PRIMEIRA PÁGINA
Concursos oferecem mais de 20 mil vagas
Após quase um ano de limitação para seleções em
órgãos públicos, oportunidades podem superar 70 mil, se consideradas as ofertas
em outros Estados.
Paraguai confirma aftosa
Propriedade do departamento de San Pedro onde
animais apresentaram sintomas foi interditada
Crescem as multas por falta de uso do cinto
Blitze do Ano-Novo autuaram 353 motoristas pela não
utilização do equipamento.
EDITORIAL
O ano dos municípios
A maioria da população brasileira vive em cidades
às voltas com problemas comuns: insegurança, trânsito desregrado, atendimento
deficiente dos serviços públicos, especialmente na área da saúde, e
infraestrutura precária. Pois este ano de 2012 abre com a perspectiva de que as
populações dos municípios possam debater suas necessidades com as autoridades
públicas, especialmente com os candidatos a governos e parlamentos municipais
que concorrerão nas eleições de outubro. Com as novas ferramentas de
comunicação individual e o acesso cada vez mais amplo à imprensa, os cidadãos
podem fazer valer seus direitos e fiscalizar de forma mais eficiente os seus
representantes.
É nos municípios que os cidadãos vivem, estudam e
trabalham e que, graças à proximidade física com os centros de tomadas de
decisão, podem atuar com mais facilidade para pressionar por mudanças, exigindo
um uso mais racional dos recursos públicos. Por isso, no momento em que se
preparam para decidir quem indicarão para atuar como prefeitos e vereadores de
suas comunidades, os eleitores precisam ter consciência do papel de cada um e
de suas reais prioridades. É importante também que os munícipes saibam
discernir com clareza se os investimentos prometidos visam mais a garantir a
reeleição do prefeito ou de seu candidato ou a atender às reais necessidades da
população. Ao mesmo tempo, precisam se mostrar vigilantes para fazer com que os
gastos das Câmaras se mantenham compatíveis com as verbas destinadas para obras
e serviços em benefício dos cidadãos.
Na campanha deste ano, os candidatos ao Executivo e
ao Legislativo nos municípios contarão com o respaldo de investimentos
importantes de âmbito federal. Precisa ficar claro, porém, o que se dispõem a
fazer com as dotações municipais, para melhorar o atendimento em áreas como
saúde pública, para facilitar o escoa mento do trânsito, para melhorar a
qualidade do transporte urbano, das vias de rodagem e do deslocamento de
pedestres. Além disso, devem ampliar os investimentos em saneamento,
particularmente no que diz respeito à rede de esgoto. E, acima de tudo,
precisam se comprometer com um tratamento de mais qualidade para o lixo urbano,
que hoje se constitui numa questão central para municípios de qualquer porte.
Mesmo no que diz respeito à segurança pública, área de competência do governo
estadual, os administradores municipais têm a responsabilidade no mínimo de
lutar pela adoção de alternativas eficazes em benefício do bem comum.
A particularidade de as eleições municipais serem
realizadas num período específico, evitando o risco de interesses estaduais e
nacionais se sobreporem aos locais, precisa ser devidamente aproveitada pelos
munícipes. O avanço nos municípios, num ano de decisões como 2012, constitui-se
num dos pressupostos para o desenvolvimento sustentável no país.
COLUNAS
Brasília :: Carolina Bahia
Os abandonados
Por falta de uma política transparente de reajuste
para os aposentados, quem ganha acima do salário mínimo será mais uma vez
prejudicado. O aumento de 14% no piso salarial, totalizando R$ 622, beneficia
aqueles que ganham até o mínimo. Mas quem recebe o benefício acima deste limite
terá apenas o ajuste da inflação. Para aprovar o orçamento de 2012, no entanto,
o Planalto prometeu a aliados retomar as negociações em fevereiro. Com boa
vontade, é possível, sim, assegurar uma correção mais decente. A prova é que o
Ministério da Previdência não oferece resistências. Com medo da crise econômica
internacional, é o Ministério da Fazenda que proíbe novos gastos. Mas, neste
caso, os efeitos do dinheiro circulando e aquecendo a economia podem ser ainda
mais eficientes.
