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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

21 de dezembro 2011 - JORNAL DO COMMERCIO


PRIMEIRA PÁGINA

Dilma liberada para gastar R$ 62 bilhões
Com forte mobilização do Palácio, o Senado aprovou, em 2º turno, emenda que prorroga a DRU até 2015. Assim, presidente continua com a prerrogativa de usar 20% do orçamento como quiser.

Movimento de aeroviários perde força
Aéreas negociam com sindicatos ligados à Força Sindical e reduzem chances de greve neste fim de ano.

Ministro conclui relatório do caso do mensalão
Joaquim Barbosa, relator do processo, ainda reagiu à insinuação de que o trabalho está atrasado e por isso alguns crimes iriam prescrever.

Geração de empregos em queda no País
Foram criadas, em novembro, três vezes menos vagas do que em 2011. Pernambuco liderou abertura regional de postos.


COLUNAS
Cláudio Humberto

Compra de armas dá rolo
Conforme antecipou a coluna da última segunda-feira, a americana ArmaLite ganhou a licitação da Polícia Rodoviária Federal, de 300 carabinas calibre 5.56 por quase R$ 1,3 milhão. Mas não levou: a PRF decidiu cancelar, mas a representante em Brasília vai recorrer. Na Secretaria de Segurança Pública do Rio também se deu mal: o Ministério Público investiga a compra de fuzis pelo dobro do preço de mercado. Concorrentes apostam nos bastidores que a estratégia é essa mesmo: reconsiderar o recurso e dar vitória à americana no final do ano. Um agente da comissão técnica da Polícia Civil do Rio que teria, digamos, "apreço" pela ArmaLite, até especificou a arma na licitação.

Em defesa do CNJ
Em rara posição uníssona, de Ana Amélia Lemos (PP-RS) a Pedro Taques (PDT-MT), de Humberto Costa (PT-PE) a Pedro Simon (PMDB-RS), o Senado criticou a decisão do ministro Marco Aurélio (STF – foto) de impedir que o Conselho Nacional de Justiça investigue magistrados.

Bronca
Segunda-feira, após a apresentação dos generais promovidos, a mais rápida da História, Dilma saiu do local ao lado do servilíssimo ministro Celso Amorim (Defesa). Sem ter preocupação de ser ouvida pelos fotógrafos a poucos metros de distância, ela foi ríspida com Amorim: "P(*), quando for assim você tem que me avisar!" Ele tentou disfarçar, retardando o passo e fingindo risada silenciosa, como se acabasse de ouvir piada, e não uma bronca federal. Mas foi inútil: todos ouviram.

Ouvidos moucos
Muito nervosa, a assessoria de Celso Amorim disse ignorar a bronca testemunhada pelos fotógrafos, e que "é ótima" a relação entre os dois.

Chá de sumiço
De papagaio de pirata manjado do ex-presidente Lula, Celso Amorim passou à condição de ilustre desaparecido, no governo Dilma.

Fim do mundo
Faltam 365 dias para o último dia do calendário Maia. E um pouco menos para selar a sorte de Cesar Maia na eleição municipal do Rio.

Surpresa!
Guido Mantega (Fazenda) garantiu no Estado de S. Paulo que "o Brasil chegou ao fundo do poço em outubro e já saiu". E deu de cara com... a China.

"Hermana"
A presidente argentina Cristina Kirchner imitou ontem um dos piores momentos da ditadura brasileira: a invasão militar ao jornal Clarín.

Cego em tiroteio
Promessa ainda não confirmada de liderança oposicionista, o tucano Aécio Neves (MG) passou pertinho de uns setenta jornalistas ontem, pelas 16h20, no Senado, e nem foi percebido. Tampouco os percebeu.

Esvaziamento
A audiência pública de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi esvaziada ontem no Senado. Da oposição, apareceram apenas Demóstenes Torres (DEM-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Corpo-a-corpo
O presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel Wedy, passou o dia ontem de gabinete em gabinete pedindo apoio aos líderes para incluir o reajuste do Judiciário no Orçamento da União.

Frase
É cheque em branco para um governo que demitiu seis por corrupção" –

Senador Agripino Maia (DEM-RN) sobre a aprovação da DRU para o governo Dilma

Lamento
Houve no Brasil quem ficasse consternado com o falecimento do tirano Kim Jong-il. É o caso da ex-senadora gaúcha Emilia Fernandes, grande admiradora do regime da Coreia do Norte, que visitou várias vezes.

Dor brasileira
O drama da carioca Miriam comove Loiret, centro da França: os pais juntaram as economias para tratar o raro tipo de epilepsia da jovem em 2007, mas o governo francês ameaça expulsá-los. Uma ONG de deficientes físicos apoia o caso na Justiça.


