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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

03 de janeiro de 2012 - ZERO HORA


PRIMEIRA PÁGINA

Concursos oferecem mais de 20 mil vagas
Após quase um ano de limitação para seleções em órgãos públicos, oportunidades podem superar 70 mil, se consideradas as ofertas em outros Estados.

Paraguai confirma aftosa
Propriedade do departamento de San Pedro onde animais apresentaram sintomas foi interditada

Crescem as multas por falta de uso do cinto
Blitze do Ano-Novo autuaram 353 motoristas pela não utilização do equipamento.


EDITORIAL
O ano dos municípios

A maioria da população brasileira vive em cidades às voltas com problemas comuns: insegurança, trânsito desregrado, atendimento deficiente dos serviços públicos, especialmente na área da saúde, e infraestrutura precária. Pois este ano de 2012 abre com a perspectiva de que as populações dos municípios possam debater suas necessidades com as autoridades públicas, especialmente com os candidatos a governos e parlamentos municipais que concorrerão nas eleições de outubro. Com as novas ferramentas de comunicação individual e o acesso cada vez mais amplo à imprensa, os cidadãos podem fazer valer seus direitos e fiscalizar de forma mais eficiente os seus representantes.
É nos municípios que os cidadãos vivem, estudam e trabalham e que, graças à proximidade física com os centros de tomadas de decisão, podem atuar com mais facilidade para pressionar por mudanças, exigindo um uso mais racional dos recursos públicos. Por isso, no momento em que se preparam para decidir quem indicarão para atuar como prefeitos e vereadores de suas comunidades, os eleitores precisam ter consciência do papel de cada um e de suas reais prioridades. É importante também que os munícipes saibam discernir com clareza se os investimentos prometidos visam mais a garantir a reeleição do prefeito ou de seu candidato ou a atender às reais necessidades da população. Ao mesmo tempo, precisam se mostrar vigilantes para fazer com que os gastos das Câmaras se mantenham compatíveis com as verbas destinadas para obras e serviços em benefício dos cidadãos.
Na campanha deste ano, os candidatos ao Executivo e ao Legislativo nos municípios contarão com o respaldo de investimentos importantes de âmbito federal. Precisa ficar claro, porém, o que se dispõem a fazer com as dotações municipais, para melhorar o atendimento em áreas como saúde pública, para facilitar o escoa mento do trânsito, para melhorar a qualidade do transporte urbano, das vias de rodagem e do deslocamento de pedestres. Além disso, devem ampliar os investimentos em saneamento, particularmente no que diz respeito à rede de esgoto. E, acima de tudo, precisam se comprometer com um tratamento de mais qualidade para o lixo urbano, que hoje se constitui numa questão central para municípios de qualquer porte. Mesmo no que diz respeito à segurança pública, área de competência do governo estadual, os administradores municipais têm a responsabilidade no mínimo de lutar pela adoção de alternativas eficazes em benefício do bem comum.
A particularidade de as eleições municipais serem realizadas num período específico, evitando o risco de interesses estaduais e nacionais se sobreporem aos locais, precisa ser devidamente aproveitada pelos munícipes. O avanço nos municípios, num ano de decisões como 2012, constitui-se num dos pressupostos para o desenvolvimento sustentável no país.





COLUNAS
Brasília :: Carolina Bahia

Os abandonados
Por falta de uma política transparente de reajuste para os aposentados, quem ganha acima do salário mínimo será mais uma vez prejudicado. O aumento de 14% no piso salarial, totalizando R$ 622, beneficia aqueles que ganham até o mínimo. Mas quem recebe o benefício acima deste limite terá apenas o ajuste da inflação. Para aprovar o orçamento de 2012, no entanto, o Planalto prometeu a aliados retomar as negociações em fevereiro. Com boa vontade, é possível, sim, assegurar uma correção mais decente. A prova é que o Ministério da Previdência não oferece resistências. Com medo da crise econômica internacional, é o Ministério da Fazenda que proíbe novos gastos. Mas, neste caso, os efeitos do dinheiro circulando e aquecendo a economia podem ser ainda mais eficientes.