Para amenizar
O Ministério da Agricultura prepara um pacote para
socorrer os produtores prejudicados pela seca no Estado. Mesmo de folga, o
ministro Mendes Ribeiro Filho (foto) acompanha as tratativas. Entre as medidas,
está a renegociação das dívidas de custeio e investimento das lavouras de trigo
e milho, além da possibilidade de aumento do limite de endividamento dos
produtores. O secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, se reúne hoje com
técnicos do Banco do Brasil para fechar detalhes das ações contra a estiagem.
Na carne
O que compromete cada vez mais o orçamento federal
são os gastos com pessoal. A despesa para este ano está prevista em R$ 203,2
bilhões, e ninguém fala em economia ou cortes em cargos de confiança. Há áreas
em que os concursos de fato são necessários. Mas no Congresso, por exemplo,
sobra funcionário e falta eficiência.
Por falar nisso...
Este seria o momento de a Conab entrar regulando o
mercado agrícola, mas a companhia está com a credibilidade comprometida até que
seja promovida uma reforma de fôlego.
PARA CONFERIR ali adiante
Empurrão - O senador Paulo Paim (PT-RS) aposta na
pressão das eleições municipais para sensibilizar o Planalto a favor do aumento
dos aposentados. Antigos colegas de plenário, ele e o ministro da Previdência,
Garibaldi Alves, estão afinando o discurso para reuniões em fevereiro. Em
contrapartida, Garibaldi quer apoio total à aprovação do Fundo de Previdência
dos Servidores Públicos.
ARTIGOS
Dilma e o caminho de San Tiago :: Pedro Simon
O Congresso Nacional realizou uma sessão
envergonhada na manhã de 12 de dezembro passado, uma reunião quase sigilosa, virtualmente
secreta, sem direito sequer às imagens da TV Senado. Integrado por 594
representantes, o parlamento brasileiro estava ali com apenas três senadores e
um deputado em plenário, além de dois convidados na Mesa. Parecia uma homenagem
a um subversivo em plena ditadura militar, mas era o reconhecimento, cem anos
após o seu nascimento, a um dos grandes democratas de nossa história: Francisco
Clementino de San Tiago Dantas, chanceler do fugaz gabinete parlamentarista de
Tancredo Neves no governo João Goulart.
À beira de seu túmulo, morto cinco meses após o
golpe de 1964, que derrotou a ele e a todos nós, o economista Roberto Campos,
um dos cérebros do novo regime, reconheceu: "San Tiago Dantas é a figura
mais extraordinária, mais genial de toda a nossa geração". Foi o
"Homem de Visão de 1963" em tempos aguçados pelos visionários de
todas as tendências. San Tiago marcou época e posição, como chanceler,
implantando o conceito da Política Externa Independente numa era que dividia o
mundo entre o lado de lá e o lado de cá, União Soviética ou Estados Unidos. San
Tiago era a síntese de suas contradições: advogado de grandes empresas,
defendia a justiça social como membro do PTB de centro-esquerda; não marxista,
reatou relações de Brasília com o regime de Moscou; admirador do sistema
político dos Estados Unidos, defendeu o direito de Cuba à autodeterminação e
votou contra sua expulsão da OEA em 1961.
Neste mesmo Congresso, ainda jovem, eu testemunhei
em 1962 uma das cenas mais memoráveis: San Tiago aplaudido de pé, durante
vários minutos, após apresentar o seu plano de governo para o gabinete que
sucederia a Tancredo Neves. Era uma peça fantástica, no plano político e
econômico. E vi também, naquele dia, um dos fenômenos mais constrangedores da
história dessa Casa: aclamado de pé, ovacionado, o orador não foi aprovado como
novo chefe do governo parlamentarista.
Meses depois, cessada a experiência parlamentar,
João Goulart retomou seus plenos poderes com um ministério que emocionava pela
biografia de seus integrantes. Alguns nomes dessa constelação: Darcy Ribeiro,
Eliezer Batista, Evandro Lins e Silva, Hélio Bicudo, Hermes Lima, João
Mangabeira, José Ermírio de Moraes, Miguel Calmon, Ulysses Guimarães, Walter
Moreira Salles, Waldir Pires, Anísio Teixeira, Paulo Freire, além do próprio
San Tiago.
Pois veio o golpe, derrubaram e cassaram João
Goulart – com o apoio da Igreja e com os editoriais da grande imprensa, que
fantasiava e caluniava o governo deposto. Apesar disso tudo, nenhum daqueles
nomes apareceu envolvido em malfeitos ou desvios do dinheiro público. Nenhum
ministro foi cassado por corrupção – e foram cassados muitos, perseguidos
tantos, humilhados todos. Nenhum deles teve uma vírgula de contestação à
dignidade, à honorabilidade de biografias que orgulhavam a República e a nação.
