PRIMEIRA PÁGINA
Cai o número de crianças nas esquinas da Capital
Segundo pesquisa, há 90 meninos e meninas vivendo
nas ruas, quando este número em 2004 era de 680 menores de 18 anos.
Porto Alegre será sede de projeto piloto anticrack
Recife e Rio também terão ação prioritária do
Ministério da Justiça.
Troca-troca ministerial: Quem é o gaúcho na Ciência e
Tecnologia
Marco Antonio Raupp substitui Mercadante, que vai
para o lugar de Haddad na Educação.
EDITORIAL
Pequeno avanço
Embora o déficit da Previdência Social ainda se
mantenha elevado, os números recém contabilizados mostram que o país começou a
fazer a lição de casa para evitar um colapso no sistema. De acordo com dados
divulgados ontem pelo Ministério da Previdência, a arrecadação acumulada no ano
passado foi de R$ 251,2 bilhões e a despesa, de R$ 287,7 bilhões, com déficit
de R$ 36,5 bilhões, o melhor resultado desde 2003. Em relação ao mesmo período
de 2010, houve queda de 22,3% no déficit. Em dezembro de 2011, a Previdência
teve superávit de R$ 4,9 bilhões, 32,6% maior que o alcançado no mesmo mês de
2010. É uma boa notícia para os brasileiros, mas só terá as consequências
positivas desejadas se for acompanhada de medidas duradouras destinadas à busca
do equilíbrio.
O próprio ministro Garibaldi Alves reconhece que a
redução do déficit em 2011 se deve ao crescimento econômico e à geração de
novos empregos formais, que resultaram no aumento da arrecadação. Não está
claro, porém, o que está sendo feito na outra ponta, a das despesas. Sabe-se
que a população brasileira está envelhecendo e que a relação entre
contribuintes e aposentados vem se alterando em proporções geométricas. Na
década de 50, o país tinha oito trabalhadores ativos para cada assistido. Na
década de 70 já passou a quatro por um. E atualmente é menos de dois por um.
Além disso, a Constituição de 1988 contemplou um pacote de bondades para os
trabalhadores, sem prever fontes de custeio. Houve a incorporação do
seguro-desemprego, do aumento do piso dos benefícios, do direito de ingresso no
sistema a qualquer cidadão e da eliminação das diferenças entre trabalhadores
rurais e urbanos. Tudo muito justo, mas são necessários recursos para garantir
tanta generosidade. O Estado não fabrica dinheiro.
Então, foi preciso uma reforma corretiva que
introduziu o fator previdenciário – um verdadeiro castigo para os trabalhadores
que se aposentaram de 1994 para cá e que veem sua renda diminuir a cada ano.
Como a arrecadação não vai aumentar indefinidamente, até mesmo porque a
previsão de crescimento da economia brasileira é modesta, a saída para o
déficit previdenciário envolverá fatalmente novos sacrifícios. Será inevitável,
por exemplo, aumentar a idade-limite de aposentadoria para que o Estado não
tenha que custear inativos por muitos anos. Também há projetos para aumentar a
contribuição dos trabalhadores ativos e até mesmo para taxar os já aposentados.
Tais remédios se tornam ainda mais amargos quando o
cidadão percebe que a previdência do setor público apresenta um déficit maior
ainda, para proporcionar benefícios incomensuravelmente maiores. Por isso, sem
desconsiderar o pequeno avanço registrado no ano passado, o governo vai
precisar de muita determinação política para enfrentar resistências e promover
as correções necessárias no sistema previdenciário.
Contratos na penumbra
Enquanto as instituições ligadas à fiscalização de
gastos públicos exigem mais transparência do governo, o Executivo caminha na
direção contrária em relação à contratação de serviços. No ano passado,
cresceram em 8% as compras e os contratos de serviços sem licitação. Por mais
que se diga que os processos de licitações estão viciados no Brasil, esta ainda
é a melhor forma de preservar controles e estimular a competição entre os
prestadores de serviços. Foram gastos em contratos diretos, sem concorrência,
R$ 13,7 bilhões na administração federal e em autarquias e fundações. Este
valor é quase o dobro do gasto dessa forma em 2007.