POLITICA
Na busca de apoios, Costa procura o PSD
ELEIÇÕES Prefeito e André de Paula iniciam aproximação

Gilvan Oliveira

Com o sinal verde do partido para conduzir a sucessão no Recife, o prefeito João da Costa (PT) deu início ontem à agenda de contatos políticos na busca por viabilizar apoio amplo à sua candidatura à reeleição. O primeiro partido procurado pelo prefeito foi o recém-criado PSD. João da Costa conversou com o presidente estadual da legenda, o ex-deputado André de Paula (ex-DEM), a quem expôs projetos da gestão e afirmou sua intenção de estreitar laços com os pessedistas.
"Foi um gesto muito significativo conosco, uma conversa inicial que serviu de aproximação, de apresentação de uma carta de intenções", afirmou André de Paula. "A gente tinha ficado de conversar. Agora chegou o momento dessa partilha de impressões", disse o prefeito.
No encontro, em um restaurante em Boa Viagem (Zona Sul), o prefeito relatou a André os projetos da gestão para a cidade que serão tocados em 2012. Não houve um convite formal para o ingresso da legenda na base governista nem participação em secretarias. Mas André de Paula reconheceu na iniciativa uma etapa que pode redundar na ida do PSD para o bloco de apoio da gestão – o partido conta com quatro vereadores.
"A conversa foi um passo importante porque abriu portas, estabeleceu uma interlocução direta entre nós, mas nada além disso. Até porque se tivesse que avançar, eu teria que consultar o presidente do diretório municipal (o ex-vereador José Neves), os vereadores e os pré-candidatos a vereador. É um primeiro passo, a abertura de uma interlocução", analisou ele.
João da Costa informou que outras conversas devem acontecer, sem, contudo, fixar datas. Ao contrário de siglas aliadas, caso do PTB, André de Paula disse que o PSD não faz restrição de apoio à reeleição do prefeito. Mas fez questão de afirmar que segue a liderança do governador Eduardo Campos (PSB), que participou da articulação nacional para a criação do PSD, junto com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM). "O que temos em comum (PSD e João da Costa) é participarmos de um bloco liderado pelo governador", resumiu.
Este foi o segundo movimento político, típico de pré-candidato, que João da Costa executa em dois dias, depois de a direção estadual do PT declarar que ele deveria conduzir o processo sucessório. Na segunda (19), o prefeito esteve na confraternização do PTB, que é crítico à sua reeleição. Apesar de passar menos de meia hora na festa, o gesto foi elogiado pelo senador Armando Monteiro Neto, líder petebista. Mas não o suficiente para o parlamentar endossar apoio à recondução do prefeito.
João da Costa adiantou que novas conversas de articulação política devem intensificar em janeiro, afirmando que ainda não definiu um roteiro de reuniões. "Em 2011 tivemos que cuidar da gestão. Agora, é chegada a hora de cuidar da política", resumiu.


Mensalão divide STF
JUSTIÇA Joaquim Barbosa libera processo para colegas e reage a críticas sobre a sua postura

BRASÍLIA – No mesmo dia em que concluiu e liberou para os colegas o relatório final do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa mandou ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, ofício em que reage às críticas que sofreu pela forma como conduziu o caso. O ofício é uma resposta do relator ao pedido de Peluso para que a íntegra do processo fosse distribuída a todos os ministros para agilizar o julgamento e evitar possível prescrição dos crimes.
Na ocasião, o presidente do STF reagia a declarações feitas à Folha de S.Paulo por Ricardo Lewandowski, de alguns crimes imputados contra os réus do mensalão prescreverão e que o julgamento poderá ficar para 2013. No ofício, Barbosa não deixa claro se aceitou o pedido de Peluso, o qual ele qualifica como um "lamentável equívoco". Ele diz que o processo do mensalão está disponível eletronicamente desde 2006 e que os ministros poderiam ter requerido uma senha para acessá-lo.
O relator aproveitou para dizer que também "é errada" a insinuação de que o processo esteja atrasado. "A instrução processual, complicadíssima, implicou a superação de obstáculos considerados, à primeira vista, intransponíveis, como a indicação de cerca de 650 testemunhas espalhadas por mais de 40 municípios situados em 18 Estados diferentes do país e, também, em Portugal."
No ofício, Barbosa faz uma crítica velada a colegas. Sem citar nomes, diz que "ações penais abertas mais ou menos na mesma época do mensalão ainda se encontram em tramitação, sem conclusão, muito embora tenham apenas dois ou três réus".
Revelado em 2005, o mensalão foi o maior escândalo de corrupção do governo Lula e da história do PT. Tratava-se de um esquema de pagamento de propina a parlamentares da base em troca de apoio político.


Jáder receberá mais de R$ 50 mil com posse

BRASÍLIA – Para dar posse ao senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), a mesa diretora do Senado se reunirá extraordinariamente no próximo dia 28, no período do recesso parlamentar. A posse de Jáder quatro dias antes de acabar o ano vai lhe assegurar duas ajudas de custo no valor, cada uma, de R$ 26.723,13. Ele receberá a ajuda pela posse este ano e a outra no início do próximo ano legislativo, o que juntas ficam em torno de R$ 54 mil brutos.
Jáder terá direito, ainda, a quatro diárias no total de R$ 3.560 este ano, além do salário do mês de janeiro, mês do recesso parlamentar que paralisa as atividades do Congresso.
A data, segundo o primeiro-secretário, Cícero Lucena (PSDB-PB), atende aos prazos regimentais, entre eles o de disponibilizar cinco dias úteis para que a senadora Marinor Brito, que ocupava a vaga, possa recorrer da decisão. A senadora Marinor, por sua vez, receberá ajuda de custo de final de ano, descontados os quatro dias que irão para o peemedebista.
Jáder foi barrado pela Ficha Limpa por ter renunciado, em 2001, ao mandato de Senador para não ser cassado como um dos suspeitos de desviar recursos do Banco do Pará (Banpará), na época em que governava o Estado.