Essa é uma observação importante para a presidente
Dilma Rousseff no momento em que completa seu primeiro e exitoso ano de
governo, já pensando na saudável reformulação de seu ministério para 2012. Cada
vez mais segura e determinada em sua missão, com a cara limpa de seu estilo de
governo, sem as heranças e compromissos políticos que restringiram o seu início
de mandato, a presidente Dilma poderá, enfim, imprimir a marca pessoal que o
Brasil aprendeu a admirar, expressa na aprovação recorde de 72% da população,
superando o primeiro ano do governo de seus antecessores, FHC e Lula.
Presidente Dilma: siga o caminho de San Tiago. Faça
a sua escolha, exclusivamente sua, tendo como regra os padrões de
independência, seriedade, competência e integridade que resumem a biografia
desse grande, digno, correto, decente, coerente brasileiro. Trilhando o caminho
de San Tiago, presidente Dilma, a senhora poderá dar ao seu governo e ao país o
ministério que os brasileiros esperam e merecem.
Um feliz 2012 para a senhora e para o
Brasil.
*Senador (PMDB-RS)
POLITICA
Escassez limita ação de secretários
Levantamento mostra que primeiro escalão do Piratini contou
com socorro do governo federal para tocar projetos em 2011
Num ano de escassez de recursos, secretarias de
Estado apostaram em projetos que poderiam deslanchar sem a necessidade de
grandes aportes do Tesouro gaúcho ou que contariam com apoio federal. Entre as
principais realizações elencadas por secretários, estão o início das operações
da hidrovia Porto Alegre-Guaíba e a conclusão de acessos municipais – ações
iniciadas na gestão passada.
Em entrevista no dia 12 de dezembro, o governador
Tarso Genro afirmou que a marca do primeiro ano de mandato "é a ausência
de marca". Nas últimas duas semanas, ZH entrou em contato com os titulares
das pastas de maior verba orçamentária em 2011 para que listassem os principais
resultados de suas secretarias. O retrato desse levantamento mostra o destaque
de programas pontuais, como o Fornecer (focado em presídios), e de ações
promovidas com ajuda federal.
Entre eles, estão a recuperação da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), que recebeu R$ 102 milhões, e a
superação da crise do arroz, possibilitada pela liberação de R$ 1,1 bilhão. Os
resultados, apesar de evidenciar as dificuldades financeiras do Estado, são
comemorados pelo governo por pelo menos um motivo: seriam a prova da retomada
das relações com o governo federal.
A oposição afirma que a gestão está muito aquém das
expectativas.
– Já se foram 25% do mandato, e não se pode dizer
que o Rio Grande do Sul tem sido protagonista, como incutiram na cabeça das
pessoas durante a campanha eleitoral – critica o líder da bancada do PMDB na
Assembleia, Giovani Feltes.
Apesar do otimismo do Piratini para 2012,
especialistas em contas públicas questionam o orçamento e preveem um ano de
contingências. Economistas projetam um déficit de R$ 1,3 bilhão. Além disso, os
mais pessimistas lembram que já virou rotina o descumprimento de orçamentos –
em 2010, por exemplo, o Executivo previu R$ 1,776 bilhão em investimentos, mas
até outubro apenas 37% do valor estimado havia saído do papel.
As previsões são contestadas pelo governo – para o
qual o déficit não passará de R$ 450 milhões. Titular da Fazenda, Odir
Tonollier destacou, entre suas realizações, o aumento da arrecadação em R$ 500
milhões em 2011. A intenção é seguir nesse rumo.
JULIANA BUBLITZ
Novo presidente promete criar “Câmara Verde”
Ao assumir cargo, Zacher disse que digitalização do
processo legislativo trará economia de papel
Sem a presença de adversários que integram o
movimento estudantil – barrados na porta do Legislativo –, o vereador Mauro
Zacher (PDT) foi empossado ontem na presidência da Câmara de Porto Alegre. Ele
citou programas que pretende implementar em 2012, durante a sua gestão, com
destaque para sessões de prestação de contas, em que o prefeito e os
secretários municipais serão questionados pelos vereadores sobre temas da
cidade.
Zacher sugeriu a elaboração de um "código de
convivência democrática", que deverá substituir o atual Código de Posturas
da cidade, criado em 1975, que normatiza um conjunto de normas, como o volume
máximo de som e ruído permitido em bares e restaurantes. O vereador também
defendeu a transformação da Casa em uma "Câmara Verde" e sustentável:
– Isto envolverá, por exemplo, o desenvolvimento de
um projeto para a digitalização integral do processo legislativo, com a
consequente eliminação do papel, além de uma aposta em fontes alternativas de
energia.
Prestigiado pela presença de líderes pedetistas
como o prefeito José Fortunati, Zacher recordou o início da sua trajetória
política, nos anos 90, no movimento estudantil da PUCRS.
– Vem desta época um contencioso que, ainda hoje,
mobiliza manifestações de intolerância como vimos aqui recentemente. Sobre
isto, quero dizer apenas que éramos muito jovens e que, como tal, sabíamos
muito pouco – afirmou o vereador, referindo-se à invasão da Câmara em 12 de
dezembro por estudantes que protestavam contra sua eleição à presidência da Casa.
Novos CCs são aprovados
Após a sessão de posse de Mauro Zacher, os vereadores
aprovaram, em votação simbólica e extraordinária, a criação de mais cinco
cargos em comissão (CCs) na Casa.
Os novos postos, que irão gerar custo anual de R$
364 mil, serão preenchidos por indicação das bancadas do PSD e do PPL, siglas
fundadas recentemente por vereadores que trocaram de partido.
Três dos novos cargos pertencem ao PSD e outros
dois ao PPL. Os salários são de R$ 7 mil para os três postos de nível superior
e de R$ 2,9 mil para os dois de nível médio. Em 2011, a Câmara gastou R$ 62,7
milhões com a folha. A Casa tem, em média, 21 funcionários e estagiários para
cada um dos 36 vereadores. As bancadas do PSD e do PPL terão direito a cotas
para gastos com telefone e material de escritório.
O diretor legislativo da Câmara, Luiz Afonso Peres,
afirma que a criação de novos cargos foi necessária porque os partidos que
perderam vereadores – PMDB, PDT, PTB e PPS – se mantiveram nas mesmas faixas de
classificação que relacionam a quantidade de parlamentares da sigla com o
número de cargos disponíveis.
TJ paulista investigará pagamentos no tribunal
A nova gestão do Tribunal de Justiça de São Paulo
vai investigar pagamentos atípicos feitos pelas administrações anteriores a
magistrados da corte. A medida foi anunciada pelo desembargador Ivan Sartori,
que ontem tomou posse para presidir o TJ paulista no biênio 2012-2013.
Um dos alvos da apuração será o suposto pagamento
de verbas relativas a auxílio-moradia a um grupo de 17 desembargadores de forma
privilegiada. Cada um dos magistrados teria recebido de uma só vez R$ 1 milhão.
– Vou falar com os colegas, chamar um a um e vamos
ver o que eles têm a dizer. Esse procedimento vai andar e nós vamos resolver
isso – disse Sartori.
Uma investigação aberta pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) para investigar esses desembolsos despertou polêmica no
Judiciário.
ECONOMIA
Gaúchos disputam 20 mil vagas
Em todo o país, há expectativa de abertura de 70 mil
empregos públicos somente neste ano, depois das restrições de 2011
Com 19.817 vagas já previstas para 2012, somente
entre editais abertos e provas autorizadas, tudo indica que o ano será
movimentado para concurseiros. O número abrange apenas seleções de municípios
gaúchos, do governo do Estado e grandes certames nacionais, mas se forem
somados todos os concursos em preparação, a soma chega a quase 70 mil
oportunidades.
No Estado, as seleções com maior número de vagas
estão no magistério, que deve contratar 10 mil professores, e na Brigada
Militar, com 2,1 mil cargos em disputa. Fora do Rio Grande do Sul, outros
órgãos oferecem grande número de empregos públicos, como 14.987 na prefeitura
de Guarujá (SP) e 3.933 na prefeitura de Águas Lindas de Goiás (GO), o que puxa
para cima a oferta de vagas em todo o país.
Depois de um 2011 com restrições na abertura de
novos concursos federais e diminuição drástica no número de nomeações,
consequência de um enxugamento dos gastos públicos proposto pelo governo
federal, as estatais com maior necessidade ou em expansão correm para garantir
a reposição de pessoal. É o caso de Receita Federal, Polícia Federal e Banco
Central, explica Douglas Soares, representante da Associação Nacional de
Proteção e Apoio aos Concursos no Estado (Anpac).
– Havia expectativa de ter o edital desses
concursos em janeiro ou fevereiro, agora a previsão é março ou abril – explica
Soares sobre os efeitos da restrição do ano passado.
Também devem estar na mira dos candidatos as provas
da Petrobras, que deve nomear cerca de 15 mil pessoas até 2016, da Caixa
Econômica Federal e a Defensoria Pública do Estado.
Para ficar atento
Além dos concursos já confirmados e dos que têm
edital publicado, para este ano ainda estão previstas outras seleções
nacionais, algumas incluídas no orçamento, só à espera de edital, mas ainda sem
estimativa do número de vagas:
-
Advocacia-Geral da União
-
Banco do Brasil
-
Banco Central
-
Caixa Econômica Federal
-
Casa da Moeda
-
Fundação Biblioteca Nacional
-
Ministério da Agricultura
-
Ministério das Relações Exteriores
-
Ministério Público da União
-
Polícia Rodoviária Federal
Oportunidades
em aberto
Instituição
Vagas Salário máximo Nível de escolaridade Estágio
Agência
Nacional de Cinema (Ancine) 100 R$ 4.984,78 Médio Aguardando edital
Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) 46 Ainda não confirmado Médio e superior
Aguardando edital
Brigada
Militar do Rio Grande do Sul 2,1 mil R$ 4.780,83 Médio e superior Inscrições
até 31/1
Caixa
Econômica Federal Cadastro de reserva R$ 5.801 Superior Inscrições até 08/1
Câmara
de Arroio Grande 3 R$ 1.201,54 Fundamental e médio Inscrições até 9/1
Câmara
de Santa Cruz do Sul 5 R$ 2.354,00 Fundamental, médio e superior Inscrições até
7/1
Conselho
Federal de Educação Física 2 R$ 1.236,65 Fundamental e médio Inscrições até 6/1
Fundação
Hospital Centenário 60 R$ 6.468,26 Fundamental e superior Inscrições até 9/1
Grupo
Hospitalar Conceição (GHC) 23 R$ 3.780,00 Fundamental e médio Inscrições até
22/1
Grupo
Hospitalar Conceição 65 e cadastro reserva R$ 7.470,00 Superior Inscrições até
30/01
Instituto
Federal Sul Rio-Grandense (IFSul) 16 R$ 3.678,74 Superior Inscrições até 17/1
Instituto
Federal de Educ., Ciência e Tec. de Goiás 121 R$ 2.989,23 Todos os níveis
Inscrições até 8/1
Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) 1.875 R$ 9.070,93 Médio e superior Inscrições
até 11/1
Marinha
do Brasil (1) 1.720 R$ 1.100 Fundamental Inscrições de 12/3 a 12/4
Marinha
do Brasil (2) 32 R$ 2.500 Médio Inscrições de 24/4 a 24/5
Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação 832 Ainda não confirmado Médio e superior
Aguardando edital
Ministério
da Integração Nacional 52 R$ 5.460,02 Superior Inscrições até 15/1
Ministério
do Desenvolvimento 157 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Ministério
do Planejamento 149 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Ministério
Público do Trabalho 40 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Petrobras
Distribuidora 90 R$ 6.217,19 Médio/técnico e superior Inscrições
prorrogadas
até 8/1
Polícia
Federal 1.200 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Prefeitura
de Alvorada 160 R$ 5.300 Médio, técnico e superior Inscrições até 9/1
Prefeitura
de Arroio Grande 55 R$ 2.767,25 Fundamental, médio e superior Inscrições até
5/1
Prefeitura
de Campo Bom 59 R$ 4.826,57 Fundamental, médio e superior Inscrições até 23/01
Prefeitura
de Candelária 49 R$ 2.251,20 Fundamental, médio e superior Inscrições até 11/1
Prefeitura
de Forquetinha 7 R$ 3.892,73 Superior Inscrições até 9/1
Prefeitura
de Jari 10 R$ 5.290,03 Fundamental e superior Inscrições até 10/1
Prefeitura
de Nova Prata 1 R$ 740,72 Fundamental Inscrições
até
3/1 (último dia)
Prefeitura
de Novo Hamburgo (1) 95 e cadastro de reserva R$ 2.104,18 Superior Inscrições
até 8/1
Prefeitura
de Novo Hamburgo (2) 72 e cadastro de reserva R$ 3.857,67 Médio e superior
Inscrições até 15/1
Prefeitura
de Novo Hamburgo (3) 2 e cadastro de reserva R$ 3.857,67 Superior Inscrições
até 25/1
Prefeitura
de Pejuçara 27 e cadastro reserva R$ 5.903,20 Fundamental, médio e superior
Inscrições até 15/1
Prefeitura
de Piratini 10 não divulgado Médio Inscrições até 04/01
Prefeitura
de Roque Gonzales 14 R$ 1.130,55 Fundamental, médio e superior Inscrições até
4/1
Prefeitura
de Santa Margarida do Sul 17 R$ 2.662,75 Fundamental, médio e superior
Inscrições até 9/1
Prefeitura
de Seberi 40 R$ 4.674,60 Fundamental, médio e superior Inscrições até 5/1
Prefeitura
de Serafina Corrêa 29 R$ 7.571,68 Fundamental, médio e superior Inscrições até
10/1
Prefeitura
de Tapejara 30 R$ 746,73 Fundamental e médio Inscrições até 5/2
Prefeitura
de Vale Real 7 R$ 1.895,78 Fundamental, médio e superior Inscrições até 16/1
Prefeitura
de Vespasiano Corrêa 3 R$ 962,79 Médio e superior Inscrições até 6/1
Secretaria
de Estado da Educação do RS 10 mil R$ 1.186,62 Médio e superior Edital
publicado.
Inscrições
de 16/1 a 03/2
Senado
Federal 246 R$ 23.826,57 Médio e superior Inscrições até 5/2
Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Sul (1) 60 R$ 17.581,75 Superior Edital publicado.
Inscrições
de 12/3 a 10/4
Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Sul (2) 118 vagas – Médio e superior Aguardando
edital
Universidade
Federal de Pelotas (UFPel) 3 R$ 4.300,00 Superior Inscrições até 27/1
Universidade
Federal do Pampa (Unipampa) (1) 12 R$ 7.333,67 Superior Inscrições até 09/1
Universidade
Federal do Pampa (Unipampa) (2) 2 Não divulgado Superior (professor substituto)
Inscrições até 11/1
Universidade
Federal do Pampa (Unipampa) (3) 1 Não divulgado Superior (professor substituto)
Inscrições até 13/1
CAMPO E LAVOURA
Paraguai confirma aftosa
Propriedade do departamento de San Pedro onde animais
apresentaram sintomas foi interditada
O
Paraguai confirmou ontem à noite a ocorrência de um novo foco de febre aftosa
no país e colocou outra vez o serviço sanitário do Estado em alerta. A
propriedade onde a presença da doença foi detectada fica na localidade Pirí
Pucú, no departamento de San Pedro, o mesmo onde ocorreu o episódio de setembro
do ano passado.
Com
o novo caso no Paraguai, a Secretaria da Agricultura deve voltar a mobilizar
equipes de vigilância sanitária que percorreram a fronteira gaúcha com a
Argentina entre setembro e o início de dezembro para evitar o risco de o vírus
mais temido da pecuária ser reintroduzido no Estado.
Eraldo
Leão, chefe do departamento de defesa agropecuária da secretaria, considera a
situação de agora diferente da registrada em setembro, justamente porque a
vigilância está mais atenta e preparada. Novas decisões devem ser tomadas em
reunião marcada para as 8h de hoje.
O
veterinário Marcelo Göcks, do serviço de doenças vesiculares da secretaria,
estima que barreiras sanitárias podem ser montadas em até dois dias. Göcks
avalia que o risco desta vez será menor para o Estado devido à recente
vacinação do gado paraguaio e à localização mais ao norte da propriedade
suspeita em relação à fazenda onde a doença foi confirmada em setembro.
A
suspeita foi tornada pública na sexta-feira. Segundo o proprietário dos
animais, o gado apresentava sintomas de aftosa há 26 dias – antes, portanto, de
o governo paraguaio declarar o fim do estado de emergência na região do foco
comunicado três meses antes.
Para
um veterinário gaúcho que atuou em organismos internacionais de combate à
aftosa e participou de auditorias no Paraguai, o caso reforça a percepção de
falta de transparência no país. Em setembro, autoridades paraguaias foram
constrangidas por serviços sanitários dos países do Cone Sul a admitir a doença
em reunião no Uruguai, quando informações sobre o foco circulavam há ao menos
20 dias.
caio.cigana@zerohora.com.br
CAIO CIGANA
Antecedentes preocupantes
18 DE SETEMBRO
- O
Paraguai, que desde 2006 tinha o status de país livre da aftosa com vacinação,
confirma foco da doença em uma propriedade (foto ao lado) a 130 quilômetros da
fronteira com o Brasil, no departamento de San Pedro. As suspeitas, no entanto,
existiam há ao menos 20 dias.
25
DE SETEMBRO
-
Autoridades sanitárias encerram o abate de mil bovinos na fazenda
29 E
30 DE NOVEMBRO
-
Durante reunião extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a
Febre Aftosa, no Rio, o Paraguai assegura que a situação está controlada e não
há novos focos
2 DE
DEZEMBRO
- O
Brasil volta a permitir a importação de carne paraguaia
29
DE DEZEMBRO
- O
governo paraguaio conforma o fim da emergência sanitária, levantada 15 dias
antes pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Anima (Senacsa).
30
DE DEZEMBRO
- O
Senacsa informa a nova suspeita no departamento de San Pedro. O dono da
propriedade admitiu que cerca de 170 bovinos apresentavam sintomas semelhantes
à aftosa há 26 dias.
ONTEM
- A
propriedade é interditada, e o novo foco de aftosa é confirmado.
GERAL
Chuva coloca Sudeste em alerta
A
previsão para os próximos dias é de tempo instável em Estados do Sudeste, que
já sofrem com grande volume desde sábado. Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Espírito Santo estão em alerta.
Os
problemas mais graves foram registrados em Nova Friburgo, região serrana do
Rio, e em Minas, onde quatro pessoas morreram desde outubro do ano passado.
Minas Gerais
Em
Minas Gerais, 46 cidades estão em situação de emergência, e quatro mortes foram
registradas desde outubro. Ontem, um prédio desabou em Belo Horizonte. Onze
moradores foram retirados segundos antes do desabamento. Um homem morreu.
Outra
vítima da chuva, ontem, foi Maria de Lourdes Estevão Rocha, 78 anos, atingida
por água e terra quanto tentava socorrer animais de estimação no quintal da
casa em que morava.
Aeroportos
A
instabilidade também levou caos aos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio.
O Santos Dumont precisou fechar duas vezes durante a manhã e, segundo a Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), praticamente todos os
voos previstos tiveram atrasos superiores a 30 minutos ou foram cancelados. Por
causa do mau tempo, o terminal fechou para pousos por mais de uma hora, entre
8h30min e 9h50min, e, novamente, entre 11h30min e 11h45min.
Os
passageiros também enfrentam problemas no Galeão, onde 51,1% das 135 decolagens
previstas até as 16h atrasaram, e 3% foram canceladas. Os dois terminais
operaram por instrumentos devido ao mau tempo.
Os
problemas no Rio pouco repercutiram no aeroporto Salgado Filho, em Porto
Alegre. Até as 19h de ontem, no terminal gaúcho, apenas 9,8% dos voos haviam
atrasado mais de meia hora.
Nova Friburgo
Marcado
por uma tragédia que matou pelo menos 420 pessoas em janeiro do ano passado
(confira ao lado), o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio, está
em estado de atenção. Sirenes instaladas em 15 comunidades foram acionadas para
alertar a população sobre o risco de inundações. O local mais atingido é o
bairro Córrego Dantas, onde o rio transbordou.
Até
ontem, 300 moradores haviam deixado suas casas. O comandante da Defesa Civil
estadual, coronel Sérgio Simões, considera que o sistema de prevenção havia
funcionado:
–
Não estamos administrando o desastre, mas o risco do que pode acontecer. Não há
alternativa a não ser alarmar as pessoas em áreas de risco.
O
prefeito Sérgio Xavier disse que apenas 30% das obras necessárias para a cidade
foram executadas um ano depois dos deslizamentos e cheias que mataram centenas
de pessoas.
Uso do cinto volta a preocupar
Segunda principal causa de multas nas estradas gaúchas
durante o feriadão, a falta do cinto de segurança, especialmente no banco de
trás, volta a ter a atenção das autoridades de trânsito
Deixar
de afivelar o cinto foi a segunda causa de autuação pelo Comando Rodoviário da
Brigada Militar durante as operações de final de ano – infração também
impulsionada pelos passageiros que viajavam no banco de trás.
Policiais
que patrulham estradas gaúchas afirmam: passageiros no banco traseiro
frequentemente deixam de se proteger com o dispositivo. Dados da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) confirmam: o uso do equipamento no
banco de trás não passa de 7% nos carros que circulam no país, enquanto 97% dos
ocupantes dos assentos dianteiros afivelam o cinto.
– As
pessoas têm a ideia de que, atrás, estão protegidas pelo assento dianteiro. Não
é verdade: podem se machucar e ferir também quem está na frente – afirma o
coronel Hermito Bortoluzzi, à frente do Comando Rodoviário da Brigada Militar
(CRBM).
Ações
específicas de fiscalização devem ser iniciadas na temporada de verão, garantiu
o diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Ildo Mário
Szinvelski:
– A
utilização do cinto é essencial à segurança, pois evita que a pessoa seja
ejetada para fora do carro.
Para
o psiquiatra forense Rogério Cardoso, em questões de trânsito, a fiscalização é
essencial para a mudança de cultura. Segundo ele, o uso do cinto no banco da
frente só se consolidou depois de mudanças na lei, com o Código de Trânsito Brasileiro
de 1997.
–
Antes, na década de 80, poucos usavam o cinto na frente. Houve mudança na
legislação, campanhas, fiscalização, e o cinto passou a ser usado pelo
motorista e pelo passageiro ao lado. Mas é preciso reforço permanente – afirma
Cardoso.
Problema é uma tendência nacional
Segundo
o chefe do Estado Maior do CRBM, tenente-coronel Fernando Moreira, o problema
se torna mais evidente nesta época do ano porque motoristas e passageiros de
cidades onde a fiscalização é menor desrespeitam a lei também quando se
deslocam para as férias. O fenômeno ocorre tanto em estradas estaduais quanto
em federais.
– É
mais comum autuarmos motoristas de cidades pequenas, com menor fiscalização,
onde as pessoas andam sem cinto durante o ano, do que multar alguém de Canoas
ou Porto Alegre. Mas quando o assunto é banco de trás, aí o problema é geral –
diz o oficial.
A
diminuição no uso do cinto é uma tendência nacional. Segundo a analista de
segurança viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Patrícia
Gejer, em outros Estados o uso no banco traseiro também continua sendo raro.
– A
fiscalização é focada em quem trafega na frente. Se isso não mudar, vai ser
difícil criar uma nova cultura – avalia ela.
Para
o diretor de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet, Dirceu Rodrigues Alves
Júnior, a imprudência reduz drasticamente a chance de sobreviver a um acidente
grave:
–
Usar o cinto reduz entre 25% e 75% a chance de morte para quem está atrás,
dependendo da colisão. Sem falar que diminui as chances de todos os tipos de
lesões – explica o médico.
O
especialista ainda alerta que a imprudência de quem está atrás pode matar quem
está no volante ou ao lado dele. São comuns as lesões cervicais entre
motoristas atingidos por ocupantes do banco traseiro projetados para a frente
do veículo na colisão.
*Colaboraram
Letícia Costa e Matheus Beck
Salva
pelo conselho do frentista
Natália
Loewe, 21 anos, estudante de Medicina
Meus
pais e eu estávamos voltando, para Esteio, de uma viagem ao Chuy, no Uruguai,
em novembro de 2008. Entre Camaquã e Tapes, um Corsa entrou na contramão e
colidiu de frente com o nosso carro.
Com
o impacto, o cinto de segurança pressionou meu corpo, quebrando a minha
clavícula e algumas costelas. Mas, se eu estivesse sem ele, é certo que não
estaria aqui agora. Foram 28 dias na Unidade de Tratamento Intensivo e nove no
quarto do hospital. Além disso, poderia ter machucado a minha mãe, que estava
no banco do carona – meu corpo teria sido lançado contra o dela.
Na
ida, fui sem cinto, porque ia deitada, estudando. Na volta, paramos em um posto
de gasolina na altura de Rio Grande e um frentista me orientou a colocar. Hoje,
quem anda comigo no carro, só de cinto.
Falo
para os meus amigos que eu sou o exemplo: a gente não dá atenção às pequenas
coisas – até que aconteçam.
FRANCISCO AMORIM*
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