Cabe aos órgãos e instituições de controle e
fiscalização, como a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da
União, verificar o que seria capaz de justificar aumento tão significativo nos
gastos sem licitação. A dispensa de concorrência deveria ser sempre uma
exceção, prevista em casos em que as contratações são feitas sob emergência ou
quando um único fornecedor dispõe do produto ou do serviço. A tendência tem
sido de aumento dos contratos diretos, o que amplia o descontrole, facilita a
promiscuidade de servidores com contratados e dificulta o acompanhamento das
contas, interna e externamente. Mesmo que o procedimento não seja ilegal,
afronta claramente a pregação oficial de que haveria maior controle de gastos e
de que tais despesas seriam cada vez mais transparentes. O governo ainda não
apresentou argumentos para o fato de vulgarizar o que seria excepcional. Tanto
que as compras com contratação direta representaram 47,84% dos gastos em 2011.
Há também no balanço de despesas feitas na penumbra
um indício evidente de que o governo tem dificuldades para aperfeiçoar a gestão
pública numa área sempre problemática, que é a da relação com prestadores
privados de serviços. Deixar que as compras sejam feitas a critério dos
servidores, que muitas vezes mantêm relações suspeitas com as empresas, é um
risco que o Executivo deveria reduzir, já que seria impossível eliminá-lo, para
que a prática não continue contrariando os discursos.
ARTIGO
Proteção ao empregador
por João Paulo
Breitman
Li dois artigos esta semana sobre o mesmo tema: a
nova lei a ser sancionada sobre o trabalho em casa. O primeiro, li em uma
renomada revista semanal nacional e trazia um vértice de crítica à nova lei. O
segundo li aqui mesmo nesta seção da ZH, e trazia como positiva essa nova lei.
Tenho que colocar que, como empresário, não posso nada além de concordar com as
críticas. A lei dita que responder a um e-mail ou atender a um telefonema em
casa caracteriza jornada de trabalho e, em consequência, o trabalhador deveria
receber hora extra.
Os entraves trabalhistas no Brasil já são
demasiados e custosos do jeito que está. Não vou cair aqui na repetição de
dizer que temos uma CLT desatualizada e que os custos com admissão são, disparado,
os maiores do mundo e que a burocracia e insegurança jurídica mais atrapalham
do que ajudam. Quero colocar aqui o que é sentido por mim na minha empresa e,
tenho certeza, em muitas outras empresas. Na prática, o que realmente acontece
é uma relação quase perversa entre o trabalhador e a empresa. O trabalhador se
vale das leis para forçar a demissão quando entende que não quer trabalhar mais
no local. Demissão por justa causa? Quase impossível. Assim como em outras
esferas da Justiça brasileira, é difícil punir o trabalhador via Justiça do
Trabalho.
E ainda querem mais leis, mais entraves, mais
burocracia. Acho que leis devem existir, mas está na hora de o poder público e
a sociedade começarem a proteger também o empregador. No Brasil e na América Latina,
paira uma sombra de esquerda política ultrapassada que impede o povo de pensar
para a frente, de enxergar que o futuro está na iniciativa privada e que
qualquer cidadão pode prosperar. Que podemos, sim, enriquecer "sin perder
la ternura jamás". Leis trabalhistas deveriam ser revistas e repensadas
com seriedade e não com o viés populista e assistencialista. Está na hora de
andar para frente, desburocratizar o Estado e deixar o povo livre para ganhar o
seu sustento. Este é o momento de baixar a cabeça e trabalhar. E, se der tempo
(e dinheiro), quem sabe um churrasco no final de semana. Só cuidado para, na
hora de responder a um e-mail, não deixar a carne queimar.
