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quinta-feira, 5 de maio de 2011

05 de maio de 2011 - JORNAL DO SENADO


COMISSÕES - CCT
Mercadante: pré-sal pode viabilizar salto tecnológico

Ministro da Ciência e Tecnologia acredita que recursos da exploração do petróleo nas novas reservas podem dar a competitividade necessária ao país no campo científico
Mercadante (E, com Eduardo Braga): Brasil não deve se acomodar à posição de exportador de commodities
O Brasil não deve se acomodar à condição de grande exportador de commodities, disse ontem o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), ele afirmou que o Brasil deveria aproveitar a "janela de oportunidade" da exploração do petróleo do pré-sal — que poderá movimentar US$ 5 trilhões — e promover um salto de desenvolvimento, com ênfase em pesquisa e inovação.
Aos senadores, Mercadante alertou que a sua pasta poderá perder R$ 12,2 bilhões, até 2020, caso seja confirmada a distribuição de royalties do pré-sal aprovada pela Câmara dos Deputados. Para ele, é evidente que os estados e municípios produtores devem ter tratamento diferente na partilha dos royalties, assim como será necessária uma divisão mais generosa dos recursos para todo o país. Alertou, porém, para o "erro histórico" que seria o uso desses recursos desvinculado de um projeto para as próximas décadas.
— Dependendo da decisão do Senado, ficaremos fora da agenda do futuro — advertiu Mercadante.
O maior desafio, para o ministro, é colocar ciência, tecnologia e inovação como "eixos estruturantes do desenvolvimento". Com a urbanização e o crescimento econômico da Ásia, observou, o Brasil estará "bem posicionado" como grande exportador de commodities. Mas o país, a seu ver, deve "avançar em direção à sociedade do conhecimento e transitar para uma economia de baixo carbono e sustentabilidade".
Mercadante defendeu a criação de um órgão voltado à indústria nos mesmos moldes da Embrapa. Ele observou que, nas áreas em que o Brasil investiu em inovação, tornou-se competitivo. O ministro citou os exemplos da própria Embrapa, do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA).
Mercadante defendeu ainda a atração de centros de pesquisa de empresas estrangeiras e reiterou a informação de que, em breve, estará funcionando no Brasil uma fábrica de smartphones e tablets.



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