Câmara: mais verba de gabinete

BRASÍLIA – No apagar das luzes dos trabalhos do Congresso, os 513 deputados poderão ser contemplados com aumento da verba de gabinete, usada para pagar até 25 funcionários que trabalham nos Estados e na Câmara. Segundo o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), os funcionários dos gabinetes estão há cinco anos sem reajuste. Maia observou, no entanto, que o aumento só será concedido ser for aprovado na proposta orçamentária para 2012, que deverá ser votada hoje no Congresso. Os deputados reivindicam que a verba de gabinete hoje em R$ 60 mil salte para R$ 80 mil mensais, um aumento superior a 33%.
"Essa decisão (de reajuste) ainda não está tomada. É uma decisão que tem que ser tomada à luz do Orçamento", afirmou Maia, ao fazer ontem um balanço das votações da Câmara durante este ano.
Ele defendeu que os servidores públicos tenham uma política automática de reposição das perdas inflacionárias. "Esses servidores são aqueles que têm um salário menor. Vamos tentar, em algum momento, garantir que haja uma recomposição mínima desses salários", explicou o presidente da Câmara.
O reajuste da verba de gabinete não precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara. Basta um ato da mesa diretora para a concessão do aumento. A pressão dos deputados para aumentar a verba de gabinete de R$ 60 mil para R$ 80 mil é grande. Sem esse reajuste, os deputados alegam que não podem, por exemplo, elevar o salário de seus chefes de gabinete. O orçamento da Câmara para o ano que vem é de R$ 4,35 bilhões.


ECONOMIA
Geração de empregos tem forte queda no País

CONJUNTURA Apesar do cenário nacional adverso, Pernambuco se destacou liderando a criação de vagas na região. Setores como serviços e comércio puxaram o indicador
BRASÍLIA e RECIFE — A geração de empregos no Brasil despencou em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2010. No 11º mês de 2011, o mercado formal de trabalho gerou 42.735 empregos, número três vezes inferior às 138.247 vagas criadas em novembro do ano anterior. O encolhimento foi motivado pela conjuntura internacional negativa que impactou o País, reduzindo o dinamismo da economia. Em relação a outubro houve um discreto crescimento de 0,11%. As informações estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Diante do cenário nacional adverso, Pernambuco liderou a geração de empregos formais no Nordeste, com um saldo (admissões menos demissões) de 5.135 vagas em novembro. No acumulado do ano, o nível de emprego também foi o melhor da região, com 91.085 novos postos de trabalho entre janeiro e novembro, num desempenho 7,74% superior a igual período de 2010.
Em novembro, os setores de serviços (4.783 postos) e comércio (3.729 ) puxaram a geração de emprego com carteira assinada em Pernambuco. O resultado compensou o desempenho negativo da agropecuária, que fechou 3.332 vagas por conta de questões sazonais de redução do cultivo da uva. A diminuição do emprego fez Petrolina liderar o ranking das 50 cidades brasileiras que mais demitiram em novembro. O município fechou 2.847 vagas, seguido na lista pelo vizinho Juazeiro, na Bahia, onde o saldo de demissões foi de 2.364 pessoas.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio comemorou o desempenho do Estado. "Os números refletem o dinamismo da nossa economia e do mercado de trabalho formal, fruto da política de investimentos desenvolvida que estamos adotando, que desde 2010 vem se mantendo no patamar de R$ 2,5 bilhões por ano, contra uma média histórica anterior (até 2006) de R$ 600 milhões anuais", compara.

BRASIL
Ao longo de 2011, o Brasil gerou 2,3 milhões de vagas com carteira assinada. O resultado é inferior ao verificando em 2010, quando foram criados 2,9 milhões de postos. Em novembro deste ano a situação se agravou, apresentando o pior resultado para este mês desde 2008.
O ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto, explica que o resultado negativo de novembro é fruto da diminuição do dinamismo da economia. "Os dados do Caged, no mês de novembro, ao apontar a criação de 42.735 postos de trabalho, mostram que o emprego formal continua crescendo, porém, com uma diminuição de dinamismo que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses.
No balanço nacional dos Estados, o melhor desempenho foi do Rio de Janeiro, com a criação de 24.867 em novembro. Depois do Rio, aparecem com bons resultados os Estados do Rio Grande do Sul (12.875 vagas) e Santa Catarina (12.089). Já o pior desempenho entre os Estados foi o de São Paulo, com o fechamento de 29.145 vagas (-0,24%), depois veio Goiás com menos 10.466 postos, seguido por Mato Grosso que teve redução de 5.791 postos (-1,02%).
FONTE: http://clipping.radiobras.gov.br

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