AEROPORTOS
Para Jobim, risco de caos nos aeroportos durante Copa e Olimpíada é “apenas alarde”
Apesar de estarem operando no limite, os aeroportos brasileiros estarão preparados para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, garantiu ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Para ele, os alertas de que o Brasil poderia sofrer problemas durante a Copa de 2014 em decorrência da situação dos aeroportos é “apenas alarde”. “Todo ano falam de caos, e nunca houve caos”, disse o ministro.
AVIAÇÃO
TAM reajusta tarifa para compensar alta de combustível
Companhia teve lucro líquido de R$ 637 milhões em 2010, 49% menor em relação ao ano anterior; volume de passageiros cresceu 34%
Ana Paula Machado
Para minimizar o impacto da alta nos custos dos combustíveis, a Tam Linhas Aéreas aumentou as tarifas sobre os preços praticados em janeiro. O presidente da empresa, Líbano Barroso, disse que a tendência é que a receita unitária da companhia (Rask) fique até 5% superior ao que ocorreu em janeiro, em função de um mix de passageiros mais voltado a negócios e também pela disciplina da companhia de recuperar custos de combustível.
“Vamos, com essa estratégia, melhorar a receita por passageiro, mesmo que reduzíssemos as taxas de ocupação das aeronaves em fevereiro. Na verdade, vamos tentar passar para as tarifas o efeito do combustível por meio do adicional do combustível em rotas internacionais e no Brasil por gestão de yields (tarifas)”, disse Barroso.
A alta do petróleo já rendeu muitas dores de cabeça para os executivos da Tam. Em 2008, com uma gestão errada de hedge para o combustível, a companhia apresentou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão.Na época, a empresa tinha feito uma proteção para mais de 50% do consumo de cerca de US$ 110 o barril. Os preços do WTI que estavam em alta, chegaram a US$ 150 o barril em julho daquele ano, caíram e a companhia teve um dos piores resultados da sua história.
Agora, com os temores do aumentos mais expressivos no preço do barril de petróleo provocado pelos conflitos na Líbia, a Tam tenta se proteger com controle tarifário e não com hedge. A empresa apresentou uma redução de 48,9% em seu lucro líquido obtido no ano passado. A Tam lucrou R$ 637,4 milhões em 2010. Em 2009, o lucro líquido teve impacto positivo dos ganhos contábeis, sem efeito caixa, decorrentes da marcação a mercado das operações de hedge de combustível e da valorização do real frente ao dólar, explicou a empresa.
Já o resultado operacional da companhia apresentou ganhos de 365,5% no comparativo ano contra ano, alcançando R$ 977 milhões em2010. A receita operacional bruta foi de R$ 11,8 bilhões e cresceu 16,4% na mesma comparação.
No quarto trimestre a empresa obteve um lucro de R$ 150,6 milhões, aumento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os ganhos operacionais foram de R$ 218,2 milhões e a receita operacional brutade R$ 3,3bilhões.
Mercado ainda em alta Barroso afirmou que a companhia mantém as projeções de crescimento do mercado para este ano. Segundo ele, as empresas aéreas que operam no Brasil transportarão entre 15% a 18% mais em 2011. No ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o transporte de passageiros cresceu 23,5% em relação ao desempenho do mercado em2009.
No ano passado, a Tam transportou 34,5 milhões de passageiros pagantes, com crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. Desse volume total, 29,3 milhões de passageiros voaram nos voos domésticos e 5,2 milhões nas operações internacionais (aumento de 14,4%).
Com esse movimento, a Tam continuou líder de mercado, e em janeiro deste ano aumentou a diferença para a segunda colocada no ranking, a Gol Linhas Aéreas. No primeiro mês deste ano a Tam obteve 43,35% de participação do mercado doméstico enquanto a rival ficou com37,27%.
Investimento de US$ 3,2 bi em novas aeronaves
Companhia encomendou 34 aviões para a Airbus e outros dois para a Boeing
A TAM Linhas Aéreas vai investir cerca de US$ 3,2 bilhões em novas aeronaves. A companhia fez uma encomenda de 32 jatos da família Airbus A320 e de dois Boeing 777-300ER.
Das 32 aeronaves encomendadas à Airbus, 22 são do novo modelo A320 neo e dez da família A320. As entregas nesse novo pedido começarão entre 2016 e 2018. Já os jatos Boeing 777, usados em rotas internacionais, têm entregas previstas para 2014.
“Já começamos a nos preparar para os anos seguintes a 2015 porque a procura por voos, tanto domésticos quanto internacionais, deverá continuar crescendo significativamente”, informou a Tam em comunicado.
Além disso, a companhia se baseia em análises que indicam que a demanda continuará forte nos próximos 20 anos. Esses jatos porém não são para a renovação de frota da Pantanal, companhia comprada pela Tam no ano passado. Segundo o presidente da Tam Linhas Aéreas, Líbano Barroso, a empresa está avaliando os fornecedores para a troca dos cinco turbo hélices da ATR que hoje operam na Pantanal.
Maior eficiência
O novo jato da Airbus, o A320neo, que estará disponível a partir de 2016, vai ser equipado com motores mais eficientes e maiores dispositivos de ponta de asa chamados de Sharklets, que, combinados, proporcionam uma economia de combustível significativa de até 15%, o que representa até 3,6 mil toneladas de CO2 por aeronave anualmente. Além disso, segundo a fabricante, o A320neo oferece uma redução de dois dígitos nas emissões de poluentes e significativamente menos barulho de motor.
A frota Airbus em operação na América Latina dobrou nos últimos cinco anos. Com mais de 550 aeronaves vendidas e um recorde de pedidos em carteira de mais de 250 aeronaves a serem entregues aos seus clientes latino-americanos, hoje em dia, cerca de 370 aeronaves Airbus estão sendo operadas por 21 companhias aéreas latino-americanas. Esse número representa mais de 60% da frota entregue na região.
FONTE: BRASIL ECONÔMICO
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