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quarta-feira, 4 de maio de 2011

03 de maio de 2011 - ZERO HORA


OBRAS NOS AEROPORTOS
Governo cobra da Infraero obras em aeroportos
Ministra exige pressa em obras e não ficar parado à espera de concessão

O governo está cobrando da Infraero obras nos aeroportos. A prioridade é a ampliação de Guarulhos (SP), o mais movimentado do país.
Em reunião no Palácio do Planalto, comandada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, representantes da Infraero foram cobrados para dar prosseguimento às melhorias na infraestrutura antes das concessões à iniciativa privada terem início.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, exigiu pressa nas obras em cinco aeroportos e não aceitou desculpas de que as empreiteiras não querem pegar as obras, por estarem aguardando as concessões. A ideia do governo é fazer o que for possível e, quando sair a concessão, entrega como está ou a Infraero conclui o que está fazendo. O governo não quer que nada fique parado à espera das concessões.
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve concluir o estudo de viabilidade sobre as concessões dos cinco novos terminais de aeroportos em até 60 dias. Com o estudo, o governo espera ter uma ideia de qual modelo é mais rápido e atende melhor ao interesse público e privado, para lançar os editais até o fim de 2011.
O estudo vai definir como será a parceria entre as empresas privadas e o governo na construção e operação desses terminais, nos aeroportos de Brasília, Guarulhos, Viracopos (Campinas), Galeão (Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte).
Ontem também foi realizada a primeira reunião entre o ministro da aviação Civil, Wagner Bittencourt, Infraero e Anac com as companhias aéreas. Conforme Vale, o governo não abre mão da participação das empresas:
– O setor privado tem muito mais facilidade, muito mais agilidade, muito mais dinâmica do que o setor público. Estamos abertos a todas as sugestões, todas as experiências que possam fortalecer a aviação civil brasileira.
O presidente da Azul, Pedro Janot, confirmou o convite do governo para a parceria nos aeroportos e que o setor está animado:
– Agora vemos uma possibilidade verdadeira de planejamento de curto, médio e longo prazo.
As empresas se comprometeram a fazer um grupo de trabalho para observar o que pode ser melhorado nos aeroportos.

PARA DECOLAR
Possíveis modelos para o ingresso da iniciativa privada em aeroportos:
- Concessão integral
- Concessão administrativa
- Parceria público privada


MISTÉRIO PERTO DO FIM
França tentará resgatar os corpos
Com a localização da segunda caixa-preta do voo 447, especialistas esperam desvendar as causas da queda no Atlântico

Os corpos dos ocupantes do voo 447 da Air France que caiu no oceano Atlântico em 31 de maio de 2009 quando fazia a rota Rio-Paris podem começar a ser retirados do fundo do mar menos de 48 horas após investigadores franceses terem localizado a segunda caixa-preta da aeronave. – A previsão era a de que os primeiros testes fossem realizados assim que se encontrasse as caixas-pretas– disse o coronel François Daust, diretor do Instituto de Investigações Criminais da Polícia Militar francesa, responsável pela operação.
Segundo ele, testes irão determinar se será possível elevar os corpos à superfície sem que sejam danificados. O risco é de que os corpos não resistam à manipulação durante a subida.
– Teremos de avaliar se o robô vai conseguir puxar os corpos sem que os ossos sejam desarticulados, ou teremos de fazer uma escolha: ou decidimos retirar as ossadas ou deixamos os corpos no fundo do mar – explicou Daust.
Os primeiros resultados dos testes para a retirada dos corpos devem estar disponíveis a partir de amanhã.
Já o Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA) e o Ministério dos Transportes da França afirmaram que a decisão sobre a tentativa de içamento das vítimas caberá à Justiça.
– Há um aspecto traumatizante – disse o vice-presidente da associação francesa das famílias de vítimas Ajuda Mútua e Solidariedade, Robert Soulas.
Com a recuperação das duas caixas-pretas do voo AF 447, o governo da França deverá convocar técnicos do Brasil, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, além de oficiais de Justiça, para assegurar a lisura na transcrição das gravações. A informação foi confirmada pelo Ministério dos Transportes, em Paris. A participação de técnicos estrangeiros atende à pressão crescente de famílias de vítimas, de técnicos e da imprensa, que colocam em questão a independência do BEA.
A desconfiança decorre do fato de que o laboratório é controlado pelo governo da França, também acionário das empresas envolvidas no acidente: a Air France, a Airbus e a Thales. Por exigência da Justiça, a análise deverá ser registrada por câmeras e testemunhas. Segundo o secretário dos Transportes, Thierry Mariani, a decupagem das caixas-pretas também será feita sob o controle de um oficial de polícia.

Outras peças ainda devem ser recolhidas
As suspeitas sobre a lisura do BEA, levantadas por famílias de vítimas brasileiras e alemãs, também são compartilhadas na França por técnicos independentes. Ontem, o consultor Gérard Arnoux disse que o BEA precisa demonstrar transparência. Representante de dezenas de famílias francesas, o advogado Jean-Pierre Bellecave ressaltou que as caixas-pretas e as informações dela colhidas ficarão sob o poder da Justiça, o que, segundo ele, exclui o risco de manipulação.
Os trabalhos em Paris, entretanto, não encerram a expedição no Atlântico. Por prudência, outras peças da aeronave, consideradas importantes para explicar as causas do acidente, já foram identificadas e serão recolhidas nos próximos dias. Entre as dezenas de objetos estão equipamentos eletrônicos e outros elementos do Airbus A-330. Peças que podem esclarecer em que circunstâncias o avião perdeu o controle antes de cair.


PAULO SANT’ANA

Copa sem fundilhos
E agora? O Brasil não vai ter estádios, não vai ter hotéis, não vai ter transportes, não vai ter aeroportos, mas terá de realizar a Copa do Mundo de 2014.
Se a Fifa não passar por cima das suas exigências, pagaremos o maior mico da nossa história.


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