POLICIA
População denuncia e sete foragidos são recapturados
NONATO SOUSA
Até ontem, pouco mais de vinte e quatro horas depois da fuga em massa de quinze presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, que aconteceu na madrugada de terça-feira, sete presos já haviam sido recapturados pela polícia. De acordo com a Divisão de Capturas (Dicap), da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), a maioria das prisões foi fruto de denúncias feitas pela população para os telefones 0800 95 1000, 197 e 190 das policias Civil e Militar. Já outras foram resultados de investigações realizadas por policiais da própria divisão, da Divisão de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Civil e também da própria PM.
Os presos recapturados foram Daylson Gomes da Silva, Fernando Silva Ferreira, Jackson Paiva Vasques, José Francisco Barbosa, Diego da Costa Ângelo, Paulo de Souza, que tem mais dois nomes, Paulo Jhoseph, condenado a 21 anos de prisão por crime de homicídio e atentado violento ao pudor, e Geraldo de Souza Farias, condenado a mais de 40 anos de prisão por crimes de roubo (assalto com emprego de violência ou grave ameaça).
Os fugitivos foram localizados em vários bairros da cidade e na área central. Alguns em via pública e outros nas casas de familiares e amigos. Eles já estão de volta ao presídio, onde cumprem sansão disciplinar pela evasão, considerada falta grave. Para um dos policiais da Dicap, a ajuda da população foi positiva para a recaptura rápida dos fugitivos. Ele informou que não só neste caso, mas a população tem sido uma parceira constante na recaptura de fugitivos do sistema penitenciário no Estado e aproveitou para reforçar essa união. “Quem ver um destes fugitivos ou souber o paradeiro de algum outro foragido do sistema, deve ligar para os telefones”, disse, ao acrescentar que quem faz a denúncia não deve se preocupar, pois não precisa se identificar.
Ainda de acordo com o agente público, o trabalho conjunto das polícias Militar e Civil foi outro ponto positivo para essa ação de recaptura dos fugitivos. Lembrou que agentes da Divisão de Inteligência da Polícia Civil e da própria Dicap, como também outros policiais, estão realizam investigação para descobrir o paradeiro dos fugitivos.
Oito presos continuam sendo procurados. São eles: Anderson Lima da Cruz, David Francisco da Silva, Jackson Simbrício, João Hélio da Silva Dias, Jonas Matheus, Manoel Paiva Cabral Silva, Richardson Oliveira da Silva e Alvino André da Silva, considerado um dos bandidos mais perigosos e que tem uma lista extensa de crimes desde roubos (assalto com emprego de violência ou grave ameaça) a latrocínio (quando mata para roubar).
A FUGA
A fuga dos presos se deu na madrugada chuvosa de terça-feira. Conforme informou o próprio diretor daquela casa prisional, Germano Nelson Albuquerque, tenente da reserva do Exército e não da Polícia Militar, como foi informado na matéria de ontem, todos eram da ala 13 e fugiram após serrarem uma grade de ferro da ala. Depois seguiram para os fundos do presídio e se aproveitaram da fragilidade da segurança externa, que é feita por policiais militares, e pularam o muro de aproximadamente sete metros, próximo de uma das 12 guaritas existentes no entorno da PA, e não 13, como acabou sendo publicado ontem, onde deveria ter um policial guarnecendo, mas não havia.
Ainda de acordo com o diretor, outros quatro presos, Alexander Abreu Lima, Balarama Barbosa Castro, Daniel Batista e Fernando Matos de Oliveira, também tentaram fugir do presídio, mas foram capturados ainda no entorno do complexo penitenciário.
ACIDENTE AÉREO
Investigações ainda não foram concluídas
Três pessoas morreram na queda do helicóptero
ANDREZZA TRAJANO
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda não divulgou o relatório que apontará as causas do acidente com o helicóptero Esquilo AS 55, de matrícula PT-HNA, que caiu na terra indígena Yanomami no mês passado. Também não há prazo de quando será publicado.