Para amenizar
O Ministério da Agricultura prepara um pacote para socorrer os produtores prejudicados pela seca no Estado. Mesmo de folga, o ministro Mendes Ribeiro Filho (foto) acompanha as tratativas. Entre as medidas, está a renegociação das dívidas de custeio e investimento das lavouras de trigo e milho, além da possibilidade de aumento do limite de endividamento dos produtores. O secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, se reúne hoje com técnicos do Banco do Brasil para fechar detalhes das ações contra a estiagem.

Na carne
O que compromete cada vez mais o orçamento federal são os gastos com pessoal. A despesa para este ano está prevista em R$ 203,2 bilhões, e ninguém fala em economia ou cortes em cargos de confiança. Há áreas em que os concursos de fato são necessários. Mas no Congresso, por exemplo, sobra funcionário e falta eficiência.

Por falar nisso...
Este seria o momento de a Conab entrar regulando o mercado agrícola, mas a companhia está com a credibilidade comprometida até que seja promovida uma reforma de fôlego.

PARA CONFERIR ali adiante
Empurrão - O senador Paulo Paim (PT-RS) aposta na pressão das eleições municipais para sensibilizar o Planalto a favor do aumento dos aposentados. Antigos colegas de plenário, ele e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, estão afinando o discurso para reuniões em fevereiro. Em contrapartida, Garibaldi quer apoio total à aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos.


ARTIGOS
Dilma e o caminho de San Tiago :: Pedro Simon

O Congresso Nacional realizou uma sessão envergonhada na manhã de 12 de dezembro passado, uma reunião quase sigilosa, virtualmente secreta, sem direito sequer às imagens da TV Senado. Integrado por 594 representantes, o parlamento brasileiro estava ali com apenas três senadores e um deputado em plenário, além de dois convidados na Mesa. Parecia uma homenagem a um subversivo em plena ditadura militar, mas era o reconhecimento, cem anos após o seu nascimento, a um dos grandes democratas de nossa história: Francisco Clementino de San Tiago Dantas, chanceler do fugaz gabinete parlamentarista de Tancredo Neves no governo João Goulart.
À beira de seu túmulo, morto cinco meses após o golpe de 1964, que derrotou a ele e a todos nós, o economista Roberto Campos, um dos cérebros do novo regime, reconheceu: "San Tiago Dantas é a figura mais extraordinária, mais genial de toda a nossa geração". Foi o "Homem de Visão de 1963" em tempos aguçados pelos visionários de todas as tendências. San Tiago marcou época e posição, como chanceler, implantando o conceito da Política Externa Independente numa era que dividia o mundo entre o lado de lá e o lado de cá, União Soviética ou Estados Unidos. San Tiago era a síntese de suas contradições: advogado de grandes empresas, defendia a justiça social como membro do PTB de centro-esquerda; não marxista, reatou relações de Brasília com o regime de Moscou; admirador do sistema político dos Estados Unidos, defendeu o direito de Cuba à autodeterminação e votou contra sua expulsão da OEA em 1961.
Neste mesmo Congresso, ainda jovem, eu testemunhei em 1962 uma das cenas mais memoráveis: San Tiago aplaudido de pé, durante vários minutos, após apresentar o seu plano de governo para o gabinete que sucederia a Tancredo Neves. Era uma peça fantástica, no plano político e econômico. E vi também, naquele dia, um dos fenômenos mais constrangedores da história dessa Casa: aclamado de pé, ovacionado, o orador não foi aprovado como novo chefe do governo parlamentarista.
Meses depois, cessada a experiência parlamentar, João Goulart retomou seus plenos poderes com um ministério que emocionava pela biografia de seus integrantes. Alguns nomes dessa constelação: Darcy Ribeiro, Eliezer Batista, Evandro Lins e Silva, Hélio Bicudo, Hermes Lima, João Mangabeira, José Ermírio de Moraes, Miguel Calmon, Ulysses Guimarães, Walter Moreira Salles, Waldir Pires, Anísio Teixeira, Paulo Freire, além do próprio San Tiago.
Pois veio o golpe, derrubaram e cassaram João Goulart – com o apoio da Igreja e com os editoriais da grande imprensa, que fantasiava e caluniava o governo deposto. Apesar disso tudo, nenhum daqueles nomes apareceu envolvido em malfeitos ou desvios do dinheiro público. Nenhum ministro foi cassado por corrupção – e foram cassados muitos, perseguidos tantos, humilhados todos. Nenhum deles teve uma vírgula de contestação à dignidade, à honorabilidade de biografias que orgulhavam a República e a nação.
Essa é uma observação importante para a presidente Dilma Rousseff no momento em que completa seu primeiro e exitoso ano de governo, já pensando na saudável reformulação de seu ministério para 2012. Cada vez mais segura e determinada em sua missão, com a cara limpa de seu estilo de governo, sem as heranças e compromissos políticos que restringiram o seu início de mandato, a presidente Dilma poderá, enfim, imprimir a marca pessoal que o Brasil aprendeu a admirar, expressa na aprovação recorde de 72% da população, superando o primeiro ano do governo de seus antecessores, FHC e Lula.
Presidente Dilma: siga o caminho de San Tiago. Faça a sua escolha, exclusivamente sua, tendo como regra os padrões de independência, seriedade, competência e integridade que resumem a biografia desse grande, digno, correto, decente, coerente brasileiro. Trilhando o caminho de San Tiago, presidente Dilma, a senhora poderá dar ao seu governo e ao país o ministério que os brasileiros esperam e merecem.