POLÍTICA
Físico gaúcho assume ministério
Com carreira acadêmica, Raupp assume a pasta de Ciência e
se torna o quinto ministro do RS ou com vínculos com o Estado
Na primeira etapa de sua reforma ministerial, a
presidente Dilma Rousseff fez trocas em duas pastas. Aloizio Mercadante foi
confirmado na Educação e o físico e matemático gaúcho Marco Antonio Raupp na
Ciência, Tecnologia e Inovação. Formado pela UFRGS, Raupp é presidente da
Agência Espacial Brasileira, foi indicado pelo próprio Mercadante e comandará
um ministério com orçamento de R$ 8,5 bilhões em 2012.
O estopim da mudança foi a candidatura do petista
Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Atual ministro da Educação, ele
deixará a cadeira para o colega petista para se dedicar integralmente à
primeira campanha eleitoral de sua vida. Já Mercadante, que comandava a Ciência
até agora, conseguiu emplacar Raupp como seu substituto.
De perfil técnico, como queria a presidente, o
pesquisador foi convidado por Dilma na sexta-feira passada e se tornará o
quinto ministro gaúcho ou com vínculos com o Estado. Os outros são: Alexandre
Tombini (Banco Central), Maria do Rosário (Direitos Humanos), Mendes Ribeiro
(Agricultura) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
– Estou mais do que satisfeito, estou empolgado com
os grandes desafios. Mas ainda não sou ministro, só a partir da semana que vem
– disse o gaúcho ontem.
Reforma deve ter mudanças pontuais
A posse de Raupp e a transmissão de cargo para
Mercadante estão marcadas para terça-feira. Para segunda-feira, o Planalto
prepara um grande evento de bolsas do ProUni para marcar a saída de Haddad. Em
nota, Dilma agradeceu o empenho de Haddad nas "ações que estão transformando
a educação brasileira" e desejou "sucesso em seus projetos
futuros". Ela também ressaltou o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais
funções, "com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas
missões".
Em sua primeira reforma, Dilma fará somente
mudanças pontuais. Serão preservados nos atuais redutos os partidos que
integram a base aliada. As negociações com legendas aliadas para a formação da
equipe foram deflagradas. O PP, no controle do Ministério das Cidades, foi
chamado ontem para uma conversa inicial.
Brasília
Cientista respeitado e bonachão
Um físico e matemático gaúcho de Cachoeira do Sul
do tipo bonachão e corpulento, contador de histórias e de piadas, foi anunciado
ontem como o novo ministro da Ciência.
Desgarrado do Estado desde os anos 60, quando iniciou
o doutorado em Matemática na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Marco
Antonio Raupp teve a sua indicação aclamada pela comunidade científica
brasileira.
Profissionais que já atuaram com Raupp não se
cansam de destacar o caráter afável, a respeitada trajetória e a capacidade de
articular politicamente os diferentes grupos em torno de projetos, habilidade
rara entre os ministros de perfil eminentemente técnico. Afora o currículo, a
indicação de Raupp, que preside a Agência Espacial Brasileira, também foi
ensejada por ele integrar um grupo de cientistas simpáticos ao PT. O futuro
ministro ganhou a confiança da presidente Dilma Rousseff por ter a mesma visão
do Planalto para o setor.
– Ele vai dar continuidade ao trabalho de
Mercadante, reforçando o papel das empresas em articulação com a pesquisa
científica e as universidades – destacou a ex-reitora da UFRGS Wrana Panizzi,
que até o final de 2011 convivia com Raupp na condição de vice-presidente do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O trabalho de desenvolvimento dos polos
tecnológicos, envolvendo empresários, especialistas e instituições de ensino, é
um dos principais destaques na trajetória de Raupp. Não há um especialista da
área que deixe de citar a sua liderança como fundador e presidente do Parque
Tecnológico de São José dos Campos (SP), referência nacional no campo da
inovação, conceito que preconiza a transformação do conhecimento em riqueza e
bem-estar.
– Ele liderou uma experiência considerada campeã no
tema da inovação. O Raupp sempre foi exemplar em termos de visão estratégica e
na capacidade de se relacionar – disse Guilherme Ary Plonski, que presidiu, até
dezembro de 2011, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores (Anprotec), onde Raupp atuou como conselheiro.