Três pessoas morreram na queda do helicóptero |
Na tragédia, três pessoas morreram. A empresa JVC Aerotaxi, proprietária da aeronave, chegou a anunciar que a causa do acidente foi falha humana. Uma briga entre o piloto e o mecânico, dentro da cabine, no momento do pouso, teria provocado o acidente.
De acordo com a Aeronáutica, a investigação consiste em apurar os fatores que contribuíram para o acidente aéreo. São analisadas e testadas peças recolhidas no local da tragédia e verificadas as condições da empresa e da aeronave, como a manutenção que era realizada no helicóptero e a qualificação do piloto.
Essa investigação ocorre de forma reservada até o dia em que é divulgada no site www.cenipa.aer.mil.br. Além de apontar as causa do acidente, o relatório fará recomendações de segurança para evitar novas tragédias.
Já a investigação criminal é feita pela Polícia Federal, que apura eventual crime dentro da aeronave. A PF não fornece informações sobre o caso porque a apuração ainda está em andamento.
TRAGÉDIA
Os sobreviventes, o piloto Alberto Farias da Cunha Júnior, 50, e o funcionário civil da Comissão de Aeroportos da Amazônia (Comara) Antônio José de Melo, 59, já foram ouvidos pelas autoridades que acompanham o caso.
Morreram no acidente aeronáutico o mecânico José Maria Galvão, 55, e o enfermeiro João Junio Vasconcelos Ramos, 37, ambos funcionários da JVC, além do médico do Exército Brasileiro Oswaldo Nogueira da Silva, 31.
Com base nas declarações do piloto, o representante da JVC Aerotaxi em Boa Vista, Mesquita Júnior, disse que houve um desentendimento entre Farias e o mecânico, no momento do pouso, na região do Baixo Mucajaí, dentro da reserva Yanomami. A partir daí, o mecânico teria interferido na decisão do piloto, provocando o acidente.
“A decisão do comandante da aeronave foi pousar na comunidade indígena e seguir viagem no outro dia, porque estava escurecendo. Mas o mecânico interferiu na decisão dele, houve desentendimento na cabine e acabou ocorrendo o acidente”, afirmou Mesquita Júnior.
Questionado sobre como o mecânico teria agido, ele foi enfático. “Ele interferiu na atitude do piloto, no momento da aproximação para o pouso, interferiu nos comandos, ocasionando o acidente”, resumiu.
EXÉRCITO
O Exército Brasileiro determinou a abertura de sindicância para auxiliar na investigação conduzida pela PF. A sindicância vai apurar o que ocorreu entre o momento do acidente de trabalho com o funcionário da Comara e a decolagem do helicóptero da pista de pouso do 4º Pelotão Especial de Fronteira, em Surucucu.
04/05/2011 14h00
CONCURSO PUBLICO
Aeronáutica abre 120 vagas de nível médio
A Aeronáutica abriu concurso para 120 vagas de nível médio para os cursos de formação de oficiais aviadores, intendentes e de infantaria da Aeronáutica do ano de 2012. O curso tem duração de quatro anos e é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como curso superior. Ele será realizado em regime de internato na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP).
Das vagas, 70 são para oficiais aviadores e 30 são para intendentes, para ambos os sexos. As 20 vagas restantes são para infantaria, apenas para candidatos do sexo masculino.
As inscrições podem ser feitas das 10h de 16 de maio até as 15h do dia 9 de junho, nos endereços www.epcar.aer.mil.br ou www.fab.mil.br . A taxa de inscrição é de R$ 70.
O processo de seleção é composto de exame de escolaridade, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de aptidão à pilotagem militar, teste de avaliação do condicionamento físico e análise e conferência dos critérios e documentações exigidas para matrícula no curso de formação.
O exame de escolaridade, a primeira etapa, será realizado dia 21 de agosto.
O candidato, no momento da matrícula, passa à situação de Cadete e será durante todo o curso de formação. O Cadete estará sujeito ao regime escolar da Academia da Força Aérea e fará jus à remuneração fixada na legislação específica, além de alimentação, alojamento, fardamento, assistência médico-hospitalar e dentária.
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