Um feliz 2012 para a senhora e para o Brasil.
*Senador (PMDB-RS)


POLITICA
Escassez limita ação de secretários
Levantamento mostra que primeiro escalão do Piratini contou com socorro do governo federal para tocar projetos em 2011

Num ano de escassez de recursos, secretarias de Estado apostaram em projetos que poderiam deslanchar sem a necessidade de grandes aportes do Tesouro gaúcho ou que contariam com apoio federal. Entre as principais realizações elencadas por secretários, estão o início das operações da hidrovia Porto Alegre-Guaíba e a conclusão de acessos municipais – ações iniciadas na gestão passada.
Em entrevista no dia 12 de dezembro, o governador Tarso Genro afirmou que a marca do primeiro ano de mandato "é a ausência de marca". Nas últimas duas semanas, ZH entrou em contato com os titulares das pastas de maior verba orçamentária em 2011 para que listassem os principais resultados de suas secretarias. O retrato desse levantamento mostra o destaque de programas pontuais, como o Fornecer (focado em presídios), e de ações promovidas com ajuda federal.
Entre eles, estão a recuperação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), que recebeu R$ 102 milhões, e a superação da crise do arroz, possibilitada pela liberação de R$ 1,1 bilhão. Os resultados, apesar de evidenciar as dificuldades financeiras do Estado, são comemorados pelo governo por pelo menos um motivo: seriam a prova da retomada das relações com o governo federal.
A oposição afirma que a gestão está muito aquém das expectativas.
– Já se foram 25% do mandato, e não se pode dizer que o Rio Grande do Sul tem sido protagonista, como incutiram na cabeça das pessoas durante a campanha eleitoral – critica o líder da bancada do PMDB na Assembleia, Giovani Feltes.
Apesar do otimismo do Piratini para 2012, especialistas em contas públicas questionam o orçamento e preveem um ano de contingências. Economistas projetam um déficit de R$ 1,3 bilhão. Além disso, os mais pessimistas lembram que já virou rotina o descumprimento de orçamentos – em 2010, por exemplo, o Executivo previu R$ 1,776 bilhão em investimentos, mas até outubro apenas 37% do valor estimado havia saído do papel.
As previsões são contestadas pelo governo – para o qual o déficit não passará de R$ 450 milhões. Titular da Fazenda, Odir Tonollier destacou, entre suas realizações, o aumento da arrecadação em R$ 500 milhões em 2011. A intenção é seguir nesse rumo.
JULIANA BUBLITZ
Novo presidente promete criar “Câmara Verde”
Ao assumir cargo, Zacher disse que digitalização do processo legislativo trará economia de papel