Embora Raupp tenha nascido em Cachoeira do Sul,
passou a maior parte da infância em Rio Pardo, município vizinho. Adorava
correr com os primos pela Fazenda Santa Bárbara, na localidade de Passo do
Adão, que era de seu avô, Teófilo Raupp. Concluiu o Ensino Médio em Santa Cruz
do Sul e, em seguida, mudou-se para Porto Alegre, onde estudou na UFRGS. Desde
então, retorna às origens sempre que pode. Quem o conhece, garante que não abre
mão de bombacha, churrasco e chimarrão.
– A última vez que nos vimos foi no ano passado, no
aniversário de um dos irmãos dele. Estamos muito felizes com a novidade. Ele
merece – diz o primo Roberto Raupp, 48 anos, morador de Rio Pardo.
CARLOS
ROLLSING E JULIANA BUBLITZ
Vieira e Paim são cotados
Outros dois gaúchos estão contados para a
Esplanada: o senador Paulo Paim (PT) e o deputado Vieira da Cunha (PDT). O
petista pode assumir o Ministério da Igualdade Racial e o pedetista, a pasta do
Trabalho.
A indicação de Paim foi feita na semana passada,
quando Lula e Dilma conversaram em São Paulo. A opção é vista com ressalvas, já
que o senador foi motivo de dor de cabeça para o Planalto ao defender reajustes
maiores para o salário mínimo e para o benefício dos aposentados.
Para Lula, essa é justamente uma das razões para
levá-lo à Esplanada: eliminar do Senado um foco de pressão por aumento dos
gastos.
No caso de Vieira, o gaúcho disputa com dois nomes
do Rio (veja abaixo). Mas Carlos Lupi, presidente do PDT, veta um deles,
Brizola Neto.
ECONOMIA
Famílias gastam mais que governo com saúde
Embora os gastos do governo com bens e serviços de
saúde tenham aumentado entre 2007 e 2009, as famílias continuam contabilizando
despesas mais elevadas nesse setor.
Entre esses dois anos, as famílias brasileiras
responderam, em média, por mais da metade (56,3%) desses gastos, o que
representou cerca de 4,8% do PIB em todo o período. Os gastos da administração
pública aumentaram a participação no PIB de 3,5% para 3,8% entre os dois anos.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada ontem
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com o estudo,
as famílias gastaram, em 2009, R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde,
enquanto a administração pública desembolsou R$ 123,6 bilhões. As principais
despesas de consumo das famílias foram com consultas médicas e odontológicas,
exames e medicamentos para uso humano (35,8%). Nos governos, 66,4% do total foi
para a saúde pública.
Encurta a margem para cortes
A decisão de ontem do BC em fixar a taxa básica em 10,5%
foi só o primeiro corte deste ano. Mas o ritmo de queda deve desacelerar
drasticamente. A previsão é o Copom promover mais quatro reduções de 0,25 ponto
percentual.
Uma estratégia mais cautelosa do governo faz
sentido, pelo menos, por dois aspectos. O primeiro é a inflação, que ainda deve
ser pressionada, o que requer controle do BC. O segundo é que, quando a taxa
Selic cair a um dígito, o rendimento dos produtos de renda fixa, como títulos
públicos e CDB, vai novamente encostar na remuneração da caderneta de poupança,
que tenderá a atrair também recursos de médios e grandes aplicadores.
Usados para refinanciar a dívida, os papéis do
Tesouro perderiam competividade no mercado, incentivando o governo a mudar a
lei que estimula a poupança. Mas essas alterações podem ter repercussões
políticas negativas em ano de eleições. Ou seja, o espaço para novos cortes
fica cada vez mais curto.
MARÇAL ALVES
LEITE | Editor de Finanças
GERAL
Inscrições no ProUni se encerram hoje
Estudantes com nota mínima de 400 pontos no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 têm até as 23h59min de hoje para se
inscrever no Programa Universidade para Todos (ProUni). Para concorrer às
bolsas, é necessário ter cursado o Ensino Médio em escola pública. Aqueles que
passaram tanto por instituições públicas quanto privadas devem comprovar que
receberam bolsa integral para cursar o ensino particular.
