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quinta-feira, 31 de março de 2011

31 de março de 2011 - AGÊNCIA BRASIL


30/03/2011 - 15h17

Piloto americano nega ter desligado aparelho que poderia evitar a colisão com avião da Gol, em 2006

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O piloto norte-americano Jan Paul Paladino confirmou que nunca havia pilotado um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer, antes do acidente que resultou na morte de 154 pessoas que estavam a bordo de um Boeing da companhia aérea brasileira Gol, em 2006. O piloto negou que só tivesse ligado o equipamento anticolisão momentos após o choque, sobre a Floresta Amazônica, com o avião de carreira brasileiro.
Paladino, no entanto, garantiu ter pilotado aviões similares operacionalmente ao Legacy. As afirmações foram feitas hoje (30) durante o depoimento pelo sistema de videoconferência do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça.
Ao juiz federal substituto da Vara Única de Sinop (MT), Murilo Mendes, o piloto reiterou que, em nenhum momento, os equipamentos do avião acusaram qualquer tipo de falha, em especial no transponder, aparelho que informa a posição da aeronave para o controle de trafego aéreo e outros aviões. A acusação alega que os pilotos teriam desligado o transponder momentos antes do acidente e religado após a colisão.
“Não houve, da minha parte, nenhuma ação voluntária para ligar ou religar o transponder”, disse o piloto ao afirmar não saber o motivo de o aparelho ter sido ligado segundos após a colisão.

30/03/2011 - 17h26

Bolsonaro diz que não teme ser cassado por causa de depoimentos racistas

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse hoje (30) que não teme ser cassado por causa de comentários racistas feitos em programa de televisão na última segunda-feira (28). “O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde. Eu estou aqui para expor as minhas ideias”, disse. Ele justificou que entendeu errado ou houve problemas de edição da produção do programa.
Bolsonaro também disse que não tem medo de ser destituído da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. “Quem manda na minha cadeira é o líder do meu partido. Ele é quem decide, eu não saio de lá. Estou lá para não ter uma comissão só voltada para a demagogia e para defender interesses de quem está à margem da lei, como presidiários. Eu nunca vi defenderem direitos de famílias de vítimas de assassinos”.
Ontem (29), uma representação assinada por 20 deputados foi protocolada na Mesa Diretora da Câmara pedindo que a Corregedoria da Casa investigue Bolsonaro pelos comentários racistas. Os parlamentares pedem também que ele seja destituído pelo seu partido da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Sempre polêmico em suas declarações, o parlamentar afirmou que vai lutar contra a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), que foi criada recentemente na Câmara. “O que ela tem para nos oferecer? Casamento entre gays? Adoção por homossexuais? Alguém quer isso? Onde está a família em nosso país? Sem família não somos nada, somos um bando”.
Hoje (30) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção do Rio de Janeiro, encaminhou representação à Corregedoria da Câmara dos Deputados para que seja aberto processo contra Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar.


30/03/2011 - 21h04

Major Curió, repressor a Guerrilha do Araguaia, foi preso em Brasília

Daniella Jinkings*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O oficial de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, um dos militares responsáveis pela repressão à Guerrilha do Araguaia na década de 1970, foi preso em Brasília durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura. A ordem foi dada pela 1ª Vara da Justiça Federal, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MP-DF).
Os mandados são mais uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia. As buscas foram feitas pela Polícia Federal e por oficiais de Justiça nas duas residencias do major Curió.
Segundo o MP-DF, foram apreendidos documentos, um computador e uma arma de fogo sem documentação. Todo o material apreendido será encaminhado para análise.
Após a prisão feita ontem (29), o major prestou novo depoimento à Justiça e ao MPF. Em seguida, o oficial foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Por ser militar, Curió foi encaminhado à Polícia do Exército. Recentemente, ele admitiu que pelo menos 41 militantes foram executados após serem capturados pelo Exército.

30/03/2011 - 19h10

Para Aben, programa nuclear brasileiro é estratégico e não pode ser interrompido

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, disse hoje (30) que o país não deve promover mudanças no programa nuclear brasileiro em função da catástrofe que afetou o complexo de Fukushima, no Japão, no último dia 11.
“Hoje, não teria sentido discutir isso porque o emocional está muito acima do racional. Qualquer decisão que se tome hoje será influenciada pelo emocional, não pelo racional. Seria mais prudente que a análise fosse feita no futuro, após o domínio desse acidente e de suas consequências”, disse à Agência Brasil. Ele participou de audiência pública sobre a segurança das usinas em Angra dos Reis, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O presidente da Aben ressaltou a importância da energia nuclear para o desenvolvimento do Brasil. Disse que isso foi demonstrado no documento Planejamento Energético 2030 e na revisão até 2035. Afirmou que a opção de energia hidráulica é limitada e, "a partir de 2025, estará esgotada”. A partir daí, disse o que o país precisará de uma alternativa que gere energia em grande escala. “E as usinas nucleares estão disponíveis para contribuir no desenvolvimento do país. É uma alternativa estratégica e deve ser tratada como tal”.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

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