz ministro da Aviação Civil
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, afirmou hoje (9) que é necessário melhorar a governança nos aeroportos brasileiros, que reúnem várias instituições públicas, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e Polícia Federal.
“Isso significa uma melhor gestão, mais participativa, de todos os entes que operam lá”, disse Bittencourt. “Os aeroportos terão um desempenho melhor desde que todos trabalhem de forma organizada, coordenada e com o mesmo objetivo. Podemos ter muitos ganhos de produtividade nos aeroportos com esse trabalho.”
Bittencourt participou da abertura do 9º Fórum Latino-Americano de Líderes. Ele falou sobre os objetivos principais da secretaria, criada recentemente pela presidenta Dilma Rousseff. Destacou a concessão à iniciativa privada do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte.
“Na questão dos passageiros, ele atende a uma região altamente turística e importante para o país. Poderá ser uma nova alternativa de entrada”, afirmou Bittencourt. “Do ponto de vista de cargas, é mais próximo do Hemisfério Norte, portanto gera uma externalidade que é uma competitividade em termos de localização.”
O ministro disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá divulgar em breve um estudo sobre a situação aeroportuária, incluindo as modalidades de concessão de três aeroportos: Guarulhos, Campinas e Brasília.
“A primeira parte, que ainda não é um estudo do ponto de vista da estruturação de uma concessão, é uma avaliação preliminar sobre os três aeroportos, em termos comerciais, para saber se são viáveis. Isso deverá acontecer dentro de 30 dias.”
Perguntado porque não havia incluído o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim, Bittencourt respondeu que atualmente estavam sendo priorizados Guarulhos, Campinas e Brasília. “São esses que estão sendo estudados agora, existe uma certa prioridade, não excludente. Agora, o que nós estamos tratando são esses três. Vários outros não entraram [no estudo].”
09/05/2011 - 17h42
Polícia prende acusado de usar avião da FAB para transportar cocaína
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – José Roberto Monteiro Zau, acusado de integrar uma quadrilha que nos anos 1990 usava aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar cocaína para a Espanha, foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, no bairro da Tijuca, logo depois de deixar a mãe em casa.
Ao ser abordado pelos policiais, ele apresentou um documento falso de identidade em nome de Luís Filipe de Lemos Henrique. O acusado, que há 12 anos vinha sendo procurado, era responsável pelo recebimento da droga na Europa, onde residia.
Zau tem contra ele um mandado de segurança expedido pela 6ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro. Mas o flagrante de prisão foi feito com base no crime de falsidade ideológica.
Segundo a Polícia Federal, com a prisão, o processo em que Zau é acusado por tráfico de entorpecente “voltará a tramitar na Justiça, onde ele pode ser condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, que prevê pena até 30 anos de prisão”.
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