Serão oferecidas 195 mil bolsas, sendo 98 mil
integrais e 96 mil parciais, que custeiam 50% da mensalidade. As bolsas
integrais contemplarão os candidatos que tenham renda inferior a um salário
mínimo e meio (R$ 933). Para quem tem renda de até três salários mínimos (R$
1.866), podem ser concedidas bolsas de 25% a 50%.
As inscrições devem ser feitas no site
http://siteprouni.mec.gov.br
Ação federal contra o crack terá início em Porto Alegre
Governo federal elege RS como prioridade na implantação de
projetos para combater a epidemia
O Rio Grande do Sul está entre as prioridades do
segundo plano lançado pelo governo federal para combater a epidemia de crack.
Conforme ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Porto Alegre foi escolhida,
com Recife e Rio de Janeiro, para a implantação dos projetos pilotos da
política nacional contra o consumo e tráfico de drogas.
Caberá agora ao governo do Estado apresentar um
conjunto de ações de enfrentamento à droga. Ontem, um almoço de cerca de duas
horas no Palácio Piratini serviu como ponto de partida para o desenho dos
projetos que deverão ser colocados em prática em parceria com o governo
federal. Reunidos com o governador Tarso Genro, os secretários Fabiano Pereira
(Justiça e Direitos Humanos), Ciro Simoni (Saúde) e Airton Michels (Segurança
Pública) apresentaram sugestões e se comprometeram a entregar, em fevereiro, o
Plano Estadual de Combate ao Crack.
O grupo de secretários terá a missão de concluir os
trabalhos até o próximo mês, quando técnicos do Ministério da Justiça
desembarcarão na Capital. O projeto será alinhado ao plano nacional lançado em
dezembro pela presidente Dilma Rousseff, com previsão de investimentos de R$ 4
bilhões no país até 2014.
O Piratini pretende aproveitar os recursos federais
disponíveis para desenvolver ações como o treinamento de agentes sociais, o
aumento da oferta de leitos para tratamento de dependentes e o combate ao
tráfico em pontos estratégicos.
Câmeras de vigilâncias vão monitorar as
cracklândias
O ministro da Justiça conversou com Tarso na tarde
de ontem. Por telefone, reiterou a posição da União de tratar o Estado com
atenção especial.
– Temos reuniões técnicas previstas para os
próximos dias para aplicar o plano no Rio Grande do Sul – anunciou Cardozo.
Nesta semana, Fabiano Pereira já havia participado
de reuniões sobre o assunto em Brasília. A parceria com a União prevê a doação
de equipamentos e reforço de pessoal. A Secretaria Nacional de Justiça enviará
câmeras de vídeo para auxiliar na fiscalização das cracklândias gaúchas.
Ficarão sob a responsabilidade da Polícia Federal as ações de inteligência, em
parceria com os órgãos de segurança do Estado.
Pelo menos três pontos de consumo de crack já foram
mapeados em Porto Alegre: a Redenção, o Túnel da Conceição e o entorno do
cruzamento das avenidas Ipiranga e João Pessoa.
Os técnicos envolvidos acreditam que a ofensiva
será mais tranquila nas cidades gaúchas porque não há concentração de tráfico e
consumo da droga em um único ponto, ao contrário do que ocorre em São Paulo.
– Isso contribui para uma ação mais efetiva dos
órgãos públicos, inclusive com a participação dos municípios – avalia Fabiano
Pereira.
R$ 42 milhões é o valor previsto para o Estado no
orçamento de 2012 para ações de combate às drogas, em especial ao crack
KELLY
MATOS | Brasília
ESPORTE
Dilma no dia 26
A direção do Inter tenta marcar para o dia 26 deste
mês a assinatura do contrato com a construtora Andrade Gutierrez para a reforma
do Beira-Rio. Tudo porque nesse dia a presidente Dilma Rousseff participará do
Fórum Social Temático, no Gigantinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário