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quarta-feira, 23 de março de 2011

23 de março de 2011 - BRASIL ECONôMICO


NEGOCIAÇÃO
Disputa pode ter mediação do Ministério da Ciência e Tecnologia

Mauricio Guedes, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, revela a expectativa de concluir a licitação entre as quatro empresas em abril. As candidatas encaminharam as propostas técnicas, no fim de fevereiro e a comissão de licitação deverá abrir os envelopes nos próximos dias. "A partir daí, os pré-qualificados deverão encaminhar as propostas financeiras, que esperamos abrir até o fim de abril", afirma Guedes. A cessão da área de 240 mil metros quadrados pelo Exército Brasileiro, negociada pela UFRJ, tem se revelado, no entanto, mais complicada do que o previsto. Embora os entendimentos tenham resultado na cessão de um pedaço do terreno, de 50 mil metros quadrados, para instalação do novo Centro de Pesquisas da americana General Electric (GE) no Brasil, a conclusão definitiva tem esbarrado nas pretensões do Comando Militar do Leste. O diretor do parque diz que, para ceder a área, o Exército quer compensações financeiras da prefeitura e do governo do estado -- as quais prefere não detalhar. Diante de tais dificuldades, a UFRJ decidiu recorrer ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Na semana passada, diz Guedes, a direção da universidade encaminhou uma carta ao ministro Aloizio Mercadante, com o pedido oficial de ajuda. R.R.M.


EMPRESAS
Americana DRS fecha acordo com Embraer

A DRS Defense Solutions fornecerá o sistema de movimentação de carga e lançamento aéreo para o cargueiro KC-390, que a brasileira Embraer Defesa e Segurança desenvolve a pedido da Força Aérea Brasileira. O valor do contrato, o primeiro envolvendo o cargueiro, não foi divulgado. O KC-390 tinha, no final do ano passado, intenções de compra de 54 unidades. Deste total, 28 são da Força Aérea Brasileira. O cargueiro ainda não teve preço de tabela definido.


Encontro de Contas

Lurdete Ertel

No chão
Mais vagas à vista no estacionamento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, de Curitiba (PR). A Infraero assinou ordem de serviço para ampliação do número de vagas para carros no terminal curitibano. Orçada em R$ 11 milhões, a obra deve triplicar as vagas, para 2,2 mil.


EDITORIAL
Rio de Janeiro recupera investimentos

 Murillo Constantino

MARIANA HANANIA, GERENTE de PESQUISA DA CUSHMAN & WAKEFIELD

Nada desagradou tanto a população do destaque1'>Rio de Janeiro como a decisão do presidente Juscelino Kubitschek de transferir a capital do país para Brasília, façanha tida como um sonho distante, quase irrealizável, embora prevista desde os tempos do Brasil Colônia. Iniciadas em fins de 1956, as obras seguiram e m "ritmo alucinante", como relatam depoimentos de pessoas que acompanharam os tra balhos , permitindo que a inauguração da nova capital acontecesse pouco mais de três anos depois, em 21 de abril de 1960. A rapidez da construção não se repetiu, contudo, no processo de transferência dos órgãos públicos federais da orla para o Planalto Central. Extremamente lenta no início, a mudanças ó ganharia ritmo no fina l do s anos 60, já em pleno regime militar. E há quem atribua a aceleração ao fato de o destaque1'>Rio ter se transformado em reduto de oposição aos militares , enquanto se mantinha também como principal polo cultural e artístico do país.
Estado atrai US$ 60 bilhões de 2007 a 2010, superado apenas por Minas Gerais, que recebeu US$ 82,3 bilhões

Coincidentemente, quando o Brasil vivia o que seria classificado como o "milagre econômico" do fim dos anos 60 e início dos 70, o estado começava a sentir o esvaziamento político-administrativo, cujos efeitos mais visíveis foram a favelização e o aumento da criminalidade. Nem mesmo a histórica descoberta de reservas de petróleo na Bacia de Campos, em 1974, reverteu esse quadro que persistiu após a restauração da democracia e a volta das eleições diretas em todos os níveis. Novas descobertas de petróleo, dessa vez na camada pré-sal, os jogos da Copa do Mundo , em 2014 , e a Olimpíada de 2016 criaram as condições para corrigir uma distorção de várias décadas e devolver ao estado e a sua festejada capital a importância econômica que sempre mereceram ter e que nunca deveriam ter perdido. Como relatam nas páginas a seguir os repórteres Daniel Haidar, Fabiana Monte e Ricardo Rego Monteiro, os primeiros resultados surgem na vultosa cifra de US$ 60 bilhões em investimentos, de 2007 a 2010, quesito que coloca o destaque1'>Rio como o segundo maior ca ptador de recursos no período, perdendo apenas para Minas Gerais, que recebeu U S $ 8 2,3 bilhões .
 FONTE: BRASIL ECONôMICO

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