Sem a presença de adversários que integram o movimento estudantil – barrados na porta do Legislativo –, o vereador Mauro Zacher (PDT) foi empossado ontem na presidência da Câmara de Porto Alegre. Ele citou programas que pretende implementar em 2012, durante a sua gestão, com destaque para sessões de prestação de contas, em que o prefeito e os secretários municipais serão questionados pelos vereadores sobre temas da cidade.
Zacher sugeriu a elaboração de um "código de convivência democrática", que deverá substituir o atual Código de Posturas da cidade, criado em 1975, que normatiza um conjunto de normas, como o volume máximo de som e ruído permitido em bares e restaurantes. O vereador também defendeu a transformação da Casa em uma "Câmara Verde" e sustentável:
– Isto envolverá, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto para a digitalização integral do processo legislativo, com a consequente eliminação do papel, além de uma aposta em fontes alternativas de energia.
Prestigiado pela presença de líderes pedetistas como o prefeito José Fortunati, Zacher recordou o início da sua trajetória política, nos anos 90, no movimento estudantil da PUCRS.
– Vem desta época um contencioso que, ainda hoje, mobiliza manifestações de intolerância como vimos aqui recentemente. Sobre isto, quero dizer apenas que éramos muito jovens e que, como tal, sabíamos muito pouco – afirmou o vereador, referindo-se à invasão da Câmara em 12 de dezembro por estudantes que protestavam contra sua eleição à presidência da Casa.


Novos CCs são aprovados
Após a sessão de posse de Mauro Zacher, os vereadores aprovaram, em votação simbólica e extraordinária, a criação de mais cinco cargos em comissão (CCs) na Casa.

Os novos postos, que irão gerar custo anual de R$ 364 mil, serão preenchidos por indicação das bancadas do PSD e do PPL, siglas fundadas recentemente por vereadores que trocaram de partido.
Três dos novos cargos pertencem ao PSD e outros dois ao PPL. Os salários são de R$ 7 mil para os três postos de nível superior e de R$ 2,9 mil para os dois de nível médio. Em 2011, a Câmara gastou R$ 62,7 milhões com a folha. A Casa tem, em média, 21 funcionários e estagiários para cada um dos 36 vereadores. As bancadas do PSD e do PPL terão direito a cotas para gastos com telefone e material de escritório.
O diretor legislativo da Câmara, Luiz Afonso Peres, afirma que a criação de novos cargos foi necessária porque os partidos que perderam vereadores – PMDB, PDT, PTB e PPS – se mantiveram nas mesmas faixas de classificação que relacionam a quantidade de parlamentares da sigla com o número de cargos disponíveis.


TJ paulista investigará pagamentos no tribunal

A nova gestão do Tribunal de Justiça de São Paulo vai investigar pagamentos atípicos feitos pelas administrações anteriores a magistrados da corte. A medida foi anunciada pelo desembargador Ivan Sartori, que ontem tomou posse para presidir o TJ paulista no biênio 2012-2013.
Um dos alvos da apuração será o suposto pagamento de verbas relativas a auxílio-moradia a um grupo de 17 desembargadores de forma privilegiada. Cada um dos magistrados teria recebido de uma só vez R$ 1 milhão.
– Vou falar com os colegas, chamar um a um e vamos ver o que eles têm a dizer. Esse procedimento vai andar e nós vamos resolver isso – disse Sartori.
Uma investigação aberta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar esses desembolsos despertou polêmica no Judiciário.


ECONOMIA
Gaúchos disputam 20 mil vagas
Em todo o país, há expectativa de abertura de 70 mil empregos públicos somente neste ano, depois das restrições de 2011

Com 19.817 vagas já previstas para 2012, somente entre editais abertos e provas autorizadas, tudo indica que o ano será movimentado para concurseiros. O número abrange apenas seleções de municípios gaúchos, do governo do Estado e grandes certames nacionais, mas se forem somados todos os concursos em preparação, a soma chega a quase 70 mil oportunidades.
No Estado, as seleções com maior número de vagas estão no magistério, que deve contratar 10 mil professores, e na Brigada Militar, com 2,1 mil cargos em disputa. Fora do Rio Grande do Sul, outros órgãos oferecem grande número de empregos públicos, como 14.987 na prefeitura de Guarujá (SP) e 3.933 na prefeitura de Águas Lindas de Goiás (GO), o que puxa para cima a oferta de vagas em todo o país.
Depois de um 2011 com restrições na abertura de novos concursos federais e diminuição drástica no número de nomeações, consequência de um enxugamento dos gastos públicos proposto pelo governo federal, as estatais com maior necessidade ou em expansão correm para garantir a reposição de pessoal. É o caso de Receita Federal, Polícia Federal e Banco Central, explica Douglas Soares, representante da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos no Estado (Anpac).
– Havia expectativa de ter o edital desses concursos em janeiro ou fevereiro, agora a previsão é março ou abril – explica Soares sobre os efeitos da restrição do ano passado.
Também devem estar na mira dos candidatos as provas da Petrobras, que deve nomear cerca de 15 mil pessoas até 2016, da Caixa Econômica Federal e a Defensoria Pública do Estado.

