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quarta-feira, 30 de março de 2011

30 de março de 2011 - JORNAL ZERO HORA


ACIDENTE AÉREO
Controladores de voo falam à Justiça

Em depoimento à Justiça Federal ontem, os controladores de voo Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tibúrcio de Alencar negaram responsabilidade no acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas, em agosto de 2006, em Mato Grosso.
Eles estavam de serviço em Brasília e, devido a uma série de erros de procedimento, segundo as investigações, não conseguiram tirar o Legacy da rota de colisão.


INFORME ECONÔMICO
MARIA ISABEL HAMMES

Voo lotado para além-mar
A TAP já tem um voo lotado na nova linha Porto Alegre-Lisboa direto. Os 263 assentos do A330 que decolará em 2 de julho estão todos reservados.
Em menos de quatro dias de vendas de passagens para o voo, a TAP já registra mais de 3,1 mil reservas com decolagens até o fim do ano. A estreia será em 12 de junho, no Salgado Filho, diretamente para Lisboa.
A procura supera bem a projeção para os primeiros dias de operações feita pela companhia, revela o vice-presidente Luiz Mór.


PÁGINA 10
Rosane de Oliveira

Um vice inesquecível
É impossível ser original diante da morte. Por mais que o Brasil inteiro soubesse que o ex-vice-presidente José Alencar estava com os dias contados, a notícia de sua morte abalou quem conviveu com ele de 2002 para cá, quando foi escolhido vice de Lula, e testemunhou sua determinação na luta contra o câncer.
As sucessivas internações nos últimos meses indicavam que o fim estava próximo. Temia-se que não chegasse ao fim do mandato, mas chegou e ainda saiu do hospital para receber uma derradeira homenagem em São Paulo. Por mais debilitado que estivesse, Alencar recebia as visitas com um sorriso, expressava o amor à vida e dizia que queria viver somente enquanto fosse possível manter a dignidade.
Nas manifestações de pesar emitidas ao longo do dia, o que mais se destacou foi a lealdade, a retidão e o amor à vida, inspiração para milhares de pacientes que lutam contra o câncer.
No breve pronunciamento que fez à tarde, no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro definiu Alencar como um companheiro de governo que acabou se tornando amigo. E ressaltou um ponto que se sobressai na biografia do empresário mineiro: o equilíbrio e a sensatez nos momentos difíceis.
Alencar teve um papel importantíssimo na vitória de Lula em 2002: empenhou sua credibilidade como empresário bem-sucedido para acalmar aquela parte da elite que temia o caos em caso de vitória do sindicalista. Sua presença tornou a chapa encabeçada por Lula mais palatável para quem tinha medo do PT. Na segunda eleição, mesmo com a saúde debilitada, concordou em ser novamente candidato.
No governo, ele exerceu essa lealdade sem ser subserviente. Discordava dos juros altos e não perdia oportunidade para expressar esse descontentamento, sem se importar se isso criaria constrangimento para o governo. Quando Lula precisou de um homem de pulso para acalmar as Forças Armadas, aceitou ser ministro da Defesa. Foi conselheiro, foi amigo, foi uma voz serena nos momentos difíceis do governo.
FONTE: JORNAL ZERO HORA

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