Para ficar atento
Além dos concursos já confirmados e dos que têm edital publicado, para este ano ainda estão previstas outras seleções nacionais, algumas incluídas no orçamento, só à espera de edital, mas ainda sem estimativa do número de vagas:
- Advocacia-Geral da União
- Banco do Brasil
- Banco Central
- Caixa Econômica Federal
- Casa da Moeda
- Fundação Biblioteca Nacional
- Ministério da Agricultura
- Ministério das Relações Exteriores
- Ministério Público da União
- Polícia Rodoviária Federal

Oportunidades em aberto
Instituição Vagas Salário máximo Nível de escolaridade Estágio
Agência Nacional de Cinema (Ancine) 100 R$ 4.984,78 Médio Aguardando edital
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 46 Ainda não confirmado Médio e superior Aguardando edital
Brigada Militar do Rio Grande do Sul 2,1 mil R$ 4.780,83 Médio e superior Inscrições até 31/1
Caixa Econômica Federal Cadastro de reserva R$ 5.801 Superior Inscrições até 08/1
Câmara de Arroio Grande 3 R$ 1.201,54 Fundamental e médio Inscrições até 9/1
Câmara de Santa Cruz do Sul 5 R$ 2.354,00 Fundamental, médio e superior Inscrições até 7/1
Conselho Federal de Educação Física 2 R$ 1.236,65 Fundamental e médio Inscrições até 6/1
Fundação Hospital Centenário 60 R$ 6.468,26 Fundamental e superior Inscrições até 9/1
Grupo Hospitalar Conceição (GHC) 23 R$ 3.780,00 Fundamental e médio Inscrições até 22/1
Grupo Hospitalar Conceição 65 e cadastro reserva R$ 7.470,00 Superior Inscrições até 30/01
Instituto Federal Sul Rio-Grandense (IFSul) 16 R$ 3.678,74 Superior Inscrições até 17/1
Instituto Federal de Educ., Ciência e Tec. de Goiás 121 R$ 2.989,23 Todos os níveis Inscrições até 8/1
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 1.875 R$ 9.070,93 Médio e superior Inscrições até 11/1
Marinha do Brasil (1) 1.720 R$ 1.100 Fundamental Inscrições de 12/3 a 12/4
Marinha do Brasil (2) 32 R$ 2.500 Médio Inscrições de 24/4 a 24/5
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 832 Ainda não confirmado Médio e superior Aguardando edital
Ministério da Integração Nacional 52 R$ 5.460,02 Superior Inscrições até 15/1
Ministério do Desenvolvimento 157 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Ministério do Planejamento 149 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Ministério Público do Trabalho 40 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Petrobras Distribuidora 90 R$ 6.217,19 Médio/técnico e superior Inscrições
prorrogadas até 8/1
Polícia Federal 1.200 Ainda não confirmado Superior Aguardando edital
Prefeitura de Alvorada 160 R$ 5.300 Médio, técnico e superior Inscrições até 9/1
Prefeitura de Arroio Grande 55 R$ 2.767,25 Fundamental, médio e superior Inscrições até 5/1
Prefeitura de Campo Bom 59 R$ 4.826,57 Fundamental, médio e superior Inscrições até 23/01
Prefeitura de Candelária 49 R$ 2.251,20 Fundamental, médio e superior Inscrições até 11/1
Prefeitura de Forquetinha 7 R$ 3.892,73 Superior Inscrições até 9/1
Prefeitura de Jari 10 R$ 5.290,03 Fundamental e superior Inscrições até 10/1
Prefeitura de Nova Prata 1 R$ 740,72 Fundamental Inscrições
até 3/1 (último dia)
Prefeitura de Novo Hamburgo (1) 95 e cadastro de reserva R$ 2.104,18 Superior Inscrições até 8/1
Prefeitura de Novo Hamburgo (2) 72 e cadastro de reserva R$ 3.857,67 Médio e superior Inscrições até 15/1
Prefeitura de Novo Hamburgo (3) 2 e cadastro de reserva R$ 3.857,67 Superior Inscrições até 25/1
Prefeitura de Pejuçara 27 e cadastro reserva R$ 5.903,20 Fundamental, médio e superior Inscrições até 15/1
Prefeitura de Piratini 10 não divulgado Médio Inscrições até 04/01
Prefeitura de Roque Gonzales 14 R$ 1.130,55 Fundamental, médio e superior Inscrições até 4/1
Prefeitura de Santa Margarida do Sul 17 R$ 2.662,75 Fundamental, médio e superior Inscrições até 9/1
Prefeitura de Seberi 40 R$ 4.674,60 Fundamental, médio e superior Inscrições até 5/1
Prefeitura de Serafina Corrêa 29 R$ 7.571,68 Fundamental, médio e superior Inscrições até 10/1
Prefeitura de Tapejara 30 R$ 746,73 Fundamental e médio Inscrições até 5/2
Prefeitura de Vale Real 7 R$ 1.895,78 Fundamental, médio e superior Inscrições até 16/1
Prefeitura de Vespasiano Corrêa 3 R$ 962,79 Médio e superior Inscrições até 6/1
Secretaria de Estado da Educação do RS 10 mil R$ 1.186,62 Médio e superior Edital publicado.
Inscrições de 16/1 a 03/2
Senado Federal 246 R$ 23.826,57 Médio e superior Inscrições até 5/2
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (1) 60 R$ 17.581,75 Superior Edital publicado.
Inscrições de 12/3 a 10/4
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (2) 118 vagas – Médio e superior Aguardando edital
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) 3 R$ 4.300,00 Superior Inscrições até 27/1
Universidade Federal do Pampa (Unipampa) (1) 12 R$ 7.333,67 Superior Inscrições até 09/1
Universidade Federal do Pampa (Unipampa) (2) 2 Não divulgado Superior (professor substituto) Inscrições até 11/1
Universidade Federal do Pampa (Unipampa) (3) 1 Não divulgado Superior (professor substituto) Inscrições até 13/1


CAMPO E LAVOURA
Paraguai confirma aftosa
Propriedade do departamento de San Pedro onde animais apresentaram sintomas foi interditada

O Paraguai confirmou ontem à noite a ocorrência de um novo foco de febre aftosa no país e colocou outra vez o serviço sanitário do Estado em alerta. A propriedade onde a presença da doença foi detectada fica na localidade Pirí Pucú, no departamento de San Pedro, o mesmo onde ocorreu o episódio de setembro do ano passado.
Com o novo caso no Paraguai, a Secretaria da Agricultura deve voltar a mobilizar equipes de vigilância sanitária que percorreram a fronteira gaúcha com a Argentina entre setembro e o início de dezembro para evitar o risco de o vírus mais temido da pecuária ser reintroduzido no Estado.
Eraldo Leão, chefe do departamento de defesa agropecuária da secretaria, considera a situação de agora diferente da registrada em setembro, justamente porque a vigilância está mais atenta e preparada. Novas decisões devem ser tomadas em reunião marcada para as 8h de hoje.
O veterinário Marcelo Göcks, do serviço de doenças vesiculares da secretaria, estima que barreiras sanitárias podem ser montadas em até dois dias. Göcks avalia que o risco desta vez será menor para o Estado devido à recente vacinação do gado paraguaio e à localização mais ao norte da propriedade suspeita em relação à fazenda onde a doença foi confirmada em setembro.
A suspeita foi tornada pública na sexta-feira. Segundo o proprietário dos animais, o gado apresentava sintomas de aftosa há 26 dias – antes, portanto, de o governo paraguaio declarar o fim do estado de emergência na região do foco comunicado três meses antes.
Para um veterinário gaúcho que atuou em organismos internacionais de combate à aftosa e participou de auditorias no Paraguai, o caso reforça a percepção de falta de transparência no país. Em setembro, autoridades paraguaias foram constrangidas por serviços sanitários dos países do Cone Sul a admitir a doença em reunião no Uruguai, quando informações sobre o foco circulavam há ao menos 20 dias.

caio.cigana@zerohora.com.br

CAIO CIGANA

Antecedentes preocupantes
18 DE SETEMBRO
- O Paraguai, que desde 2006 tinha o status de país livre da aftosa com vacinação, confirma foco da doença em uma propriedade (foto ao lado) a 130 quilômetros da fronteira com o Brasil, no departamento de San Pedro. As suspeitas, no entanto, existiam há ao menos 20 dias.
25 DE SETEMBRO
- Autoridades sanitárias encerram o abate de mil bovinos na fazenda
29 E 30 DE NOVEMBRO
- Durante reunião extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa, no Rio, o Paraguai assegura que a situação está controlada e não há novos focos
2 DE DEZEMBRO
- O Brasil volta a permitir a importação de carne paraguaia
29 DE DEZEMBRO
- O governo paraguaio conforma o fim da emergência sanitária, levantada 15 dias antes pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Anima (Senacsa).
30 DE DEZEMBRO
- O Senacsa informa a nova suspeita no departamento de San Pedro. O dono da propriedade admitiu que cerca de 170 bovinos apresentavam sintomas semelhantes à aftosa há 26 dias.
ONTEM
- A propriedade é interditada, e o novo foco de aftosa é confirmado.


GERAL
Chuva coloca Sudeste em alerta

A previsão para os próximos dias é de tempo instável em Estados do Sudeste, que já sofrem com grande volume desde sábado. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo estão em alerta.
Os problemas mais graves foram registrados em Nova Friburgo, região serrana do Rio, e em Minas, onde quatro pessoas morreram desde outubro do ano passado.

Minas Gerais
Em Minas Gerais, 46 cidades estão em situação de emergência, e quatro mortes foram registradas desde outubro. Ontem, um prédio desabou em Belo Horizonte. Onze moradores foram retirados segundos antes do desabamento. Um homem morreu.
Outra vítima da chuva, ontem, foi Maria de Lourdes Estevão Rocha, 78 anos, atingida por água e terra quanto tentava socorrer animais de estimação no quintal da casa em que morava.

Aeroportos
A instabilidade também levou caos aos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio. O Santos Dumont precisou fechar duas vezes durante a manhã e, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), praticamente todos os voos previstos tiveram atrasos superiores a 30 minutos ou foram cancelados. Por causa do mau tempo, o terminal fechou para pousos por mais de uma hora, entre 8h30min e 9h50min, e, novamente, entre 11h30min e 11h45min.
Os passageiros também enfrentam problemas no Galeão, onde 51,1% das 135 decolagens previstas até as 16h atrasaram, e 3% foram canceladas. Os dois terminais operaram por instrumentos devido ao mau tempo.
Os problemas no Rio pouco repercutiram no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Até as 19h de ontem, no terminal gaúcho, apenas 9,8% dos voos haviam atrasado mais de meia hora.

Nova Friburgo
Marcado por uma tragédia que matou pelo menos 420 pessoas em janeiro do ano passado (confira ao lado), o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio, está em estado de atenção. Sirenes instaladas em 15 comunidades foram acionadas para alertar a população sobre o risco de inundações. O local mais atingido é o bairro Córrego Dantas, onde o rio transbordou.
Até ontem, 300 moradores haviam deixado suas casas. O comandante da Defesa Civil estadual, coronel Sérgio Simões, considera que o sistema de prevenção havia funcionado:
– Não estamos administrando o desastre, mas o risco do que pode acontecer. Não há alternativa a não ser alarmar as pessoas em áreas de risco.
O prefeito Sérgio Xavier disse que apenas 30% das obras necessárias para a cidade foram executadas um ano depois dos deslizamentos e cheias que mataram centenas de pessoas.


Uso do cinto volta a preocupar
Segunda principal causa de multas nas estradas gaúchas durante o feriadão, a falta do cinto de segurança, especialmente no banco de trás, volta a ter a atenção das autoridades de trânsito

Deixar de afivelar o cinto foi a segunda causa de autuação pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar durante as operações de final de ano – infração também impulsionada pelos passageiros que viajavam no banco de trás.
Policiais que patrulham estradas gaúchas afirmam: passageiros no banco traseiro frequentemente deixam de se proteger com o dispositivo. Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) confirmam: o uso do equipamento no banco de trás não passa de 7% nos carros que circulam no país, enquanto 97% dos ocupantes dos assentos dianteiros afivelam o cinto.
– As pessoas têm a ideia de que, atrás, estão protegidas pelo assento dianteiro. Não é verdade: podem se machucar e ferir também quem está na frente – afirma o coronel Hermito Bortoluzzi, à frente do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).
Ações específicas de fiscalização devem ser iniciadas na temporada de verão, garantiu o diretor-técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Ildo Mário Szinvelski:
– A utilização do cinto é essencial à segurança, pois evita que a pessoa seja ejetada para fora do carro.
Para o psiquiatra forense Rogério Cardoso, em questões de trânsito, a fiscalização é essencial para a mudança de cultura. Segundo ele, o uso do cinto no banco da frente só se consolidou depois de mudanças na lei, com o Código de Trânsito Brasileiro de 1997.
– Antes, na década de 80, poucos usavam o cinto na frente. Houve mudança na legislação, campanhas, fiscalização, e o cinto passou a ser usado pelo motorista e pelo passageiro ao lado. Mas é preciso reforço permanente – afirma Cardoso.

Problema é uma tendência nacional
Segundo o chefe do Estado Maior do CRBM, tenente-coronel Fernando Moreira, o problema se torna mais evidente nesta época do ano porque motoristas e passageiros de cidades onde a fiscalização é menor desrespeitam a lei também quando se deslocam para as férias. O fenômeno ocorre tanto em estradas estaduais quanto em federais.
– É mais comum autuarmos motoristas de cidades pequenas, com menor fiscalização, onde as pessoas andam sem cinto durante o ano, do que multar alguém de Canoas ou Porto Alegre. Mas quando o assunto é banco de trás, aí o problema é geral – diz o oficial.
A diminuição no uso do cinto é uma tendência nacional. Segundo a analista de segurança viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Patrícia Gejer, em outros Estados o uso no banco traseiro também continua sendo raro.
– A fiscalização é focada em quem trafega na frente. Se isso não mudar, vai ser difícil criar uma nova cultura – avalia ela.
Para o diretor de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, a imprudência reduz drasticamente a chance de sobreviver a um acidente grave:
– Usar o cinto reduz entre 25% e 75% a chance de morte para quem está atrás, dependendo da colisão. Sem falar que diminui as chances de todos os tipos de lesões – explica o médico.
O especialista ainda alerta que a imprudência de quem está atrás pode matar quem está no volante ou ao lado dele. São comuns as lesões cervicais entre motoristas atingidos por ocupantes do banco traseiro projetados para a frente do veículo na colisão.

*Colaboraram Letícia Costa e Matheus Beck

Salva pelo conselho do frentista

Natália Loewe, 21 anos, estudante de Medicina
Meus pais e eu estávamos voltando, para Esteio, de uma viagem ao Chuy, no Uruguai, em novembro de 2008. Entre Camaquã e Tapes, um Corsa entrou na contramão e colidiu de frente com o nosso carro.
Com o impacto, o cinto de segurança pressionou meu corpo, quebrando a minha clavícula e algumas costelas. Mas, se eu estivesse sem ele, é certo que não estaria aqui agora. Foram 28 dias na Unidade de Tratamento Intensivo e nove no quarto do hospital. Além disso, poderia ter machucado a minha mãe, que estava no banco do carona – meu corpo teria sido lançado contra o dela.
Na ida, fui sem cinto, porque ia deitada, estudando. Na volta, paramos em um posto de gasolina na altura de Rio Grande e um frentista me orientou a colocar. Hoje, quem anda comigo no carro, só de cinto.
Falo para os meus amigos que eu sou o exemplo: a gente não dá atenção às pequenas coisas – até que aconteçam.
FRANCISCO AMORIM*

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